Quando Giorgia faz uma proposta mais do que inusitada para seu chefe, para que ele finja ser seu namorado em frente a familia insuportável que ela tem, o quão desastroso poderia ser aquilo?
Bem, era o que Giorgia McCurty iria descobrir em poucas se...
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— A relação deles, sempre foi assim? - Perguntei, apontando para a família que fazia pose para o fotógrafo.
O dia estava frio, mas Giorgia e sua família estavam ao lado de fora da casa quente, para fazer fotos. Iriam usar para o calendário no novo ano e todos pareciam bem animados com a ideia. Tudo bem, todos menos Giorgia que batia os dentes de frio todas as vezes que o homem com a câmera em mãos, não a estava apontando para eles. Era que estava mais afastada dos outros três. A casa grande deles, como fundo para as fotos que estavam fazendo, Roosevelt, ou Jhon como eu havia descobrido a pouco tempo, sentado em uma trono rústico e estranho, feito de uma madeira escura e brilhante. Cassandra a direita, em pé, sem nenhum sorriso e os os olhos verdes concentrados em manter todos em ordem. Virgínia, atrás da cadeira do pai. E Giorgia, bem, a três passos afastada da família, mas parecia bem.
— Desde que conheço ela. - Enric respondeu de volta, ajeitando o cachecol envolta do pescoço.
— E você sabe o motivo?
— Meu amigo. - Ele fez uma pausa para encara-los. — Nem Giorgia, sabe. - Bebeu um pouco de seu chá de pêssego. — Mas eu sempre achei estranho. - Meus ouvidos estavam atentos a voz baixa dele. — A conheci aos nove anos, a garotinha solitária que ia ler no café que minha mãe trabalhava e nunca pagava por nada que comia, descobri que ela era filha dos donos e todo mundo a conhecia. - Seus olhos estavam parados sobre a mesa branca de metal do jardim. — E depois de começar a conversar com ela, quando me ajudou com a matéria de cálculos, achei um máximo quando contou que saia da casa dela e ia andando até o café, levando um livro como seu único instrumento de proteção caso ela fosse raptada no meio do caminho.
— A cidade fica a quarenta minutos de carro, daqui. - Eu apontei para o nada, com a mão aberta. — Andando deve ser o dobro, como... - A pergunta morreu.
— Hoje eu também fico assustado todas as vezes que penso nisso. - Ele engoliu em seco e os olhos se avermelharam. — Mas quando eu era criança, achava simplesmente incrível, mas quando fui crescendo e notando a forma como os pais a tratam sempre me senti incomodado.
— E ela?
— Ela nunca os respondia. - Balançou a cabeça. — Apenas abaixava a cabeça, não importava quão ruins fossem as palavras de Cassandra ou a indiferente do pai, ela sempre se calava e nunca deixava de sorrir. - Ele sorriu. — Sempre gostei de vê-la sorrindo.
— Eu também. - Sussurrei a encarando de longe.
O sorriso estava ali em seu rosto.
— As vezes minha mãe encontrava ela deitada na cozinha de manhã, quando era seu dia de abrir o café, então nós passamos a levar Giorgia para casa e Cassandra nos dava dinheiro pra isso, mandava roupas. - Cruzou as pernas. — Eles até me colocaram na escola dela... Não posso dizer que não sou grato aos Roosevelt por ter recebido uma boa educação, mas eu estava recebendo aquilo, pra manter a filha deles longe daqui.