Quando Giorgia faz uma proposta mais do que inusitada para seu chefe, para que ele finja ser seu namorado em frente a familia insuportável que ela tem, o quão desastroso poderia ser aquilo?
Bem, era o que Giorgia McCurty iria descobrir em poucas se...
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— Esse foi o pior vestido que você poderia ter escolhido para o seu corpo. - Ouvi Cassandra sussurrar no ouvido de Giorgia. — Você tem ombros largos e vestido de alça fina não combina com você, espero que não escolha um desses para o casamento da sua irmã não quero que nos envergonhe. - Cassandra sorriu satisfeita com a pequena sugestão que havia feito.
Puxei Giorgia pela cintura, para que ela ficasse mais ao meu lado. Ela ainda mantia um sorriso no rosto mesmo depois das palavras da mãe.
— Você está linda. - Sussurrei, assim que a mãe se afastou de nós. — O vestido está perfeito em você, parece que foi feito especialmente pra estar em seu corpo e deixam seus olhos mais verdes. - Sorri sem mostrar os dentes. — Como eu disse... Linda. - Ela anuiu e não sorriu, como eu esperava, mas desejei que ela tenha acreditado nas minhas palavras pois eram sinceras.
Estávamos em frente a casa de Giorgia, todos usando as melhores roupas que tinham, cheirando seus melhores perfumes e como Cassandra tentava manter, na maior ordem que conseguíamos. Tudo isso para esperar a família de Giorgia chegarem de viagem e iniciarem a festa de boas vindas. Estava ansiosa. No período em que passou se arrumando dentro do seu quarto ela me contou mais sobre a avó Eza. Espírito jovem, sorridente, a alegria em pessoa e nada conseguia tirar isso dela. Disse também que sentia inveja disso na avó, mas acreditava que era a experiência dos anos que já havia vivido. Amadurecer era algo que Giorgia precisava fazer, palavras dela. E eu apoiava, até porque eu também precisava.
— Esse vestido está lindo. - Nora apontou para a melhor amiga e eu sorri, vendo-a puxar Giorgia pela mão, para roda-la.
— Ansioso pra conhecer sua nova família? - Enric perguntou rindo e eu concordei da mesma forma.
— É minha primeira festa em... família. - Ergui as sobrancelhas nervoso, balançando os ombros.
— Ah é? Porque? - Nora perguntou curiosa.
— Morava com meu avô e ele não gostava de festas e não cheguei a conhecer a dele a mesma que do meu pai e nem os de minha mãe.
— Cassandra disse algo sobre seus pais terem falecido, sinto muito. - Ela segurou meu ombro assim como o marido fez, sua voz carregada de pena.
— Estou bem, não se preocupem. - Meus olhos dançaram pela grama, desviando minha atenção de Nora e as mãos de Giorgia se fecharam mais em meu braço.
Eu não gostava de falar sobre isso. Sendo bem sincero, eu havia demorado cinco anos pra contar sobre a morte dos meus pais para Augustus e ele era o único que realmente sabia o que eu sentia sobre isso e como minha mente ficava todas as vezes que eu pensava sobre tudo o que aconteceu depois da morte deles, depois de ver o caixão dos dois sendo lacrados e logo sendo jogados em uma cova ao mesmo tempo, no mesmo dia.
— Eles morreram de que? - Foi Nora quem perguntou e o marido suspirou.