Quando Giorgia faz uma proposta mais do que inusitada para seu chefe, para que ele finja ser seu namorado em frente a familia insuportável que ela tem, o quão desastroso poderia ser aquilo?
Bem, era o que Giorgia McCurty iria descobrir em poucas se...
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Minha família tinha algo com danças de salão bregas do século passado, faltavam apenas usar aquelas roupas antigas, que eles metódicamente iriam mergulhar em água e pó de café apenas para ficarem com cara de velhas e não se importavam com isso. Gostavam do tradicional com aquela dança de troca de par, cheia de giros e encostar de mãos.
Eu dançava com Anthony a algum tempo, torcendo para que quando trocássemos, fosse alguém legal e não algum velho, além de careca e louco para dormir com alguma garota jovem, sem ter que pagar por isso. Giramos no lugar e eu me sentia bonita com o vestido branco e os sapatos da mesma cor me faziam lembrar das roupas que uso em Nova York e me davam a falsa sensação de que eu estava em alguma festa da empresa, dançando com Anthony, mesmo que isso nunca tenha acontecido.
— Não parece tão animado por dançar. - Comentei.
— Dizem que fazer isso, encoraja afeição.
— Está usando Orgulho e Preconceito comigo? - Questionei, prendendo um sorriso. Havia realmente gostado da história que tinha lido a dias atrás.
— E poderia usar vários outros com você, se me permitisse. - Nos enclinamos para lados opostos, mas apertei os olhos.
Ele estava dando em cima de mim?
— Cinquenta tons de cinzas? - Ele se engasgou com o ar, assim que soltei a frase com uma voz sedutora.
Não, ele não estava dando em cima de mim. Porque ele daria? Pensando agora, eu havia sido ridícula.
— Estou brincando, Bennett. - Ri nervosamente.
— Não gosto do sexo descrito pelos livros, são fantasiosos de mais.
— Não gosta porque não consegue fazer uma mulher chegar ao tão esperado prazer, quando as pernas ficam bambas e o centro dela se aperta em você. - Eu ri baixo.
— Por acaso, andou falando com Charlie? - Ele afastou o rosto um pouco mais longe do meu. — Mas percebe? - Arquei as sobrancelhas. — Parece que tirou isso de alguma história de Audrey Carlan.
— Os livros dela são bons! - Defendi.
— Sim. - Uma pausa. — Para adolescentes virgens.
— Você se encaixa perfeitamente nesse tópico então. - Balancei a cabeça para os lados com desdém e ele fez o mesmo, abrindo um sorriso bonito.