Ela entrou de cabeça baixa no escritório de seu chefe. Estava fodida, sim essa era a palavra que definia bem a situação em que se encontrava e por isso sentia uma falta de ar ridícula, talvez, pelo que havia se metido ou apenas porque estava usando uma saia de quando tinha vinte e dois anos e agora estava com vinte e cinco e cinco números a mais no manequim, mas aquela saia lápis foi a única coisa vestível e limpa que tinha encontrado em seu guarda roupa naquela manhã de sexta feira.
Colocou a bandeja com remédio para dor de cabeça na frente do chefe, um copo de água natural, já que ele não gostava de água gelada, algumas torradas, as preferidas dele, que podiam ser compradas do outro lado da rua e eram baratas, e por incrível que pareça ele não se importava com isso. E um copo cheio de café fervendo.
— Bom dia, senhor Bennett. - Ela abriu um sorriso de lado, se afastando da mesa e alisando sua saia preta, analisando o homem concentrado no que lia, bem em sua frente.
— Parece preocupada, senhorita McCurty.
A voz de seu chefe era calma, como sempre. Ele quase nunca elevava o tom dela, não era atoa que era conhecido em quase toda Nova York, como o CEO mais calmo e compreensível do estado, além de corno, também.
— Coisas de família, senhor Bennett. - Ela soltou um suspiro cansado, assim que ele ergueu os olhos para os dela.
— Se precisar resolver esses problemas, pode tirar um dia de folga. - Ele piscou algumas vezes, buscando que ela entendesse que estava realmente tudo bem, se ela se afastasse por alguns dias.
— Não é tão simples, senhor. - Giorgia encarou a mesa de vidro do chefe. — Mas vou tentar resolver, assim que eu tirar minhas férias, vou para a casa dos meus pais matar esse problema.
— Espero realmente que não esteja planejando matar alguém. - Ele franziu o cenho, com um quase bico se formando nos lábios rodados. — É uma boa secretária, seria um desperdício se fosse presa. - Ele sorriu, sem mostrar os dentes, para a mulher de vinte e cinco anos e sobrancelhas vincadas, em sua frente.
— O senhor tem assuntos a tratar com Ryan, ele está o esperando, posso deixar entrar? - Com um movimento único de cabeça, senhor Bennett autorizou que ela chamasse Ryan Presley, para sua sala.
Sabia que iriam demorar com a conversa e que Anthony Kevin Bennett, sempre sabia de tudo sobre sua empresa e raras vezes a chamava para ajudar com alguma coisa, enquanto estava em uma reunião que não fosse tão importante, como era aquela. Por esse motivo, ela se sentiu mais do que livre para ir até o andar onde sua melhor amiga trabalhava e resolveu chamá-la para um café rápido antes que o chefe de Marie a chamasse, que diferente de Anthony, era o cão em pessoa. O tipo de ser humano que ninguém aguenta por perto, por viver reclamando e alisando uma de suas gravatas de cores ridículas que ele sempre usava.
— Tire essa cara de quem chupou limão e não gostou, não é por quê seu dia está uma porcaria que vai trazer más energias, para dentro dessa conversa. - A coreana murmurou, não estava se sentindo bem da noite passada e várias doses de vodka.
— E quer que eu esteja como, hã? - Arqueou as sobrancelhas negras para falar com a amiga. — Tenho que arrumar um namorado em menos de duas semanas pra apresentar pra porcaria da minha família! Um namorado rico!
— Eu andei olhando alguns cara da empresa. - Marie disse lentamente, como se pisasse em ovos para falar com a amiga. — Tirei alguns nomes daquela minha lista de eu perderia a virgindade e tal.
— Você não é mais virgem desde dos quinze.
— Se eu fosse virgem, eu perderia com qualquer um deles. - A mulher de cabelos tingidos de loiro, resmungou, revirando os olhos, enquanto ouvia o barulho da máquina de café fazendo seu trabalho, diferente das duas.
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O Namoro Falso De Giorgia
RomanceQuando Giorgia faz uma proposta mais do que inusitada para seu chefe, para que ele finja ser seu namorado em frente a familia insuportável que ela tem, o quão desastroso poderia ser aquilo? Bem, era o que Giorgia McCurty iria descobrir em poucas se...