11. VIAJEM

608 73 7
                                    

AIYRA TALA 

Meu coração ainda batia forte no peito depois de ter visto as duas criaturas sombrias que pareciam crianças. Eu me pergunto o quão perigosos eles são para Demetri ter ficado daquele jeito, eu senti que não era apenas por serem dos Volturi. Demetri, pensar nele me fez suspirar. Mal tivemos tempo para um beijo decente. Por mais estranho que seja, eu já estava sentindo falta de beijá-lo de novo. Eu o queria perto de mim.

Eu não sei se Gwendolynn tem razão sobre sermos companheiros, mas isso não me importa. Ele me faz bem. E é por esse bem que estou torcendo para que os Volturi ganhassem essa maldita guerra, tudo porque quero vê-lo voltar até mim. Eu sei que um dia eles irão pagar de alguma forma pelo o que fizeram, ou talvez não. O mundo sobrenatural é tão mais injusto do que dos humanos. 

Comecei a limpar a casa para poder passar o tempo até que a noite caísse, hoje seria mais uma noite de descontrole graças a lua cheia, mas ansiava para que aquilo acabasse logo. A sensação de dor era horrenda, e ainda mais pensar que mataria pessoas inocentes, por mais que aquela sensação passaria com o tempo. 

Senti o cheiro de Demetri se aproximando e sorri quando ele entrou, mas esse sorriso morreu ao ver sua expressão séria e preocupante.

— O que houve? — perguntei deixando de  lado todas as coisas que fazia para ir até ele.

— Eu fui convocado para a guerra, mas não posso te deixar aqui sozinha. Eu irei te levar embora daqui, Félix irá me dar cobertura por conta dos outros vampiros da cidade. Deixe todas as coisas para trás, lá você terá outras roupas para vestir e móveis para limpar — disse rapidamente e me puxou pelo braço, mas o segurei.

— Demetri, se acalme. Para onde irá me levar? — indaguei.

— Está na hora de você reencontrar sua alfa — sorriu minimamente.

— Ariesla! — exclamei.

Desde o ataque dos Volturi a matilha, eu nunca mais a vi. Demetri quem me revelou que ela está viva, mas não cheguei a vê-la. Gwendolynn iria gostar de reencontra-la, mas acredito que nesse momento a guerra seja sua prioridade. Mas ainda sim, nada tira minha felicidade nesse momento.

— Mas precisamos ser rápidos, Félix irá nós dar cobertura. Não se lembra que os Volturi estão na cidade e eu vou pra essa guerra? Não posso me encontrar com eles. A forma mais rápida de te levar é se contarmos o caminho pela água, pela terra seríamos mais lentos e teríamos  maia chances de ser perseguidos.

O encarei atordoada e pisquei rapidamente.

— Está dizendo em nadar por horas? Demetri, a temperatura do meu corpo me impede de pegar uma friagem, mas eu ainda preciso respirar — o lembrei. 

— Eu sei disso, mas você estará nas minhas costas e sou um vampiro. Seremos rápidos, mas irei emergir quando você precisar respirar.

— Mas não podemos deixar pra ir outro dia? Esperar para nos prepararmos melhor, mal acabei de chegar neste vilarejo.

— Não temos tempo, eu preciso partir para a Volterra ainda esta noite. 

— Então é isso? — disse demonstrando minha decepção. 

Demetri suspirou e me puxou para seus braços em um abraço apertado. Retiro o que eu havia pensado sobre nada tirar minha felicidade nesse momento. Não pensei que a guerra fosse acontecer tão rápido que ele já precisasse ir. O apertei com mais força nos meus braços não querendo soltá-lo, eu queria ter mais tempo com ele. Sempre aparece algo que não nos deixa ficar juntos por muito tempo.

𝕽𝖎𝖘𝖎𝖓𝖌 𝕾𝖚𝖓 || 𝕯𝖊𝖒𝖊𝖙𝖗𝖎 𝖁𝖔𝖑𝖙𝖚𝖗𝖎Onde histórias criam vida. Descubra agora