CAPITULO 7

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— falei demais? — pergunto ao casal....

— caralho pk... — liz fala indo atrás da grávida

— por que cê falou isso, mané?? — igor pergunta

— viado... não foi de propósito, eu juro — respondo

— a culpa não é sua, não foi de propósito, né? — ele fala não confiando muito em minha resposta anterior

GABI

— uma hora ou outra ele ia saber, né? — liz fala tentando me consolar

— mas ia saber por mim — falo ainda irritada

— mas ele não teve culpa, gab.. — liz fala tentando tirar a culpa do pedro

— não to brava com ele, não mais do que eu tô normalmente... Só to chateada com a situação — falo me jogando na cama e bufando enquanto deito ao lado de liz — eu devia falar com o thom? — falo virando a cabeça e me encontrando com o olhar de liz

— não gabi, você não fez nada demais. — vamo falar do que interessa??

— o quê interessa??? — pergunto sem entender do quê ela se refere

— a gente tem que planejar esses bagulho de neném, né — ela fala meio confusa

— amiga, eu to tentando associar tudo ainda, e só de pensar em encarar tudo isso, e de encarar de uma maneira totalmente diferente da qual eu ja planejei um dia pra minha vida, ja fico prestes a surtar — falo com os olhos enchendo de lágrimas — o pai do meu filho é um desnaturado, e eu sou outra. Não faço ideia de como vou criar uma criança nesse meio caótico que eu vivo, to tentando muito não pensar nisso pra não surtar... Mas não posso adiar o inadiável, realmente não sei o quê fazer

— Gabi, eu to aqui é independente de qualquer caô, surtos, pessoas desnaturadas na nossa vida, o que importa é que não estamos sozinhas.. Vamo marcar isso, pela nossa criança, por favor!

— você marca pra mim? — olho pra ela fazendo um biquinho pidão e ela aceita com a cabeça

[...]

Se passaram bons dias e eu estava até passando a resolver minha vida melhor, até que ao acordar recebo uma ligação não muito agradável

— gabi??? ta aonde??

— to em casa, acabei de acordar,  o que rolou???

— ta com a liz? é urgente

— você ta me deixando preocupada,  fala logo!

— preciso que alguém vá ver o pk, ele ta no hospital... To com o ton e não tenho ninguém pra ficar com ele. Preciso saber como o pedro tá

— passa o endereço que eu to indo pra o hospital..

Não fazia ideia do quê esse moleque tinha se metido, mas fiquei muito preocupada, mais do que devia ficar com esse maluco, inclusive.

Logo após igor me passar a localização, peguei o carro e pisei pra o hospital...

Chegando lá falei com a atendente, e ela me levou ao quarto que o pedro estava, cumprimentei um médico e duas enfermeiras que estavam na sala e ouvi um pouco do médico falando algumas coisas, mas por pegar o bonde andando não consegui me ligar no que ele se referia realmente

— vamos deixar vocês a sós, e lembre-se que repouso absoluto agora, ok seu pedro? Bebida ágora só daqui a no mínimo um mês — falou o moreno alto que vestia um jaleco branco, depois disso ele saiu da sala e as duas enfermeiras o acompanharam

— o que você ta fazendo aqui??? — Pk me pergunta surpreso

— seu amigo me ligou preocupadíssimo, eu tinha acabado de acordar, vim aqui correndo e é isso que eu recebo?? — falo colocando minha bolsa em cima da maca que ele estava deitado e me sento em uma poltrona para visitantes — como você conseguiu esse quarto tão bom?? pensei que ia te encontrar na emergência com mais uns 500 doentes ao teu lado

— sério que tu me vê deitado numa maca, num hospital, tomando soro e a primeira pergunta que cê me faz é como eu consegui um quarto??? — Ele fala enquanto ri

— então me diz.. O que porr4 você fez? — pergunto

— eu ando bebendo um pouco muito ultimamente, e só hoje eu já vomitei 13 vezes — ele fala com um sorriso amarelo

— pedro, são 9:00 da manha, como que você já deu 13 pt's ????? — questiono enquanto apoio meu braço no braço da poltrona para apoiar minha cabeça em forma de negação e decepção

— em minha defesa eu nem dormi ainda, beleza??? to bebendo desde às 22:00 de ontem

— e era pra ser menos pior isso?? — falo — mano... Você é retardado?? daqui a alguns meses tu tem um filho pra criar e não quero contar pra ele como o pai morreu de cirrose aos 23 anos

— relaxa lôrinha, você não vai me perder nem tão cedo...

— vaso ruim não quebra fácil mesmo... — falo debochando do mesmo — já que eu tô aqui e por algum milagre ainda não nos matamos, deixa eu te falar... Fiz um exame de sangue esses dias só pra ter certeza e obviamente deu positivo né, até ia mandar foto do resultado pra você... Mas lembrei que a gente se bloqueou — falei enquanto ria e ele também.

— por que a gente se bloqueou mesmo?? — ele questiona

— a gente briga tanto que eu nem sei qual foi a discussão da vez... — respondo

— mas voltando... Marquei uma ultrassom pra quarta feira, você quer ir? — não era das melhores companhias, mas ainda era o pai do meu filho né

— ta me chamando pra um encontro, loira? — ele fala com um olhar convencido

— você nunca pra de ser idiota, né? — reviro os olhos

— é claro que eu vou, meu amor! Te busco que horas?

Falei o horário pra o mesmo e nos desbloqueamos do WhatsApp pra poder mandar o endereço.

Não vou dizer que ele é chato, ruim de papo ou algo do tipo... Ele só é implicante e eu sou muito esquentada, admito, e isso faz com quê vivamos como cão e gato...

Igor chegou e o irresponsável do Pk levou um sermão muito bem dado e merecido, quem ja viu beber de estômago vazio???

[...]

Passaram-se alguns dias e fomos para a consulta..

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