— falei demais? — pergunto ao casal....
— caralho pk... — liz fala indo atrás da grávida
— por que cê falou isso, mané?? — igor pergunta
— viado... não foi de propósito, eu juro — respondo
— a culpa não é sua, não foi de propósito, né? — ele fala não confiando muito em minha resposta anterior
GABI
— uma hora ou outra ele ia saber, né? — liz fala tentando me consolar
— mas ia saber por mim — falo ainda irritada
— mas ele não teve culpa, gab.. — liz fala tentando tirar a culpa do pedro
— não to brava com ele, não mais do que eu tô normalmente... Só to chateada com a situação — falo me jogando na cama e bufando enquanto deito ao lado de liz — eu devia falar com o thom? — falo virando a cabeça e me encontrando com o olhar de liz
— não gabi, você não fez nada demais. — vamo falar do que interessa??
— o quê interessa??? — pergunto sem entender do quê ela se refere
— a gente tem que planejar esses bagulho de neném, né — ela fala meio confusa
— amiga, eu to tentando associar tudo ainda, e só de pensar em encarar tudo isso, e de encarar de uma maneira totalmente diferente da qual eu ja planejei um dia pra minha vida, ja fico prestes a surtar — falo com os olhos enchendo de lágrimas — o pai do meu filho é um desnaturado, e eu sou outra. Não faço ideia de como vou criar uma criança nesse meio caótico que eu vivo, to tentando muito não pensar nisso pra não surtar... Mas não posso adiar o inadiável, realmente não sei o quê fazer
— Gabi, eu to aqui é independente de qualquer caô, surtos, pessoas desnaturadas na nossa vida, o que importa é que não estamos sozinhas.. Vamo marcar isso, pela nossa criança, por favor!
— você marca pra mim? — olho pra ela fazendo um biquinho pidão e ela aceita com a cabeça
[...]
Se passaram bons dias e eu estava até passando a resolver minha vida melhor, até que ao acordar recebo uma ligação não muito agradável
— gabi??? ta aonde??
— to em casa, acabei de acordar, o que rolou???
— ta com a liz? é urgente
— você ta me deixando preocupada, fala logo!
— preciso que alguém vá ver o pk, ele ta no hospital... To com o ton e não tenho ninguém pra ficar com ele. Preciso saber como o pedro tá
— passa o endereço que eu to indo pra o hospital..
Não fazia ideia do quê esse moleque tinha se metido, mas fiquei muito preocupada, mais do que devia ficar com esse maluco, inclusive.
Logo após igor me passar a localização, peguei o carro e pisei pra o hospital...
Chegando lá falei com a atendente, e ela me levou ao quarto que o pedro estava, cumprimentei um médico e duas enfermeiras que estavam na sala e ouvi um pouco do médico falando algumas coisas, mas por pegar o bonde andando não consegui me ligar no que ele se referia realmente
— vamos deixar vocês a sós, e lembre-se que repouso absoluto agora, ok seu pedro? Bebida ágora só daqui a no mínimo um mês — falou o moreno alto que vestia um jaleco branco, depois disso ele saiu da sala e as duas enfermeiras o acompanharam
— o que você ta fazendo aqui??? — Pk me pergunta surpreso
— seu amigo me ligou preocupadíssimo, eu tinha acabado de acordar, vim aqui correndo e é isso que eu recebo?? — falo colocando minha bolsa em cima da maca que ele estava deitado e me sento em uma poltrona para visitantes — como você conseguiu esse quarto tão bom?? pensei que ia te encontrar na emergência com mais uns 500 doentes ao teu lado
— sério que tu me vê deitado numa maca, num hospital, tomando soro e a primeira pergunta que cê me faz é como eu consegui um quarto??? — Ele fala enquanto ri
— então me diz.. O que porr4 você fez? — pergunto
— eu ando bebendo um pouco muito ultimamente, e só hoje eu já vomitei 13 vezes — ele fala com um sorriso amarelo
— pedro, são 9:00 da manha, como que você já deu 13 pt's ????? — questiono enquanto apoio meu braço no braço da poltrona para apoiar minha cabeça em forma de negação e decepção
— em minha defesa eu nem dormi ainda, beleza??? to bebendo desde às 22:00 de ontem
— e era pra ser menos pior isso?? — falo — mano... Você é retardado?? daqui a alguns meses tu tem um filho pra criar e não quero contar pra ele como o pai morreu de cirrose aos 23 anos
— relaxa lôrinha, você não vai me perder nem tão cedo...
— vaso ruim não quebra fácil mesmo... — falo debochando do mesmo — já que eu tô aqui e por algum milagre ainda não nos matamos, deixa eu te falar... Fiz um exame de sangue esses dias só pra ter certeza e obviamente deu positivo né, até ia mandar foto do resultado pra você... Mas lembrei que a gente se bloqueou — falei enquanto ria e ele também.
— por que a gente se bloqueou mesmo?? — ele questiona
— a gente briga tanto que eu nem sei qual foi a discussão da vez... — respondo
— mas voltando... Marquei uma ultrassom pra quarta feira, você quer ir? — não era das melhores companhias, mas ainda era o pai do meu filho né
— ta me chamando pra um encontro, loira? — ele fala com um olhar convencido
— você nunca pra de ser idiota, né? — reviro os olhos
— é claro que eu vou, meu amor! Te busco que horas?
Falei o horário pra o mesmo e nos desbloqueamos do WhatsApp pra poder mandar o endereço.
Não vou dizer que ele é chato, ruim de papo ou algo do tipo... Ele só é implicante e eu sou muito esquentada, admito, e isso faz com quê vivamos como cão e gato...
Igor chegou e o irresponsável do Pk levou um sermão muito bem dado e merecido, quem ja viu beber de estômago vazio???
[...]
Passaram-se alguns dias e fomos para a consulta..
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RED EYES
Fanfiction"É que nós fica se evitando por que nós se gosta, mas quando se gosta e se olha é foda, meu chapa." obs: isso é uma história FICTÍCIA. Nem sempre os fatos da vida real serão os mesmos e ao mesmo tempo da fic, ok?