CAPITULO 45

314 28 8
                                    


No dia seguinte acordei com um milhão de ligações de thomas e um monte de mensagens de desculpas, apenas ignorei.

Ainda to mal por ontem.

Levantei e fiz um café da manhã, nesse momento alguém bateu na porta e quando atendi dei de cara com thom, ele cheirava a gin e estava chorando.

— me perdoa??? Nao fica sem falar comigo pelo amor de deus, eu te amo, não posso ficar sem você, gabi — ele voltou transformado, parecia que o sapo que eu presenciei ontem virou príncipe novamente.

Nesse momento eu não soube fazer mais nada além de tranquilizar ele, falei que estava tudo bem (apesar de não estar) e que eu não estava brava (apesar de estar também).

Após uma longa conversa e ele disse o quanto estava arrependido de ter feito aquilo.

Nós tomamos café juntos e depois de um tempo quando ele abriu o feed do instagram se transformou novamente.

Naquele momento eu não soube o que fazer, não reconheci esse cara.

— não quero ver você mais com esse pk, vive rodeado de mulher, deve ter até alguma doença dessas vagabundas que ele come e você não é nenhuma puta dele — ele diz

— pk é meu amigo — eu digo, estava sem forças pra questionar

— não, eu sou seu amigo! Ele não é porra nenhuma mais, ele é um otario! — ele fala e eu fico em silêncio, não quero discutir apesar daquilo me incomodar pra caralho.

Depois disso ele foi trabalhar e eu recebi uma ligação do Leonardo desesperado, ele disse que Brenda tinha entrado em trabalho de parto e nesse momento eu fui correndo pra a casa dela, ao chegar lá Leonardo pegou as coisas do meu sobrinho e me entregou, ele ia levar sophia pra casa de Liz, já que eles não tinham família por perto.

Eu só ia acompanhar o parto, de resto era com o Leonardo e eu ficaria com a Sophia.

Ao chegar no hospital o médico disse que ela já estava com 7cm de dilatação e nos encaminhou pra um quarto.

Nos acomodamos lá e eu organizei as coisas do meu sobrinho ao som dos gritos de Brenda, eu conseguia ficar tão nervosa quanto ela, estava muito ansiosa também.

Da última vez que a enfermeira foi la ja estava com 9cm e então elas não saíram mais do quarto, montaram tudo certinho e que comece o dia mais doloroso/importante da vida da minha cunhada.

Eu segurei a mão dela enquanto ela fazia força.

— PORRA, NÃO DÁ MAIS — ela dizia

— só mais um pouquinho — dizia uma das medicas — empurra que você consegue

— SAI DAI LOGO MEU FILHO — ela dizia enquanto gemia de tanto fazer força ou de dor mesmo, não sei direito — COMEÇA A GRAVAR GABRIELA!!

Ela grita e eu rapidamente atendo seu pedido, pego o celular e começo a gravar.

Enquanto eu dava vários closes na cara de sofrimento de brenda e vários closes na sua xota toda aberta conseguimos avistar a cabeça.

— NÃO CONSIGO, NÃO CONSIGO — ela gritava de dor

— vai, já to vendo a cabecinha, mais uma força e você consegue — eu a incentivava enquanto ela continuava gritando.

Ela empurrou mais uma vez e a cabeça do neném ja tinha saído por inteiro.

— o pior já passou, faz só mais um pouquinho — eu a incentivo

— isso Brenda, só mais um pouco... — a médica diz

RED EYES        Onde histórias criam vida. Descubra agora