CAPITULO 32

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Loucura ou não, depois de me questionar por poucos segundos já topei, esse negócio de eu ser paranóica demais é a mais pura verdade, eu preciso viver!

Naquela mesma madrugada nós alugamos um carro, arrumamos a mala e conseguimos adiar nosso vôo para segunda pela manhã.

Acordamos no sábado bem cedo e dessa vez não tínhamos que nos esconder de ninguém.

Pegamos o carro e fomos em direção a são miguel dos milagres, ainda em Alagoas.

Ficamos em uma pousada pertinho do mar, o nosso quintal era o mar, na verdade.
Tínhamos uma hidro, piscina e muita coisa pra fazer lá.

Coloquei minhas malas no quarto e deitei na cama junto com Pk.

— que porra a gente ta fazendo, moleque? — digo nós rimos

— eu não sei, lôra, só quis ficar contigo.

Isso daqui vai dar uma merda tão grande.. Mas eu prometi pra mim mesma não pensar nisso durante toda essa viagem.

Aproveita o dia, Gabriela!

Hoje nós fomos almoçar em um restaurante de comidas típicas e em seguida fomos no artesanato da cidade, tava tudo tão incrível, era como se nós estivéssemos namorando novamente, não que eu queira isso novamente, mas era incrível.

Ele pega na minha mão e começamos a olhar as artes dos moradores.

Por volta das 17h nós voltamos para a pousada, hoje a noite iríamos para um barzinho.

— que feio, Gabriela, que feio — ele diz entrando no quarto enquanto aperta os olhos desconfiadamente

— o que? — olho pra trás curiosa

— recaindo com ex — ele diz e dá uma gargalhada, me joga na cama e deita em cima de mim.

Ficamos a tarde toda ali, nossas pernas entrelaçadas, eu deitada em seu peito e ele me fazendo cafuné.

A cada palavra que ele soltava eu me arrepiava mais ainda.

O problema é que nenhum corpo encaixa tão bem com o meu como o dele.

Depois de alguns cochilos ele me acorda e diz que já está na hora.

Nós íamos pra um barzinho.

Ao chegar lá eu peço um drink que me recomendaram e ele o velho copão de cerveja.

Ficamos ouvindo música, conversando, rindo das pessoas dançando e isso tudo até ficarmos alterados o suficiente pra virarmos as pessoas que estavam passando vergonha dançando, pra uma cidade do nordeste até demorou para tocar um forrózinho, mas logo tentei ensinar Pedro a dançar.

— você que não sabe — ele diz — eu sou um pé de valsa — ele se gaba

— um pé de pano, né? Molinho que nem um jacaré, só sabe pisar no meu pé

— ah não, acabou comigo agora — ele diz e eu dou risada

— nenhuma mentira, né — digo e dou um selinho no loiro

Por volta das 2h30 da manhã nós voltamos para o hotel.

Transamos bebados na hidro.

Dormimos e no dia seguinte acordamos bem cedo para poder ir a praia, eu ia voltar dessa praia 50x mais bronzeada, era o foco.

Coloquei um biquini e nós fomos.

Nunca vi uma água azul e cristalina como aquela, a areia parecia com pequenas pedrinhas.

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