CAPITULO 24

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Depois que saímos da festa e fomos pra casa do pedro chegamos a conclusão que ninguém estava sóbrio o suficiente para dirigir, então ficamos por lá.

Cada um arrumou um cantinho e dormiu na casa do PK, que por sinal, quando a cachaça ou qualquer outro tipo de substância que estava fazendo efeito em seu corpo passou, me pediu um milhão de desculpas e se mostrou realmente envergonhado.

Eu estava tão confusa em relação aos meus sentimentos, minha única esperança era que hoje, quando eu encontrasse o bruno tudo se esclarecesse magicamente na minha cabeça.

Saí da casa do pedro juntamente de igor, liz e oik e cada um foi deixado por Igor em suas devidas casas, agora que Bruno era meu vizinho suas visitas eram cada vez mais frequentes, então combinamos para que quando eu chegasse ele fosse para minha casa.

Assim que eu cheguei, logo o avisei e ele veio rapidamente.

— eu tava com saudade, linda — ele diz quando eu abro a porta pra ele

O cumprimentei com um selinho.

— senti sua falta lá na boate — eu digo tentando quebrar o silêncio

— se eu pudesse eu teria ido. Na casa do igor já tem um quarto só seu, né? — ele diz rindo

— não entendi — falo

— porque você dorme lá direto, né — ele falou. Acho que ele estava achando que eu dormi na casa do igor, mas o que ele falou não era mentira, eu realmente dormia lá direto, então apenas concordei.

Ficamos assistindo um filme no sofá até que Liz chega em casa depois de seus compromissos.

— oi, gente! — ela nos cumprimenta ao entrar e deixar sua bolsa na mesa de jantar.

— tá de ressaca? — pergunto

— to novinha — ela fala animada — mas já o pk, tadinho, tá morto até agora

— mas o nível de loucura dele ali tava realmente fora do normal — falo e todos rimos, menos bruno.

— inclusive, ele disse que não podemos dormir nunca mais na casa dele, a bagunça que ficou ali foi fora do normal, segundo ele. — a liz disse

— ele que acha — falo rindo

Liz foi para o seu quarto, provavelmente já estava dormindo.

— quer ir lá pra o quarto? — pergunto

— não, acho que eu já vou — bruno diz em um tom diferente do que ele fala comigo

— ué, mas já? o filme nem acabou

— não to no clima, Gabriela — ele diz mais uma vez

— aconteceu alguma coisa? — pergunto levantando minha cabeça de seu peito

— fora você ter dormido com seu ex? Nenhum — ele diz se afastando de mim também

— eu não dormi com ninguém

— e o que sua amiga disse agora?

— que TODOS nós dormimos na casa dele? — digo dando ênfase em "todos"

— você me disse que tinha dormido na casa do Igor, se não tivesse acontecido nada na casa do seu ex você teria falado a verdade.

— eu não falei nada.

— olha, Gabriela, eu gosto muito de você, até engulo numa boa ter que conviver com seu ex e aceito vocês terem uma amizade

— perai — ele ia terminar a frase mas eu o interrompo — então você tá tirando vantagem e querendo que eu te parabenize ou enxergue o quão legal você é por "aceitar" — digo fazendo aspas com as mãos — que eu tenha amizade com meu ex namorado e por você não me cobrar algo que eu não te devo? — falo e dou um sorriso sarcástico — primeiramente, bruno, quando você me conheceu ele já estava na minha vida então mesmo que você tivesse alguma liberdade de dizer o que você aceita ou não na minha vida, que você não tem, no caso, você teria que aceitar porque me conheceu assim e homem nenhum vai me podar.

Eu disse aquilo tudo e ele se calou.

— beleza, pensa mais em tudo que você ta me dizendo e depois a gente conversa. — ao falar aquilo ele levanta e saí do meu apartamento

Ao mesmo tempo que veio uma sensação de alívio por colocar tudo aquilo pra fora, veio também uma dúvida se eu tinha feito o certo.

O pedro, putão, que não liga pra nada e nem ninguém vale mesmo uma briga com um cara que estava ao meu lado?

— oi — diz liz ao abrir a porta do quarto — eu ouvi tudo, amiga

— oi

— desculpa falar, mas ele ta certo

— que? — pergunto

— ta claro que você ainda sente algo pelo pedro e que ele também sente por você, o bruno ainda se envolve contigo por gostar muito de você, mas também tá claro que alguém vai sair muito ferido da história e que muito provavelmente vai ser ele. Para de querer se amarrar com alguém sem ter desatado um antigo nó, Gabi, isso nunca acaba bem — ela diz e eu sinto meus olhos encherem de lágrima

— eu não quero me amarrar com ninguém, Liz.

— mas ele gosta de você.

— e o que eu faço? — pergunto

— vou te dar dois caminhos e você vai ter que tomar uma decisão — ela diz e eu confirmo com a cabeça — ou você esquece o pedro, supera de verdade, sem mentir ou querer pagar de superada tentando ser superior, vocês dois sempre fazem isso, enquanto isso você pode continuar com bruno por que ele tá realmente se esforçando pra te amar de verdade.

— e a outra opção? — indago

— essa é a que mais me assusta... Mas então você esquece o bruno e vai agora ver o pedro, se declara e faz o que tem que fazer realmente.

— não posso ficar com alguém sendo que tenho outro sujeito que vira e mexe assombra meu peito, liz — eu falo

— então você já sabe qual caminho escolher — ela diz

Então eu e Liz decidimos ir para casa de Igor, eu estava torcendo pra ver quem eu mais precisava ver naquele momento.

Ao chegar lá liz desceu do carro e eu fiquei estacionando, ao entrar na casa do meu quase cunhado avisto minha amiga novamente

— ele ta aqui? — pergunto empolgada

— então amig... — ela ia continuar a falar mas foi interrompida por gritos de você sabe quem

— LÔRAAA — vejo pedro se aproximando sem camisa, o problema é que ele não estava sozinho

Ele estava vindo em minha direção abraçado com uma tatuada, ele se solta dela e me dá um abraço empolgado, ele estava claramente bebado.

Logo ele me apresentou a menina que estava ao seu lado, se chamava Alíne.

Aquilo dali foi frustrante o suficiente pra eu poder virar alguns copos de whisky sem precisar reclamar do forte sabor.

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