— vai, gabi, me conta.. — ele diz ainda dentro do meu abraço e ao perceber que eu não conseguia controlar o choro aperta ainda mais seu corpo contra o meu — eu sinto muitoAo perceber que eu estava mais calma ele nos soltou e colocou meu cabelo por trás da orelha, nisso ele pegou uma garrafa de água de uma tiazinha que vendia na porta da balada e me entregou.
— eu preciso saber o que esse filha da puta fez com você, Gabriela — pedro diz — desculpa se eu to sendo insensível, mas eu não vou me aguentar se souber que ele encostou a mão em você na intenção de te machucar
— então melhor não te contar.. — digo e ele já entende tudo, em um surto de raiva ele dá um soco no poste que estava ao nosso lado
Sentamos em um banco próximo e sua mão jorrava muito sangue, esse vai precisar de pontos.
Mandei uma mensagem pra liz avisando e fomos para o hospital, eu fui dirigindo seu carro e ele tentando me enganar que estava tudo bem com sua mão
Ao chegar lá logo duas enfermeiras se assustam e me levam pra uma salinha reservada.
— a senhora não precisa passar por isso, não está sozinha — uma delas diz
— que? — falo confusa
— é mais comum do que parece, diversas vezes aparecem esposas tentando acobertar o marido agressor, pode parecer apenas uma briga, mas ele tem muito mais força que você e se é capaz de te bater é capaz de fazer coisas muito piores também... — uma diz e a outra coloca a mão no meu ombro pra me "confortar"
— mas ele não é meu marido
— pode ser namorado também, esse não é o caso — ela diz
— nem namorado, ele não me bateu — falo e seguro o riso
— não precisa nos enganar, estamos vendo a marca no seu rosto — ela diz e ao abrir a câmera do celular vejo que meu rosto da com a marca de uma mão e extremamente vermelho, fora meus cotovelos ralados do empurrão..
— tudo bem, eu apanhei — falo — mas não foi dele, ele me defendeu do meu ex namorado
Digo e elas suspiram como um alívio
Depois de rimos um pouco juntas eu volto para onde pedro estava.
Ele estava deitado com a cabeça pra um lado e uma enfermeira dando os pontos no outro.
— a anestesia passou, to sentindo tudo — ele diz baixinho
— pra aprender a não dar soquinho no poste — falo e ele revira os olhos — aperta — estendo minha mão pra ele apertar e fico passando a mão no seu cabelo para tentar acalma-lo enquanto ele apertava os olhos e rangia os dentes de dor.
PK
A anestesia ja tinha passado, mas pela minha masculinidade frágil (confesso) não disse nada a enfermeira.
Fecho os olhos pra tentar me distrair da dor, mas pouco tempo depois percebo que foi uma técnica nada eficaz.
Ao abrir os olhos vejo a Gabriela me olhando e ela ao perceber que meus olhos já estavam abertos deu um sorriu com os olhos e movimentou os lábios sem emitir som algum, ela estava me pedindo desculpas.
— prontinho! — Diz a enfermeira — Vou te liberar em alguns minutos, só deixa eu fazer umas anotações de algumas recomendações do que você deve não fazer e agendar o dia da sua volta — ela diz e sai da sala pra providenciar tudo o que disse.
— desculpa pelo que? — pergunto a Gabi sobre sua fala anterior
— eu causei tudo isso e saí intacta, praticamente, já você que não tem responsabilidade alguma, tá assim.. — ela diz
— para de ser besta! Você sabe que eu nunca deixaria você passar por aquilo sozinha se soubesse, seu ex que é louco, a culpa não é sua, talvez um pouco do seu dedo podre — digo e ela sorri
— você também é meu ex, sabia? — ela refuta minha provocação
— dedo podre, também sou todo errado, loira — falo
— não — ela diz e abaixa a cabeça
Ao perceber o silêncio constrangedor que ficou ela volta a falar
— você não é todo errado, tu erra como qualquer um, mas eu te fiz ser todo errado. — ela diz aparentemente chateada
— você não fez nada — digo sem entender
— você é um cara incrível, um dos mais que eu já conheci, acredite se quiser — ela diz ao ver minha cara de surpreso e dá um sorriso de canto acompanhado de uma risada nasal — quando a estamos juntos parecemos pessoas completamente diferentes de quem somos, te tornando um babaca as vezes e me tornando uma surtada, louca e descontrolada
— é, pode ser. — falo cortando o assunto
— discorda?— ela pela primeira vez durante esse assunto olha nos meus olhos para me questionar.
— não é isso, só nunca parei pra pensar
eu sempre pensei — ela diz
— então somos lindos amigos com uma amizade perfeita e nada estranha — digo ironicamente e levanto a mão pra ela dar um soquinho.
Após isso o silêncio constrangedor ecoa na sala novamente.
Ele é interrompido quando a enfermeira entra novamente.
Ela nos libera e paramos em uma padaria pra pelo menos forrar o estômago, ja estava amanhecendo o dia.
Por incrível que pareça, depois daquela conversa >bem< constrangedora, nós ficamos conversando como bons amigos durante todo o café da manhã e na volta pra casa.
Ela me deixou em casa e foi embora pra sua.
Ao entrar no quarto tirei a roupa e fui tomar um banho gelado, pra associar tudo que aconteceu e tirar toda a energia pesada.
Saio do banheiro e vejo uma mensagem da Gabriela avisando que chegou, mando uma foto fazendo um beleza com a mão enfaixada.
Após isso eu pego no sono.
GABI
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RED EYES
Fanfiction"É que nós fica se evitando por que nós se gosta, mas quando se gosta e se olha é foda, meu chapa." obs: isso é uma história FICTÍCIA. Nem sempre os fatos da vida real serão os mesmos e ao mesmo tempo da fic, ok?