CAPITULO 17

626 31 31
                                    

GABI

Depois de todo aquele rolo, quando apaguei só vim ter noção realmente das coisas quando estava chegando no hospital, as próprias enfermeiras limparam meu sangue e colocaram aquelas roupas patéticas de hospital em mim. Com o pouco de bateria que me restava avisei a liz onde estava e o que tinha rolado.

Pra minha surpresa quem apareceu na sala que eu estava foi o Pedro Henrique, conversamos um pouco sobre o que tinha rolado, não falamos da nossa briga e nem do nosso "término".

Logo que a médica chegou e eu estava tão grogue por conta dos remédios para a forte cólica que eu estava sentindo que nem entendi direito o que ela falou, só que ia colocar um aparelho para ouvir o coração do bebê e alguns testes pra saber se ele estava bem.

Uma enfermeira tirou meu sangue e levou para um tipo de laboratório do próprio hospital, não estava muito atenta a ultrassom, eu nem conseguia, na verdade.

Quando ela pegou o aparelho de ouvir o coração do bebê eu nem me preocupei com o fato de não estar ouvindo , achei que era efeito do meu remédio.

— o coração do feto está inaudível — logo quando ela disse isso vejo pedro ficar nervoso, praticamente entrar em desespero — mas pode ser por a gravidez ser recente, ele está muito novinho — por via das duvidas eu ja mandei uma enfermeira coletar seu sangue e daqui a algum tempinho teremos o resultado. Qualquer agitação, nervoso ou coisa do tipo vai afetar o bebê, então mesmo que ele esteja bem isso pode mudar de acordo com seus sentimentos a partir de agora, então por mais difícil que seja, vamos manter a calma.

Foi aí que eu percebi que poderia perder o bebê, não soube fazer nada, nem chorar eu estava conseguindo.

Depois disso não sei muito bem o que aconteceu, pedro entrava e saia do quarto o tempo inteiro, provavelmente dando notícias aos nossos amigos.

Sinto falta da presença de pedro e quando me dou conta que ele não voltava pra o quarto há algum tempo a minha melhor amiga entra

— como você tá????? — ela diz com um tom de extrema preocupação ao entrar na sala, me dá um beijo na testa e senta na ponta da cama q eu estava, próximo aos meus pés — explica isso melhor.

— eu tava mal, resolvi sair sozinha do apê do pedro já que a gente tinha terminado e foi ai que...

— PERAI, VOCÊ TERMINARAM? — ela me interrompe e eu faço sinal de "shhh" com o meu dedo indicador para a mesma parar de gritar

—fala baixo. Mas sim, ele me deu um pé na bunda — digo e ao perceber que eu estava "murcha" ao falar aquilo ela começa a fazer carinho nos meus pés

Continuo a história e ela demonstra muita revolta ao saber o que tinha rolado comigo.

Ficamos conversando por um tempo e a médica voltou com um papel na mão e uma cara não muito agradável...

Liz saiu do quarto e chamou pedro e assim que ele chegou ela começa a falar

— vocês lembram que eu falei que não ouvia o coração do feto, certo? — ela diz e afirmamos com a cabeça — então, peguei o exame de vocês — quando ela diz isso pedro pega na minha mão e começa a fazer carinho, como se soubesse o que estava por vir. — você sofreu um aborto espontâneo, Gabriela. Sinto muito

RED EYES        Onde histórias criam vida. Descubra agora