Pensou que eu não voltaria hoje, não é?! Pois é, acabei voltando pra mimar vocês.
Hoje, um capítulo longo e boiolinha. Vocês vão descobrir quem é o «fantasma do passado» que a Sarah tanto preza.
Enfim, chega de spoiler por hoje. Boa leitura! Espero que estejam gostando. Cada escritor se esforça de maneira única pra fazer vocês sorrirem ou simplesmente, nos odiarem rs. Mas não vem em questão!
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Após todos os procedimentos feitos naquela noite, eu me encontrava sentada, sozinha, perdida mais uma vez em meus próprios pensamentos. Estávamos no mesmo local, exaustos, sujos e molhados. A hora passou voando, o relógio marcava 23h50 da noite, era quase meia noite. Retirei minha carteira do bolso e puxando uma foto, deixei uma lágrima escorrer. Era inacreditável que, por mais ocupação eu tivesse durante o dia, minha mente me teletransportava para um outro lugar.
Flashback On
- Amor, me ajuda a subir. - Ela pedia visivelmente cansada, sem forças.
- Você é muito fraca amor, me dê a sua mão aqui. - Abri um largo sorriso ao estender minha mão em sua direção - Agora faça força e venha de uma vez.
- Eu estou com medo amor. Vamos embora?
- Eu podia sentir o frio em seus delicados dedos apertando meu pulso.- Eu estou segurando você, não estou? Confie em mim. Vem!
E em um sobressalto eu a segurei, trazendo-a para mim. Ela tremia enquanto tentava controlar a sua respiração descompassada. E naquele momento em que ela estava encolhendo-se em meus braços, eu queria apenas que ela sentisse que eu estava ali, segurando-a forte contra o meu peito. Que o mundo podia estar caindo ao nosso redor, mas que se estivéssemos juntas, morreríamos felizes enquanto tudo estava sendo destruído. Porque seria o mundo lá fora desmoronando, não o nosso mundo.
- Calma minha pequena, eu estou aqui. - Falei enquanto afagava seus cabelos.
- Eu sei que está. - Disse deixando um beijo em meu ombro, mesmo por cima do casaco.
Ela sabia! Ela sabia que eu estava com ela e isso era o mais importante. Estávamos em um parque, o relógio marcava onze horas e cinquenta e cinco minutos, e ali no alto de um monte alto, encostadas em uma árvore, eu abriria todo o meu coração que estava definitivamente despido para ela. Naquele vazio do mundo, mas do preencher de nós duas, a melodia do nosso amor era feita pela natureza. O vento soprava as folhas das árvores calmamente, estabelecendo uma brisa agradável. Os grilos e cigarras era o sustento da orquestra e as nossas respirações dançavam juntas, unidas a nossa alma.
- Amor. - Chamei-a, olhando em seus olhos.
Minhas mãos seguravam seu rosto, tecendo um leve carinho, é como se eu dissesse: não meu amor, eu nunca machucaria um ser indefeso e delicado como você. Recebi imediatamente sua atenção e as palavras se esvaíram da minha mente, deixando sorrateiramente um frio na minha barriga. Eu só precisava de um resquício de coragem e sanidade, mas eu era tão covarde no amor, que sequer sabia explicar o que se passava no profundo do meu coração.
- Eu fui corajosa para muitas coisas amor, mas nunca em expressar em palavras o que eu estou sentindo aqui dentro. - Puxei sua mão, colocando em cima do meu coração. - Eu fui corajosa para trazer você no meio da noite até aqui, fui corajosa para amar você e assumir isso, corajosa para olhar nos olhos dos seus pais e dizer que eu amava a única filha deles. Eu fui corajosa por causa do nosso amor, mas eu nunca consigo ser corajosa, olhando em seus olhos e me desarmando inteiramente, me despindo por dentro. - Eu sorri, enxugando uma lágrima que caiu de meu rosto.
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O Recomeço | Sariette
FanfictionSarah entrou na corporação como Investigadora Criminal Forense, com apenas 21 anos. Em seu passado, há um segredo que nunca foi contado para ninguém, além do seu grande amigo Giuseppe. Juliette Freire é uma desconhecida até então, que se encontra po...