Uma Teoria

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Alô luazinhas!

Hoje vencemos demais.

E ainda bem que foi na vida real, porque se dependesse da minha fic...

Boa leitura!

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Pov Juliette

— Eu juro que quando eu encontrar a Sarah, vou dar um baile nela. — Gil falou furioso.

— Por que? Você mesmo que ajudou ela a carregar esse corpo. — Afirmei com as mãos na cintura.

— Vou dar um baile nela por estar me fazendo passar por isso mais uma vez.

— Vai dizer que não está sendo divertido? — Lucas questionou com uma expressão divertida em seu rosto.

Estávamos todos parados na enorme ponte que ligava a cidade de Hoffen à cidade de Monte Carlo, o corpo de Carol estava no piso da ponte, dentro do mesmo saco que a colocamos anteriormente. Um lago ou como preferirem, um enorme rio extremamente fundo estava logo abaixo de nós. 

— Então? — Higor falou em um fio de voz.

— Então essa é a hora que a gente joga. — Afirmei com prontidão.

— Alguma palavra solidária para o fim último de Carol? — Lucas ironizou.

— Ah, vai a merda! 

E assim, Gilberto a retirou do saco preto e a jogou no lago. O corpo apenas afundou, como uma pedra pesada e naquele momento, finalmente pudemos respirar aliviados por um instante. Voltamos para o carro e antes de eu entrar no mesmo, senti alguém nos observando na espreita. Mas era só uma sensação ruim, não era? Havia mais três pessoas comigo, parados em uma ponte solitária, dentro da floresta. Não havia mais ninguém, quem estaria aqui coincidentemente na mesma hora?

Saí dos meus devaneios e logo entrei no carro, suspirando aliviada e agradecendo aos céus por finalmente ter dado tudo certo em relação a Carol. Isso é, jogando ela no lago. 

— Agora nossa próxima missão é Rua José dos Montes, 321. — Higor apertou o cinto contra si.

— Espera. Há algumas coisas erradas nessa história!  — Gil tomou a palavra — Primeiro, todos sabem que o pai da Juliette foi assassinado hoje pela madrugada não é?

— Sim. — Respondemos uníssonos. 

— Higor, quando estávamos naquele carro indo em direção a floresta, você se lembra que Sarah nos disse que ela seria a próxima vítima dele, junto com a Ju?

— Sim, lembro.

— Então por que ele não a matou? Ele tinha o queijo e a faca na mão todo esse tempo.

— É uma boa pergunta, mas eu não sei respondê-la. Talvez ela o encontrou primeiro e não deu tempo de reagir? — Ele deu de ombros.

— Giuseppe me disse que a relação de Sarah com a família foi conturbada, ele a odiava e provavelmente forjou a própria morte. Certo? — Indaguei pensativa.

— Sim, e o que isso tem a ver? — Higor virou-se com uma expressão confusa.

— Calma, deixa ela continuar. — Lucas interviu.

— Então, do nada o pai dela aparece vivíssimo e ela começa a procurá-lo. Se ele a odiava, não tinha o porquê ambos se encontrarem. Bastava se evitar! — Concluí.

— Sarah não iria atrás de uma situação arriscada como essa, se não notasse que há algo muito estranho na história. — Gil me interrompeu — E se ela percebeu que sei lá, ele sabia onde ela estava e veio acertar as contas?

O Recomeço | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora