O Recomeço | Sariette

O Karaokê

Atenção!

Esse capítulo pode aumentar o nível da sua diabetes.

Dessa vez, voltei cedo.
Vim em missão de paz! Sem crimes, casos, desconfianças... Apenas paz.

Até a próxima e boa leitura.

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Após o show de drama que Juliette fez durante a tarde, fomos trabalhar e chegamos atrasadas. Juliette demorou no banho, demorou para se arrumar e ainda me deu um esporro porque reclamei da demora.

Ok Sarah, respire.
Se você não fizer isso, é capaz de jogar a mesma pela janela.

— Sarah! Venha aqui agora. — A imagem de Juliette apareceu, ela estava de braços cruzados e batendo os pés no chão.

Ok, Sarah. Se você não quiser jogar ela pela janela, pode se jogar. Eu aposto que entre aguentar isso e descansar eternamente, eu vou gostar da vida pós mundo.

— O que foi dessa vez? Vai me bater? Gritar? Fazer show? Chorar? Lembre-se que estamos no trabalho.

— Era só um beijo amor, não precisava falar assim. — Olhou baixo.

Rapidamente saí sem dar nenhum beijo. Pelos céus! Eu estava com uma boa quantidade de análises e ainda tinha chegado atrasada, eu não tinha tempo pra isso. Pedi a Johan que a enchesse de trabalho por enquanto, só uma boa distração que a fizesse perder energia iria fazê-la se acalmar.

Entre corridas em laboratórios, restaurante e sala de reunião, eu finalmente parei na poltrona da minha sala e pude respirar com tranquilidade por alguns minutos. Me recordei dos momentos em que eu e a Juliette tínhamos passado durante todo esse tempo e isso me deu uma grande ideia.

Levantei-me em um sobressalto e saí como um raio até uma joalheria próxima, o aniversário dela era semana que vem e eu precisava presenteá-la com algo.

— Boa tarde, senhora. O que deseja? — Um homem simpático logo me atendeu.

— Encomendar uma pulseira prata com berloques.

— Quais os berloques que a senhora desejaria colocar? — Disse enquanto pegava um bloco de notas.

Era uma boa pergunta e eu não havia pensado nisso ainda. Nós nos conhecemos em uma floricultura, na segunda vez que eu a vi, ela estava lendo, depois a nossa maior ligação era o café, houve o restaurante, a viagem...

— Flores, livro, café, milkshake e pizza, por fim, um carro.

Cada um desses marcava nossa história que aos poucos era construída e eu queria encher aquela pulseira com todos os nossos momentos daqui para frente. Mesmo se eu a enchesse de berloques, não tinha problema algum. Eu compraria outra e outra até chegar no ponto que ela pedisse para dar uma pausa em tantas pulseiras.

— Para quando deseja?

— Dia 03 do mês que vem.

— Ótimo, depois acertamos o pagamento.

Saí da loja e parei na esquina para comprar um milkshake pra ela, Juliette adorava misturar coisas salgadas com doce, então nada mais justo que levar um milkshake e amendoim. Antes de continuar, parei numa floricultura, porque um cacto tinha me chamado atenção. E bem... Eu comprei o cacto. Juliette amava cactos!

No entanto, havia um detalhe que eu tinha esquecido pelo caminho.

As fotos!

Eu tinha tirado milhares de fotos dela, uma mais linda que a outra. Destacando a própria com seus traços esculpidos por deuses e a paisagem que colaborava com certeza com o realce de sua pele. Eu iria revelar cada uma! Seria uma surpresa, tanto a pulseira de berloques, quanto as fotos daquele dia. Depois eu enviaria todas fotografias que ela me pedisse pelo whatsapp, ela não ia se contentar com fotos em mãos. Precisava postar todas.