Saltos da Lady Gaga

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Dois capítulos em uma noite. Estão felizes? Pois eu espero que sim.

Vale lembrar que: os casos citados aqui são inteiramente fictícios.

No entanto, se você tiver uma imaginação fértil e for sensível às descrições de cada morte, acho melhor pular. Só avisando mesmo, hein?!

Boa leitura, babys!

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Chegamos ao IPC na hora marcada, todos estavam a minha espera, com expressões indecifráveis.

— Sarah Caroline. — Gilberto dizia alternando o olhar entre a minha pessoa e Juliette — Temos um novo caso!

Olhei de relance para Juliette e ela entendeu perfeitamente o que eu quis dizer, ela estava certíssima em afirmar que se houvesse mais um homicídio, era o complemento do anterior.

— Chame Johan e vamos logo. — Falei, colocando meus óculos de sol, de volta em meu rosto. — Você vai comigo? — Perguntei a Juliette que permanecia ao meu lado.

Ela apenas assentiu com a cabeça, indo até seu armário para pegar uma caneta e seu bloco de anotações.

Eu, Juliette, Gilberto e o Higor fomos na mesma viatura e naquela situação que nos encontrávamos, o sangue corria frio por entre as veias. O ambiente era tomado pelo som das pedras em que as rodas do carro passavam por cima, pelo vento agressivo que batia em nosso rosto e também pelas sirenes alarmantes das outras viaturas. Eu estava dirigindo, enquanto tinha Juliette ao meu lado, procurando o mesmo caso que vira eu pesquisando mais cedo.

— Achei Sarah. — Falou enquanto me fitava seriamente.

— Achou o que? — Foi a vez de Gil perguntar.

— Um caso que eu estava procurando agora um pouco. Dependendo do que virmos na cena de hoje, é muito parecido com um que eu e a Juliette ouvimos e lemos há um tempo atrás. Inclusive, marcou a página Ju?

— Sim.

— Ju?

Gilberto e Juliette falaram juntos em uníssono. Juliette olhou para Gilberto e o mesmo também estava com os olhos fitos nela. Eu e Higor apenas balançamos a cabeça em tom de negação em direção a ambos. Eu não respondi à pergunta do Gil, apenas segui, entrando em uma rua que nos levava a uma fazenda um pouco afastada da nossa cidade, em meio ao asfalto. Paramos e analisamos a enorme fazenda, com suas paredes externas pintadas de amarelo, uma enorme cerca e não vamos nos esquecer da rede pendurada.

— Tudo certo aí com vocês? Todos prontos? — Falei, enquanto retirava o cinto. 

— Sim. — Falaram de uma só vez.

— Vamos descer. 

Eu já me encaminhava na frente, observando o local e principalmente as marcas no chão. Fiquei em um silêncio devastador e não permiti que absolutamente ninguém adentrasse o local, mas esperassem no asfalto. O local que nos levava até a enorme casa era cercado por grama, uma estrada de terra. Todos me observavam em silêncio e eu podia ouvir a conversação vindo de suas cabeças e os pesados olhares direcionados a mim.

— Calem a boca! — Gritei insatisfeita.

— Mas nem estamos falando, Sarah. — Johan respondeu.

— Estão pensando e isso é irritante.

— Ouviram ela, não ouviram? — Foi a vez de Gil gritar — Parem de pensar agora. 

Após alguns minutos me recompondo de toda a situação, eu pude ver algumas marcas de botas pesadas no caminho de saída, bem afastados da casa. Andei pela frente, pelos arredores e perto da saída, quando encontrei algumas gotas de sangue. Me dei por satisfeita e logo chamei Higor e Gilberto, que recolheram com cuidado cada partícula necessária que estava seca no solo. Dei permissão para que entrassem e antes de ir, verifiquei a janela ao fundo da casa com cuidado.

O Recomeço | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora