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Péssima notícia!
Estamos nos encaminhando para o fim...

(Obs: depois de ontem eu aprendi que não confio no amor de vocês)
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Pov Sarah

Confesso que esses foram os dias mais agitados que eu já vivi, durante todos os anos de trabalho.

Mas não somente porque passei por uma experiência de quase morte, mas principalmente, porque eu descobri coisas que fizeram o meu coração apertar.

Evandro não era meu pai, Giuseppe era meu avô e Johan não é Johan, é Nahoj. Meu pai.

Sobre Giuseppe eu compreendo muitas coisas, agora sabendo de toda a verdade. Algumas das minhas lembranças com um homem que eu jurava ser meu pai, na verdade era Giuseppe. Ele quem me acolheu, ensinou e ajudou na formação do meu caráter.

Sobre Nahoj, eu ainda preciso seriamente ouvir sua versão do início ao fim. Há muitas coisas obscuras e outras que me doem o suficiente, mesmo sabendo que ele sempre quis meu bem. Porque desde que ingressei na faculdade, que eu o conheço. Ele sempre esteve por perto, eu era a perfeita junção dos irmãos Andrades. E como um bom Andrade, eu fiz meu nome e levantava a minha própria história e bandeira de honra.

Talvez nunca mais eu me esqueça do ato estéril e dissimulado de Evandro quando o mesmo me encontrou na floresta. Tão pouco me esquecerei da bala perfurando o coração de Nahoj, muito menos de Lucas caído e ferido. Lucas estava naquela posição por minha culpa, Juliette também estava naquilo tudo por minha culpa. A única coisa que eu pensei antes de tudo era matá-lo, sem envolver ninguém. Mas graças a minha intuição, eu acabei sentindo que os meus não iam me deixar. E então, formulei um plano b, felizmente arriscando minha própria vida por causa dos demais. E com um erro imprevisível: que foi justamente o Lucas.

E bem, agora eu estou aqui adentrando na minha própria casa, vendo que tudo foi revirado pelos meus próprios amigos. Eu segurava a mão de Juliette que de repente, parou no meio do caminho e me olhou, como se quisesse me contar algo. Eu já esperava que ela soubesse sobre a minha história com a Carol, o corpo preservado e tantas outras confusões.

- Vai contar a ela não, Juliette? - Gil a encarou enquanto sentava no sofá.

- Então amor... - Ela iniciou. - Nós fizemos uma coisa.

- O quê? - Ergui uma sobrancelha questionadora.

- A Juliette nos fez jogar o corpo da Carol no lago. - Higor falou rapidamente.

- Higor! - Todos gritaram em uníssono. - Boca de sacola.

- Ué gente, enrolaram demais. - Ele cruzou as pernas na poltrona.

- Verdade isso? - Voltei a atenção para ela.

Ela apenas assentiu com a cabeça, certamente esperando uma resposta. E pela expressão corporal dela, a mesma estava dividida. Queria me ouvir? Queria. Mas me daria um baile com seus argumentos? Daria.

- Depois a gente conversa sobre isso. - Falei me dirigindo a geladeira.

- Está brava? - Sussurrou.

- Não, amor. - Selei nossos lábios. - Fica tranquila.

- Bem, recebi uma ligação agora pouco. O pessoal nos informou que iremos prestar depoimento daqui a uma semana, ás quatro horas da tarde. Nós cinco, mais a Kerline, Nahoj e Giuseppe. - Lucas falou seriamente.

- Era de se esperar. - Murmurei. - Mas será mesmo que Nahoj estará em condição de prestar depoimento?

- É isso que eu não sei informar, pelo o que me relataram, ele estava em estado grave.

O Recomeço | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora