De Volta ao Jogo

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!De vuelta en el juego!

Que comience la guerra.

FUEGO!

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Eu acordei bem mais cedo do que imaginei, em vista do cansaço acomulado do dia anterior. Senti um peso em meu peito, abraçada ao meu corpo. Fiquei admirando a Juliette enquanto ela dormia, eu dedilhava todo o seu rosto, até que deixei um beijo em seus cabelos e a puxei para mais perto de mim.

Nós duas iríamos pegar um plantão hoje, das três da tarde até oito da manhã. Seria exaustivo! Mas eu não achava ruim passar mais um dia ao lado dela.

Tentei ser o mais cautelosa possível ao retirar os braços de Juliette da minha cintura, sem que a mesma acordasse. Pedi ao hotel que trouxessem um café da manhã completo e enquanto aguardava, tomei um banho. O relógio marcava nove horas da manhã, teríamos de nos apressar. Era seis horas de viagem do local em que estávamos até Hoffen.

Vi aquele pequeno corpo enrolado no cobertor movimentar-se, resmungando do vazio ao seu lado. Bem, pelo menos dessa vez não tinha sido acordada por mim.

— Bom dia preguiçosa. — Falei enquanto deixava beijos por todo o seu rosto.

— Deixa eu só escovar os dentes que eu dou um bom dia pra você. — Falou tentando se desvencilhar dos meus beijos.

— Um beijinho só, vai. — Falei ao puxar seu rosto contra o meu.

— Não Sarah, sai. — Rapidamente pulou da cama correndo para o banheiro.

Fiquei a observando enquanto ria da situação. O serviço de quarto logo chegou com o café, eu estava sentada em uma das cadeiras da mesa, quando fui envolvida por ela, que sentou em meu colo e segurou meu queixo, direcionado para ela.

— Bom... — Deixou um selinho — Dia. — Outro beijo foi deixado.

Sem aguentar mais a situação, adentramos na bolha que tínhamos criado somente para nós duas e aprofundei o beijo. Minhas borboletas no estômago estavam em festa, elas nunca mais me deixaram em paz desde que conheci a Juliette.

— Acho que vou querer um bom dia desses sempre. — Respondi logo que nos separamos.

— Coloque uma aliança no meu dedo e terá. — Ela saiu do meu colo, com um riso sarcástico no rosto.

— Já quer casar comigo, Juliette? Não fez nem um mês ainda.

— Sapatão emocionada, já ouviu falar? Coloca aliança pra evitar os urubus sobrevoando o território.

Caí em uma gargalhada sem a encarar. Emocionada eu sabia que ela era e porra, eu também estava me tornando uma quando se tratava dela. Aliás, eu tinha dado metade do mundo para ela em apenas três semanas.

— É capaz de atrair mais urubus colocando uma aliança do que sem. — Falei ainda gargalhando.

— Olhe aqui Sarará, não brinque com meus sentimentos não. Ok? Se não tiver intenção de ficar, vá pra merda logo, sua bobona. — Ela falava de forma alterada.

— Juliette, 31 anos, a braba. Você espera um filha da puta e recebe bobona. Detalhe: ela é braba. — Falei e meio a risos.

Imediatamente ela começou a me bater, enquanto eu tentava me defender e não ter um infarto de tanto rir.

— Idiota, bobona.

Infelizmente isso só me dava gás pra aumentar os risos, eu já estava chorando de tanto rir. Não é possível que uma pessoa seja assim! De repente o meu celular começou a tocar e logo pedi trégua para atendê-lo. Ela tinha ficado na mesa servindo-se do café da manhã e respondendo algumas mensagens. Logo que vi o nome do celular, estranhei. Afinal, era um número desconhecido. Até pensei em rejeitar por achar que seria de algum presídio, nunca se sabe né? A segurança anda tão precária que até celular para os presidiários tem.

O Recomeço | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora