Esclarecimentos (Part. 01)

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A fic tá no grau, mami.

E eu só queria dizer que no dia de hoje, somos 10K.
Somos uma grande família. E devo toda minha gratidão a vocês.

Obrigada por me permitir adentrar no conforto de vocês com todos os mistérios, dramas e deduções. Será que já podemos nos classificar como A Família Holmes?
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Pov Sarah

Nós chegamos pontualmente no local que prestaríamos depoimento, isto é, na delegacia da cidade vizinha. Gilberto já tinha tomado três copos de água e andado em círculos mais de cinco vezes, Lucas só o observava pedindo repetidamente que o mesmo se acalmasse, Higor e eu só fazíamos observar o local, de pernas cruzadas. Já a Juliette, Giuseppe e Kerline estavam envoltos na própria roda que eles criaram, conversando de forma absurda, sem pausa alguma.

— Tomem cuidado, segurem aqui desse lado. — Foi o que eu ouvi antes mesmo de ver Nahoj entrar em uma cadeira de rodas. 

Por incrível que pareça, ele estava vivo.
E a sua recuperação estava se encaminhando perfeitamente.

Levantei-me e fui até ele, abaixando-me. Eu o olhei por alguns minutos e o local que estava agitado pela conversação, foi tomado um um vasto silêncio. Todos os olhares estavam voltados para nós dois, pai e filha, que o destino fez questão de unir após toda a dor que sofremos.

— Nahoj... — Falei em um fio de voz. — Não aguentaria perder você.

— Minha filha... Nem eu aguentaria perdê-la uma segunda vez. — Lágrimas escaparam dos seus olhos.

— Prontos? — Um homem de terno falou asperamente — Ótimo, me acompanhem.

E assim seguimos, com Nahoj indo a frente, amparado por médicos, Gil e Lucas lado a lado, Higor, Kerline e Giuseppe seguindo em uma fila e eu a Ju, de mãos dadas atrás.

— Está se sentindo bem? — Ela fez um carinho em meu rosto.

— Melhor do que nunca. — Respondi com um sorriso de lado. — Comprei água pra você, caso queira. 

Ela apenas deixou um beijo em minha bochecha e me puxou novamente pela mão, me fazendo entrar numa sala branca, com uma enorme mesa no centro e inúmeras cadeiras ainda não ocupadas. Na mesa, havia placas com nossos nomes, indicando onde deveríamos ocupar. Eu estava na ponta da mesa, bem a frente das pessoas que iria nos interrogar. Ao meu lado estava Giuseppe e Nahoj, ladeada com Giuseppe, estava a Juliette e o Gilberto, e ladeado com Nahoj, Lucas, Higor e Kerline.

A nossa frente, três homens altos, sérios e engravatados, ao lado de uma mulher de feição fria e intrigante. Essa era a bancada que estava mais para nos julgar, do que interrogar.

— Sentem-se, senhores. — A mulher falou séria — Podem me chamar de Senhorita Roberta Magalhães, esses são o Senhor André, Senhor Augusto e por fim, o Senhor Thiago. 

— Vamos dar início ao nosso interrogatório. — André tomou a fala. — Senhor Giuseppe, qual é o seu cargo na família Andrade? 

— Pai do Nahoj e Evandro, avô da Senhorita Sarah. — Ele respondeu calmamente.

— Por que o senhor é distante dos seus próprios filhos? — Foi a vez da Senhorita Magalhães perguntar.

— Primeiro, porque Evandro sempre me destratou de uma forma absurda, ele não me considerava como o seu pai. Segundo, de Nahoj, não fui eu quem mantive distância. O mesmo sumiu sem ao menos deixar rastros. Então, decidi me mudar para a cidade de Hoffen, com a minha esposa e minha neta.

O Recomeço | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora