Capítulo 10

14 3 0
                                    

Pata de céu ficou aflita ao ouvir os passos do mentor se aproximando, seus músculos paralisaram de medo:

Oque faz parada aqui?- perguntou o líder.

Pata de céu olhou para trás e viu que estrela riscada trazia um coelho entre as presas.

A aprendiz suspirou aliviada, temia algo mais assustador, os dois entraram pelo túnel de tojo, pata de céu deixou seu peixe na pilha e escolheu um tordo, estrela riscada deixou o coelho e foi atrás de pata de céu:

Pata de céu, você já cçou para o clã hoje?- perguntou o mentor.

Sim, aquele peixe, já coloquei na pilha.- respondeu a aprendiz.

É mas já ajudou os anciões?- perguntou o líder.

Não, na verdade nunca visitei eles, a mãe de pata de carvão não deixava- respondeu pata de céu.

Ah, então você ainda não os conhece bem, bom, eles são os gatos mais velhos do clã, quando algum guerreiro fica muito mais velho, ele se torna um ancião, todos eles serviram o clã muito bem no passado, então respeite eles. Por que não os faz uma visita?- perguntou o líder.

Pata de céu pensou na proposta de estrela riscada, e decidiu aceita-la, mais ficaria atenta ao seu compromisso com a patrulha do sol alto.

Estrela riscada explicou que eles moravam no tronco caído ao lado da pedra grande.

Pata de céu rumou a toca deles, de longe ela avistou o tronco de carvalho oco, musgo e vinhas se espalhavam por toda sua extensão, haviam alguns furos pelo teto para a iluminação, pata de céu estava ansiosa para conhecer os anciões.

Mas não é a aprendiz meio clã que vem ai?- disse uma voz bem fraca de dentro do carvalho caído.

Eu não sei, minha vista não é mais tão boa quanto antes- respondeu outra voz vinda do tronco.

Oh clã das estrelas, até a eles chegou a minha fama de meio clã?- se perguntou pata de céu.

Ah, não sejam covardes! É só uma aprendiz! Ela não fez nada errado, vocês culpam ela por coisas que ela nem fez.- retrucou outra voz furiosa de dentro da arvore.

Pata de céu entrou dentro do tronco caído, lá haviam três gatos bem velhos, duas fêmeas, e um macho, eles estavam sentados na grama, ainda dentro do tronco tinham três camas de musgo, onde eles dormiam, lá tinha um cheiro acolhedor do clã da água, pata de urze e pata de tempestade olhavam pata de céu com curiosidade, e os anciões também.

Pata de urze e pata de tempestade, eu não sabia que estavam aqui.- disse pata de céu.

É, também não imaginávamos que você conhecia os anciões.- respondeu pata de urze.

Oque você ta fazendo aqui?- perguntou pata de tempestade curiosa.

Ah, estrela riscada me mandou ajudar os anciões, e vocês?

Rabo torto é nosso avô, sempre visitamos ele e os outros anciões.

Ah, entendi, mas enfim, o que posso fazer por vocês? – perguntou pata de céu aos anciões.

Bom, primeiro vamos nos apresentar, eu sou pé de canela, esse é rabo torto e ela é asa de anis-respondeu pé de canela- mas está tudo bem por aqui não precisamos de nada.

Pata de céu assentiu com a cabeça.

Você por acaso quer ficar para ouvir uma história?- perguntou asa de anis- ela é sobre os antigos clãs de gatos.

Pata de céu queria muito ouvir, mais precisava ir com a patrulha do sol alto, quando saiu da toca dos anciões, viu que a patrulha já havia saído.

Oh clã das estrelas eu preciso alcança-los! – gritou a aprendiz desesperada.

Gatos Guerreiros a profecia (REPOST)Onde histórias criam vida. Descubra agora