Capítulo 24

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As duas gatas caminhavam entre os pinheiros retorcidos, o cheiro de pé de canela se intensificava cada vez mais conforme elas adentravam na mata.

Era difícil de enxergar pouco mais de quatro caudas por conta da neblina. Elas tinham de se apressar ou a chuva apagaria qualquer rastro de cheiro, o sol mergulhava no horizonte, mas pequenos raios amarelos penetravam pelas nuvens cinzentas de chuva. A camada grossa de neve derretia e caia das arvores conforme as gotas de água pingavam do céu.

Pata nevada parou repentinamente derrapando na neve:

-O rastro mudou de direção, parece vir desta clareira...- a gata branca apontou para uma clareira com uma grande depressão rochosa, metade dela estava oculta pela névoa.

A gata branca subiu pela rocha e desapareceu na cortina branca. Pata de céu se esgueirou pela pedra cinza, era escorregadia mas ela mantinha o peso balanceado entre as duas patas a impedindo de cair.

Chegando no topo da rocha, pata de céu pôde ver pata nevada parada no pé da rocha, estática.

a gata branca estava parada e olhava para as patas, ela estava tremendo, sua expressão era de medo

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a gata branca estava parada e olhava para as patas, ela estava tremendo, sua expressão era de medo.

Os olhos arregalados, as pupilas contraídas, lágrimas caindo de seus olhos

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Os olhos arregalados, as pupilas contraídas, lágrimas caindo de seus olhos...

Pata de céu engoliu em seco, algo estava errado.

Ela desceu pela pedra, pata ante pata. Mas algo fazia seu corpo ficar pesado, como se o universo quisesse que ela não fosse adiante. A descida pareceu durar horas... suas patas não queriam se mover e suas orelhas tremiam de ansiedade.

Depois de uma eternidade ela finalmente desceu.

Seus olhos se encontraram com os de capa nevada. A expressão de horror em seu rosto era pior de perto.

-O-o-o que aconteceu?...-pata de céu perguntou assustada.

Capa nevada não moveu um músculo do corpo, apenas apontou com a cauda para o lado.

Capa nevada não moveu um músculo do corpo, apenas apontou com a cauda para o lado

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Pegadas vermelhas se estendiam pelo chão e um rastro de sangue. Não dava para ver aonde levavam, a cortina espessa de névoa mantinha o resto do caminho oculto.

Pata de céu decidiu seguir o caminho...

Seu coração mais acelerado que o de um camundongo, seu corpo tremia com o medo do que teria lá, porém o cheiro de pé de canela seguia o caminha das pegadas. O corpo pesado e suas patas se arrastando com relutância. O cheiro de estrela riscada também se revelou e se intensificava cada vez mais enquanto a gata seguia pela trilha sangrenta.

A trilha acabou, ela arfava. Seus olhos de relance olharam para frente, e no mesmo instante ela descobriu por que capa nevada estava daquele jeito. Seus olhos se encheram de lágrimas.

O corpo inerte da anciã jazia sangrando no chão, um corte profundo mostrava-se em seu ventre, grandes marcas de mordidas e uma expressão assustada nos olhos, lágrimas secas estavam em seus olhos

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O corpo inerte da anciã jazia sangrando no chão, um corte profundo mostrava-se em seu ventre, grandes marcas de mordidas e uma expressão assustada nos olhos, lágrimas secas estavam em seus olhos.

-não.....-pata de céu murmurou pressionando o focinho na testa da anciã.

Pata de céu sentiu como se espinhos cortassem seu coração, ela sentiu seu corpo pesado e uma pressão na testa, lágrimas escorriam pelo seu rosto

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Pata de céu sentiu como se espinhos cortassem seu coração, ela sentiu seu corpo pesado e uma pressão na testa, lágrimas escorriam pelo seu rosto.

Capa nevada colocou uma pata sobre seu ombro e a envolveu com a cauda a confortando:

-vai ficar tudo bem..-ela miou em meio ao choro.

-Quem fez isso?-pata de céu resmungou.

-vamos descobrir-capa nevada limpou as lágrimas dos olhos.

Pata de céu engoliu em seco e vez o mesmo, ela se levantou e com cuidado fechou os olhos de pé de canela.

-descanse em paz...-

Pata de céu sorveu o ar....Nada de cheiros perigosos, só um odor velho de raposa, a única coisa além disso era o cheiro de estrela riscada e pé de canela.

-isso é de estrela riscada....-capa nevada cutucou pata de céu com o focinho e largou tufos de pelo marrons no chão. -Estavam presos nas garras de pé de canela.

-Isso quer dizer que....-

-Sim, possivelmente estrela riscada a matou.- capa nevada murmurou

Continua...

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