Capítulo 13

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Harry Potter Pov

Cada aula me fazia ficar dividido entre querer que o tempo passasse rápido para eu descobrir o que Malfoy fazia naquela sala, e querer que algumas fossem devagar para eu ter a chance de conversar com Chris.

Eu sabia o que tinha feito, o que estava fazendo com ele a meses.

Ainda não tinha as respostas certas para o que ele me perguntasse, mas queria esclarecer o que podia e tentar diminuir o estrago que causei nele.

Tentei chama-lo durante nossa primeira aula e ele me ignorou, então esperei as primeiras aulas passarem para falar com ele no almoço.

Eu tentava focar nas aulas, mas era difícil.

Qualquer coisa era motivo para minha mente se distrair. A maioria evitava que eu arrumasse qualquer briga com alguém, então talvez isso não fosse tão ruim assim.

As pessoas ainda me olhavam estranho, cochichavam, mas nenhuma ia falar comigo sobre o que se passava na mente delas sobre mim.

Fazia mais de uma semana que as aulas tinham voltado e as pessoas ainda falavam.

Muitas vezes por alguma influencia do Profeta Diário que falava sempre algo sobre Dumbledore e as vezes algo sobre o ano passado fazendo as pessoas lembrarem que eu estava no meio de tudo aquilo.

Esses olhares sempre estiveram presentes desde que a Câmara Secreta foi aberta no segundo ano. Alguns momentos com mais intensidade, em outros com menos, mas algo tinha mudado este ano.

Os olhares me incomodavam tanto quanto as poucas perguntas que alguns tinham coragem de fazer, e isso me dava raiva.

A falta de noção e compreensão da maioria, o julgamento cego deles.

Minha mente ir para longe de tudo aquilo acabava sendo uma das melhores coisas que eu aprendi a fazer.

O tempo parecia passar mais rápido, e nesses momentos conseguia respirar um pouco e esquecer o caos que estava dentro de mim.

Nunca durava muito tempo, mas o suficiente para eu não surtar com ninguém.

Quando finalmente a sineta tocou para o almoço eu saí da sala rápido e esperei na porta do salão principal para encontrar Chris antes dele entrar.

Não demorou muito para ele aparecer.

Mesmo que ele fosse da corvinal, eu já esperava encontra-lo com os lufanos.

Ele parecia bem, parecia ter dormido bem e estava despreocupado.

Diferente de mim que tinha dormido pouco e fiquei o dia inteiro pensando no que devia dizer a ele.

Antes dele entrar eu toquei em seu braço para ele perceber que eu estava ali já que ele parecia não ter me notado.

Ele disse que daqui a pouco entraria para os amigos e nós andamos um pouco para podermos conversar em particular.

- Me desculpa.- eu disse quando chegamos em um corredor onde não tinha ninguém.

- Não preciso que me peça desculpas, preciso que você me fale a verdade das coisas.- ele disse como se estivesse exausto.

Talvez ele estivesse. Não exausto por falto de sono ou por esforço físico, mas pela minha falta de respostas, minha enrolação sobre o que tínhamos ou o que eu queria que fossemos.

- Tem certas coisas que eu realmente não posso te contar.- eu disse vendo ele dar uma leve risada de escarnio.- O que você quer saber?

- O que tinha na carta que eu não podia saber?- ele perguntou sem rodeios.

The light of my darkness- DRARRYOnde histórias criam vida. Descubra agora