Horas Negativas

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CARLA

Os saltos faziam barulho no assoalho de madeira da minha casa, mas eu não podia parar agora. Eu sei o que eu estava fazendo, era errado,  mas eu precisava fuçar nas coisas de Samuel. A sala dele estava perfeitamente organizada. Fazia dois dias desde que meus filhos tinham sumido, e eu me sentia completamente dentro de uma atmosfera que não era minha. Eu precisava achar alguma coisa que adiantasse a investigação e eles devolvesse meus filhos. Foi no momento de estar abaixada na gaveta procurando, que a porta se abriu, me joguei rapidamente para baixo da mesa, me encolhendo entre a parede de madeira que impedia que Samuel me visse. Fecho meus olhos, não acreditando que eu dei aquela furada. Escuto alguns barulhos, até que prendo o ar quando ele puxa a cadeira e se senta, empurrando os pés na minha direção, tento o máximo me encolher.

— Quanto tempo você vai ficar aí?.- ele pergunta, e eu reviro os olhos.- Aposto que não é para ajoelhar e me mamar.

— Ridículo.- empurro seu corpo, saindo engatinhando. Me levanto devagar, me segurando na borda da mesa. Ele fica me olhando, Deus, Samuel estava muito sexy, a academia tinha feito bem a ele. Os músculos marcados na camisa social preta, a calça justa e o cabelo bagunçado. Precisava buscar forças.- Sim, eu estava bisbilhotando.- olho pro lado.

— Eu sei. Você é péssima em se esconder.- Samuel cruza os braços e fica me encarando com a sobrancelha erguida.- O que está havendo?.

— Alguma notícia?.- mudo de assunto.

— Sim. As pulseiras foram localizadas. Provavelmente se não tiverem lá, em breve os acharemos.- ele se levanta, ficando na minha altura. Ficamos nos olhando.- E aí eu poderei ir embora como você desejou.- uno as sobrancelhas.

— Nunca desejei que fosse embora.

— Não?.

— Não.

— Então por que ergue um muro e não me deixa entrar?.- Sua mão se encontra na minha cintura, alisando a. Eu estava tão necessitada de carinho, que o deixei ali.

— Você fez isso primeiro.

— É, eu fiz.- seus lábios se encostam no meu, permito a passagem, cedendo ao seu beijo tão hipnotizante. Levo as mãos ao seu cabelo, aproveitando me da sensação de estar ali com ele. Meu corpo é tombado na mesa, afasto o um pouco e posso ver sua cara de desaprovação, mas logo a substituo o colocando na sua cadeira e indo por cima. Abro os botões da sua camisa, arranhando seu peitoral. Seus lábios procuram os meus, enquanto explora meu pescoço e ombros, tirando o meu blazer. Abro seu cinto, junto com sua calça, liberando sua cueca e seu pau. Subo um pouco mais, encostando minha testa na sua, ele mesmo afasta minha calcinha e entra em mim, aproveitando o uso da minha saia. Faço movimentos de sobe e desce, ofegante, agarrando sua nuca.

— Eu senti sua falta.- sussurrou pra mim, assinto, abrindo um leve sorriso pelo prazer. Tombo a cabeça pra trás, sentindo seu pau entrar e sair da minha intimidade lubrificada de desejo por ele.

— Mete mais.- peço manhosa, agarrando as unhas no seu peitoral, fazendo o soltar um gemido.

— Porra.- ele joga a cabeça pra trás e consigo ver seus músculos tensionar com os esforços, eu não ia aguentar, eu estava bem necessitada de um jeito que aliviasse minha preocupação.
Desabo em cima dele quando uma sensação, não tão forte quanto outras que já tive, mesmo sendo passageira, serviu para que eu relaxasse, ele me aperta em seus braços quando goza chamando meu nome baixo. Foi uma rapidinha bem deliciosa.

— Eu queria sair dessa sala e tudo estar resolvido.-Sussurro baixo pra ele, acariciando seu peitoral que se arrepiava com meus carinhos.

— Prometo não te deixar sozinha e nem desistir de encontrar nossos pequenos.- assinto. Eu estava pronta para beijá-lo, e deixá-lo trabalhar, quando a empregada bateu na porta e avisou que Romeu estava na sala. Posso sentir o corpo inteiro de Samuel rígido e não era algo bom. Me prontifiquei de sair dele, arrumando minha roupa. Olho pra ele que já estava fechando o cinto.

— Tente não se estressar tanto. Eu não sei o que você sabe, mas, eu percebi aquele dia no carro que algo passou por você.- o abraço carinhosamente.

— Eu te amo Carla.- Sorrio escutando aquilo.

— Eu também te amo. Agora prometa que não vai bater no Romeu, mesmo que ele elogie minha roupa.

— Vou tentar não soca-lo.

Por algumas horas, eu fiquei no meu quarto vendo TV e tentando fugir da realidade, deixando a equipe de Samuel trabalhar no andar de baixo, e por um descuido, desci de roupão para fazer um lanche, mas paro no meio do caminho quando ele olhou e o resto da turma também.

— Meu Deus me desculpa, eu achei que já tinham ido embora.- falo rápido, subindo de volta pro quarto, totalmente envergonhada. Não demorou muito e a porta do quarto abriu, Samuel estava me olhando com uma carinha tentadora.

— Está tentando me matar do coração?. Porque digamos que outra coisa endureceu.- ele me joga na cama, ficando por cima. Esboço um sorriso, mas ele percebe que outra coisa passava pela minha cabeça.- Que foi?.

— Quero notícias, Samuel.- encaro-o.

— Eu sei. Eu tenho uma.

FASCINE II & FASCINE IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora