CARLA
Era tarde da noite quando Samuel chegou. Todos haviam ido embora, e eu tinha ficado sozinha. Eu estava no andar de cima, com o laptop no colo mexendo sobre as administração da vinícola quando Samuel entrou no quarto. Olho no relógio do laptop e vejo as horas, duas horas da manhã. Suspiro e fecho o laptop, coloco ele de lado e levanto meu olhar para Samuel que caminhava pelo quarto quieto, indo em direção ao banheiro. Eu estava vestida em um pijama de frio, e meu coque estava alinhado na minha cabeça. Escuto o barulho da água do chuveiro alguns minutos depois. Passo a língua pela minha bochecha, ficando irritada, sentindo meus hormônios gritarem. Bufo, jogando a almofada que estava no meu colo com força na cama, me levantando. Sigo para o banheiro, e encaro ele no box do chuveiro. Pelo menos na banheira ele não seria visto, mas pelo jeito, a coisa tava séria para ele não ter me dado um oi e já enfiado a cabeça de baixo da água do chuveiro.
— Não vai perguntar como foi minha noite?.- Cruzo os braços. Observo seu corpo de costa para mim, sua bunda era um grande convite para fodermos, mas não neste momento.
— E eu preciso?.- Respondeu em uma forma estranha. Ergo uma sobrancelha. Ele passava as mãos no cabelo lavando os. O silêncio tava me irritando.
— Samuel!.- Falo mais rígida.- Eu fiz o que você pediu, fiquei aqui escutando um monte de porcaria sobre relacionamentos, para tentar ajudar em uma investigação, você ficou a noite inteira fora, não respondeu minhas mensagens, e quando chega, não lembra nem se quer de dar um abraço na esposa. Seu trabalho é mais importante do que a relação que você tem comigo?.
— Não seja ridícula. Você sabe que é importante pra mim concluir as coisas.- Ele se vira de frente para mim. Continuo com a cara fechada.- Por que não tira esse pijama e vem me fazer companhia?.
— Porque eu achei que quando você chegasse dessa noite turbulenta, eu poderia te alegrar com a notícia de que seremos pais, mas pelo visto eu terei que mandar um ofício para o juiz.- saio do banheiro, caminhando para a cama. Não demora muito e escuto o chuveiro ser desligado e um Samuel enrolado na toalha molhando todo o chão no quarto me olhando branco.
Continuo ajeitando os travesseiros em silêncio, pronta para ir dormir, eu e meu filho. Eu havia descoberto nessa noite, quando desabafei o que eu estava sentindo para todos que estavam comigo e todos me recomendaram o teste que eu havia comprado. Mas, eu tinha tanto medo de acontecer de volta aquela tristeza. De não sentir mais a necessidade de pensar no amor que estava crescendo dentro de mim, e quando me dei conta que seria mãe de novo, a pessoa que eu mais queria estava longe. E quando chegou, foi um escroto.
— Isso é sério?.- Pergunta. Reviro os olhos, me deitando para de baixo das cobertas.- Carla.
— EU VOU FICAR MENTINDO PARA QUE?.- Olho para ele com raiva.- PARA TER UMA PUTA DA SUA ATENÇÃO?.
— Você está sendo infantil quanto a isso, você sabe a importância do meu trabalho. Mas, nunca uni ele a você. E você sabe disso.- Ele diz calmo e aquilo me irrita ainda mais.
— Engraçado que eu sempre sinto ele unido a mim. Daqui a pouco eu estou andando de viatura.- Me sento na cama de novo, apontando o dedo pra ele que me encarava com aquela calma que me irritava.- E tem mais, você nem se quer ligou pelo fato de eu estar grávida. Você é um péssimo companheiro, um péssimo pai. UM PÉSSIMO POLICIAL.
— Eu não sei se eu Retribuo seus xingamentos ou te mimo por saber que você está TOTALMENTE Descontrolada.- Semicerro os olhos para ele.- Eu vou vestir uma roupa, e nós vamos conversar.
— Não quero conversar com você.
— Mas, vai.- E com isto, ele me deixa ali pensativa e perdida nos meus hormônios. Logo ele volta vestindo seu conjunto de moletom e secando o cabelo na toalha. Ele sobe na cama se sentando ao meu lado. Cruzo os braços.- Eu estou feliz.
— Jura?.- respondo irônica.
— Carla, eu sei que eu não demonstrei as melhores das intenções quando entrei, mas é que você tem que entender que eu não tive uma noite legal. Tivemos que procurar pela mãe de Valério, foi uma loucura. Minha cabeça pesa com tudo isso. Me desculpa por não valorizar que você está aqui me esperando. Vocês dois.- Ele fala olhando nos meus olhos.
— Por que você não deixa um pouco a vida lá fora e foca em mim aqui dentro?.- Pergunto.- Seu maior erro não é perder uma pista, ou uma testemunha, é não me enxergar aqui, Samuel.
— Você está carente?.
— NÃO!.-Bufo perdendo a total paciência e me deito de costas para ele, apago a luz do meu abajur.
— Que pena. Achei que você queria uma chupadinha.
¡¡¡¡
Estou na TPM, então estou sensível. Sorry a demora para os capítulos.
Próximo capítulo é HOT E TRETAS.
Amo vocês ❤️.
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FASCINE II & FASCINE III
FanficAgora a briga é entre todos eles. O sangue não foi derramado, mas precisam descobrir quem deseja isso. Nunca haverá um inocente por de trás de uma grande história de amor. Quem é o culpado por tentar matar Lucrécia?. FASCINE III O desaparecimento...