FASCINE II & FASCINE III

CAOS ENTRE NÓS

Antes de eu começar o capítulo de hoje, eu gostaria de conversar com vocês sobre uma coisa;
Eu não demoro para postar capítulos PORQUE EU QUERO, e sim, porque o wattpad está me dando alguns trabalhos. O capítulo anterior está com 0 visualizações, e não diz que foi postado.

A segunda coisa é; Desânimo. Para quem não me conhece, eu falo abertamente da minha depressão em redes sociais, grupos de amigos, de apoio, porque eu acho algo a ser debatido. A depressão é uma coisa séria. E com ela, vem uma mala que temos que carregar, dentro desta mala está a pouca vontade de fazer as coisas. Eu não ando nem um pouco motivada para escrever ou criar conteúdos. Infelizmente.

Darei o meu máximo neste capítulo, e espero que entendam. Gosto muito de interagir com todos aqui, e sempre estou avisando no grupo se vai ou não ter capítulo. E infelizmente, hoje, este foi o meu máximo...

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CARLA

O ar fresco daquela manhã entrava pelas janelas da sala de jantar e deixava tudo mais ameno naquele café. Eu e Samuel estávamos em uma perfeita linha de coerência, passamos uma madrugada cheia de amor e desculpas da parte dele. Cada dia mais eu pensava que eu tinha feito a escolha certa.

Estico minha mão até na dele e ele a pega, beijando a suavemente. Sorrio.

— Eu pensei em um nome.- Ele diz. Ergo uma sobrancelha.- Marquês.

— Marquês?.- Dou risada perguntando.

— Sim, porque me lembra como eu te conheci, a Marquesa.- Sorrio tímida e nego com a cabeça, voltando a comer.- Se for menina, eu deixo nas suas mãos o nome.

— Tudo bem, senhor.- respondo ainda rindo.

Um barulho de porta nos chama a atenção, olhamos para trás através da abertura de salas e Lucrécia vinha até nós com um olhar bravo, atrás dela por incrível que pareça estava Nadia, Guzman, e Rebeka. Ela para em frente a mesa de jantar e flexiona os dedos na superfície de vidro, encarando a mim e o Samuel.

— Bom dia Lucrécia.- Samuel fala calmamente, como se soubesse que ela viria. Eu não estava entendendo nada.

— Bom dia é o caralho, Samuel.- Responde para ele de forma grosseira, e então me olha.- Como você pode dizer que é minha amiga e me usar para o seu projeto de anão vasculhar meu quarto?.

— Lucrécia eu já disse que não foi bem assim!.- Guzman chega ao lado dela dizendo.- Você nem esperou eu terminar e já quis vir aqui brigar com Samuel.

— E alguém aqui precisa de motivos para fazer isso?.-Rebeka fala se sentando a mesa.

— Eu não estou entendendo Lucrécia, Samuel precisava fazer isso, e eu não usei ninguém. Eu acho que eu fui muito sincera com você e com todos que estavam comigo em todas as horas.- Digo. Me levanto.- Não estou entendendo vocês.

— Sabemos que Samuel está escondendo alguma coisa.- Nadia fala olhando para Samuel. Olho para ele, e o silêncio permanece.

— O que está havendo Samuel?. O que você está escondendo?.-Pergunto.- Porque nosso relacionamento tem que ser baseado em mistérios?.

— Porque você o ensinou.- Rebeka rebate.

— CALE A BOCA.- Olho para ela e depois para todos. Volto a encarar Samuel.- O que você está escondendo?.

— Vocês estão fazendo esse show todo por que eu fui atrás da mãe de Valério sozinho.- Ergo uma sobrancelha. Lucrécia parece ter tomado um banho de água fria, suavizando sua expressão.- Não tem nada demais, eu só não queria compartilhar com ninguém isso. É o meu trabalho como promotor anexar no processo e aguardar para as acusações serem feitas. É assim que resolvemos civilizadamente.

— Eu tentei explicar isso pra ela. Que você resolveria as coisas sozinho, mas ela quase me pegou de chute. E esta.-Guzman mostra com a mão Rebeka.- Estava achando que você estava acobertando alguma coisa e essa outra aqui, começou a montar conclusões precipitadas. Ou seja, AS TRÊS FICARAM LOUCAS JUNTAS.

—Não ficamos loucas idiota, só queríamos estar a par de tudo que estava acontecendo. Porque é o Valério que está preso.- Lucrécia diz em um tom como se estivesse acusando Samuel de não ter feito nada ainda. Bufo. Samuel limpa a boca calmamente com o guardanapo.

— Se ele quis assumir a culpa ou não Lucrécia, isto não é um problema meu. É dele. Ele quis proteger a mãe e você. Você vir até na minha casa e me julgar por não ter soltado Valério ainda é o absurdo dos absurdos, porque até agora eu te protegi de muitas coisas. Até mesmo das suas próprias imbecilidades.

— Como assim?.- Pergunto.

— Lucrécia estava recebendo ameaças a muito tempo. Já que estamos falando coisas sobre fazer ou não fazer, por que não conta para nós como é guardar ameaças escondidas Lucrécia e não usá-la para '' ajudar soltar Valério ''?.

— Porque eles iriam acreditar que seria Valério de qualquer jeito, anão.

— Exatamente. Eu não posso ir soltar Valério só porque tenho um cargo. Ele assumiu. Ele quis isso. De qualquer forma Valério é o culpado. E infelizmente eu não sou Deus para resolver todos os problemas de vocês, aliás, eu acho que já perdi muito tempo fazendo isso.- Samuel se levanta, beija a minha testa e sai da sala de jantar, deixando nos ali, um olhando para a cara do outro.

— Quando foi que esse projeto de anão começou a criar asas?. Foi quando você resolveu o transformar em Christian?.- Encaro a brava.

— Acho que você está passando dos limites, Lucrécia.-Respondo.- Christian foi apenas uma passagem na minha vida, de uma Carla que não tinha crescido e nem amadurecido. Eu peço que se for me atacar, que seja como duas pessoas maduras. Não temos culpa de que Valério assumiu culpa de que não era dele. Vir aqui e brigar comigo, com Samuel, não vai ajudar.

— Carla tem razão. Vamos para casa. Você precisa descansar.- Guzman coloca a mão no ombro dela.- O julgamento vai chegar e o Samuel vai conseguir. Não somos nós, Lu.

— Vamos Lu.-Nadia diz.

— Impressionante como começar a andar com você tornou Samuel nariz operado igual você né?.- Rebeka vira para mim falando. Não entendia o porque ela estava me atacando. Sempre achei que tinhamos resolvido nossas coisas.

— Você preferia que ele andasse com você e virasse um projeto do irmão drogado dele e da sua mãe?.- Retruco.- Você já foi melhor que isso Rebeka.

— É isto que pensa de Nano?.-Escuto a voz atrás de mim. Puta que pariu. Eu não tenho sossego um minuto.