FASCINE II & FASCINE III

DEPOIS DO FIM

4 anos depois

SAMUEL

— Eu não me lembro de ter pedido para que eles nascessem gêmeos.- Era Natal. Quatro anos. Quatro anos que eu havia me tornado pai de duas criancinhas que brigavam feito dois leões. Gêmeos não idênticos, gerados em bolsa diferente. Mas, com um temperamento que era igual. Scarlett era a cópia da mãe, os cabelos loiros lisos era centro atenção onde íamos, e os olhos verdes. Agora Marquês havia nascido com o meu tom de cabelo, mas os olhos da mãe. Estavam brigando por quem ia abrir os presentes primeiros, e quando abriram, Scar dizia a Marquês que a blusa que ele havia ganhado da tia Nadia era ridícula.

— Eu prefiro não contar isso a sua tia Nadia, Scar.- diz Carla, se sentando no sofá ao meu lado, e me abraçando. Dou risada vendo os dois debatendo dos presentes.

— Por que vocês dois conversam tanto?.- Pergunto rindo.- Eu e sua mãe queremos uma trégua.

— Porque ela é chata.- Marquês responde, jogando um dos embrulhos em Scar que tentava retribuir com almofadas.

— Deveríamos interferir?.- Pergunta Carla pensativa. Solto um '' hum ''.

— Acho que não vale a pena. Eles vão ser assim pelo visto por um bom tempo, vamos guardar o vocabulário de xingo para a adolescência.- Respondo rindo, dando um beijo em Carla.

A campainha toca e a empregada atende, logo escuto a voz da minha sogra. Minha mãe viria para apenas desejar um feliz Natal no outro dia. Como sempre.
Minha sogra chega com um monte de sacolas, prefiro ficar na minha apenas a cumprimentando com um aceno de cabeça. Carla não disfarça a cara de merda.

— O que é tudo isso?.- Carla pergunta para ela sobre os embrulhos.

— Presente para os meus netinhos.- Ela diz toda sorridente se abaixando na frente dos gêmeos que a encaram com uma cara de poucos amigos, típica cara que faz os pais passarem vergonha. Olho para Carla rápido e ela começa a demonstrar sinais para os gêmeos.

— Obrigado vovó.- Os dois dizem juntos sem ânimo pegando os embrulhos.

— Não vão abrir?.- Minha sogra tentava agradá-los de todos os jeitos, mas esqueceu de perguntar a mãe se ela falou muito mal da avó durante a gestação.

— Marquês não gostou do pacote, então eu não quero também.- Diz Scar, abraçando o irmão. Não pareciam que estavam tentando sufocar um o outro a minutos atrás.

— Com certeza eles vão querer ver depois, mãe.- Carla tenta consertar a situação chata, enquanto eu só fazia rir. Vou para o tapete, me sentando ao lado do corpinho deles. Eram tão pequenos e tão fofos. Abraço os dois que envolve meu pescoço com os braços.- Não vão?.- Ela olha pra eles com um olhar sério.

— Sim mamãe.- respondem juntos novamente. Scar chega perto do meu ouvido.

— Não gosto da vovó.-Diz baixinho.- Você pode passar o recado para o Marquês?.

Continuo dando risada.

— Scar disse que não gosta da vovó.- Sussurro para o meu filho.

— Diz pra ela que eu também não.- Responde.

Abro um sorriso enorme vendo os dois, sem acreditar que eram meus também. Eu e Carla havíamos conseguido. Tudo que sonhávamos, e eu não precisava de mais nada.

Carla pede para que minha sogra tire uma foto nossa, e nós quatro se une para uma fotografia. Não sabíamos, mas aquela fotografia se repetiria depois de muitos anos, quando os dois estivessem uniformizados com o símbolo de Las Encinas.

Fim

Ainda não vou postar meu agradecimento  porque tô chorando com o final. Desculpem.

Volto em breve com o capítulo de RICHERS e o agradecimento para todos vocês <3

Amo vocês.