Eu nunca pensei muito sobre como seria a sensação de viver com Valério sem julgamentos, sem crises familiares, levando em consideração que fomos expulsos da nossa família. Eu queria muito que todos vivessem felizes, sem cometer tantos erros, seguir fielmente aquilo que o seu coração pedisse. E eu sempre idolatrei isto em Valério, esse fogo que corre pelas suas veias de viver cada momento e tentar não se consumir pelas chamas depois. E a única que não o fazia controlar as chamas, era eu. E eu achava isto bom, até o dia daquele chá.
Samuel não poderia estar no atentado contra minha vida, porque estava chapado no dia, e agora era promotor, mas eu sabia que ele e Carla tinham se unido para me provar coisas que eu não conseguia mudar tão facilmente da minha cabeça. Eu estava sentada neste momento no meu escritório que havia virado uma sala de interrogações de todos daquela noite. Infelizmente todos estavam envolvidos, menos um. Valério. Ele havia sido preso.
— Lucrécia, eu quero que me diga de tudo que se lembra daquela manhã quando acordou lúcida.- Ana, a nova investigadora me olhava atentamente. Como será que Carla se sentiria se soubesse que ela tinha sido comida por Samuel?. Ok, agora não era hora de pensar sobre isto.- Lucrécia.
— Eu cometi muitos erros na minha vida, Inspetora. Alguns eu nunca entendi o porquê eu fiz.- suspiro, engolindo seco. Sinto o choro querer vir.- Mas, uma tentativa de homicídio contra mim?. Eu jamais imaginaria.
A MADRUGADA DO CHÁ ELEGANTE
Abro meus olhos sentindo um pouco zonza demais pro meu gosto. O lençol branco da minha cama do meu quarto, já que eu e Guzman dormíamos separados, estava com uma mancha vermelha enorme. Arregalo os olhos, não me recordando de nada. Me sento devagar, e então sinto a dor na minha barriga, minha respiração estava acelerada e eu não entendia o porque. Tusso sangue. Mas, o ferimento não era na barriga, era na minha clavícula. Havia uma tentativa de perfuração evidente ali, mas a maior perfuração foi ver Valério na porta do quarto, me olhando com as lágrimas nos olhos. Engulo seco colocando a mão no meu ferimento, tentando conter o sangue. Olho para a porta do quarto e havia uma mancha de sangue perfeitamente desenhada em uma mão, e outros rasbicos de sangue. Seria o meu?. As mãos de Valério estavam cheia de sangue.
— O que você fez comigo?.- Pergunto tossindo mais uma vez, me curvo pra tentar pegar meu telefone, mas não é necessário, pois escuto as sirenes.
— Você vai ficar bem Lu.- Ele diz com lágrimas nos olhos.- Me perdoe.
—Valério?!.- Grito exaltada, e então a porta é aberta por completo, revelando dois policiais que o prendem. Eles me olham e avisam para alguém. Imediatamente a noite de chá vira o maior inferno.
Valério é preso sem ter me dado a chance de tentar me comunicar com ele.
Ele é levado de mim sem eu saber o motivo porque ele tentou me matar.
A INSPETORA
— Essa mancha na porta foi colhida as digitais, ainda não foi declarada de quem é, mas se for de Valério, você está preparada para isso?.- Ana me pergunta. Balanço a cabeça positivamente chorando.- Lucrécia, você acredita que ele seria capaz disso?.
— Eu não sei.- Digo chorando, balanço a cabeça negativamente.- Eu não sei nem quem eu sou, não posso acusar alguém de algo. Existem coisas Inspetora que não sabemos o porquê começaram, o porquê continuaram....
— Entre eles, algum deles tinha motivo para te querer morta?.- Ela para de anotar as coisas no caderno azul folhado com um detalhe de flor.
— Não. Não, claro que não.- Digo séria.- Somos uma família.- Fico quieta com a minha resposta. Olho rápido pra ela, e me levanto. Abro a porta do escritório.
—O que está fazendo?. Não terminamos.
— Eu acho que sim.- Respondo sorrindo irônica.- Bom dia, Inspetora. Eu estou muito...cansada. Os analgésicos para o ombro me deixam super doidas, melhores que a maconha. Enfim. Tem mais gente pra você ir perturbar, tenha um bom dia.- Empurro ela pra fora e bato a porta do meu escritório. A tranco e encosto meu corpo na porta. Respiro acelerado, meu ombro estava na tipoia. Então eu tinha apenas um braço para procurar as coisas.
Ando até o meu armário, e o abro, olho para as inúmeras caixas perfeitamente organizadas. Respiro bem fundo e puxo a única preta. Coloco a em cima da minha mesa de escritório e a abro, olho para as fotos minha, de Valério e ele. Como eu não tinha pensado nisso?. Ou melhor, nela.
¡¡¡¡
Oi gente. Perdoe as demoras. Eu estou numa pesquisa do covid-19, e não estou tendo tanto tempo. Pra quem não sabe, sou estudante de biomedicina. Enfim, não posso falar sobre isso.
Gostaram do capítulo?. Irei tentar soltar outro.
Adoro vocês e obrigado por tudo ❤️
Vocês são incríveis ❤️Pra quem não viu o trailer, vou deixar aqui:
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FASCINE II & FASCINE III
FanficAgora a briga é entre todos eles. O sangue não foi derramado, mas precisam descobrir quem deseja isso. Nunca haverá um inocente por de trás de uma grande história de amor. Quem é o culpado por tentar matar Lucrécia?. FASCINE III O desaparecimento...