15. Surpreendidos

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Ana Laura e Lucas finalmente haviam tudo folga no mesmo dia e resolveram sair. Escolheram o restaurante preferido e foram jantar, como já não faziam a dias, talvez até meses.

Laura revirou todo seu guarda-roupa a procura de uma roupa que a agradasse, mas nada parecia servir. Lucas vendo a situação tentou ajudar a namorada.

— O que aconteceu, princesa?

— Não consigo achar uma roupa! Que espécie de guarda-roupa é esse que tem mil roupas mas que quando eu preciso não tem nada?

— Amor você tá precisando de um oftalmologista? Olha a quantidade de roupa que tem aqui! Vamos achar uma roupa pra você. Deixa eu procurar?

— Eu duvido que você ache, mas tudo bem. Enquanto isso vou tomando banho tá? — confirmou com a cabeça.

Lucas não demorou muito até achar. vestido perfeito aos olhos dele, separou mais dois já que conhecia bem a namorada que tinha.

— Amor achei esses aqui. — Lucas apontou para a cama assim que Laura entrou no quarto.

Olhou um pouco para os três, analisou e escolheu um.

— Esse! — apontou para um conjunto de saia e cropped, ambos com brilho.

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Puxou a cadeira para que a namorada sentasse e assim ela fez. O garçom deixou o cardápio sobre a mesa e saiu.

— Já sabe o que vai pedir? Eu não tenho a mínima ideia.

— Vamos pedir o de sempre? Massa com um bom vinho?

— Você sempre sabe qual a melhor opção. — puxou a mão da moça e beijou. — Agora qual vinho? Branco ou tinto?

— Vamos de branco, sempre pedimos o tinto. — o jogador apenas concordou.

Fizeram os pedidos e ficaram conversando até o garçom trazer os pratos, o que não demorou muito.

O garçom serviu o vinho e assim que Ana Laura levou a boca sentiu seu estômago embrulhar. Logo depois sentiu tudo que havia comido voltar para sua boca e saiu correndo em direção ao banheiro, onde vomitou tudo que acabara de ingerir.

Voltou para a mesa ainda abatida e repentinamente teve uma queda de pressão e desmaiou. Lucas se desesperou automaticamente, colocou a namorada no carro e foram em direção ao primeiro pronto socorro que ele visse.

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Ana Laura acordou ainda meio zonza. Uma luz branca e forte invadiu seus olhos, uma voz masculina e absurdamente grave invadiu seus ouvidos. Não sabia onde estava e só via uma sala branca e pessoas também de branco.

— Deus? É você? Eu morri né? Me desculpa pelos meus pecados.

— Não, Ana, você não morreu. Apenas teve uma queda de pressão e desmaiou. Você sente alguma coisa? Alguma dor? Desconforto?

— Não estou sentindo nada, estou bem. Cadê o Lucas?

— Ele saiu mas já já vem, não se preocupe. Enquanto isso, se me permite. — chegou mais próximo para fazer um exame físico.

Laura já estava entediada e não aguentava mais ficar naquele quarto sem cor e sem vida. Ela realmente odiava lugares sem cor, sem decoração e sem plantas. Como alguém conseguia viver sem ao menos um vasinho de flor fake? Ela realmente não entendia isso ou tinha virado a tia das plantas aos 25.

— Oi — Lucas disse entrando no quarto. — Como você tá?

— Oi, eu tô bem. Já vai me levar pra casa?

— Ainda falta você ter alta. — depositou um beijo na testa da moça.

Na mesma hora o médico entrou com um exame em mãos.

— Parabéns, papais! — ambos arregalaram os olhos e viraram para médico.

— O que?

— Você tá grávida, Ana Laura.

— Não tô não. O senhor tá enganado.

— Esse aqui é o seu exame de sangue. Como você teve um sintoma de gravidez fizemos o teste e deu positivo.

— Meu Deus, como assim? — ela olhava o exame ainda incrédula.

Tinha medo do que estava por vir e sabia que isso era em decorrência do que já havia vivido.

— Você sabe que independente do que aconteça estaremos sempre juntos, né? Não se preocupa, dará tudo certo. — Lucas disse e Laura deitou a cabeça no ombro dele.

Pretexto • Lucas Paquetá ✅Onde histórias criam vida. Descubra agora