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Levantei e fui trocar de roupa. O gratificante som de chuva me acalmava de uma maneira indescritível, tirando todo aquele peso das minhas costas.
Mas pensar em Ariana triste comigo, fazia minha consciência se igualar à inúmeras toneladas.
Sai do meu quarto e desci as escadas em disparada. Disquei o numero dela e liguei, liguei uma, duas, três vezes, mas a loira não me atendeu.
Talvez Chris me matasse por isso, mas ele tem que me ajudar com essas coisas, se chama irmandade!
Ouvi a voz dele e dos meninos na cozinha, fui até a sala de estar tentando fazer o máximo de silêncio possível, vi que a chave do carro dele estava em cima da cadeira.
Peguei e a coloquei em meu bolso. Eu iria me encrencar muito se me pegassem, além de eu não ter a porcaria da carteira de motorista, pegar o carro do Chris escondido, é como assinar um contrato que garante a sua morte.
Vesti meu casaco e sai pela porta da frente, a chuva estava ainda mais forte do que há alguns minutos atrás.
Corri até o veículo que estava estacionado em frente á nossa casa, entrei rapidamente no mesmo.
Meus pés acabaram molhando um pouco o "chão" do carro, mas isso era o de menos. Coloquei a chave na ignição e girei, o maldito motor acabou fazendo barulho.
Não pensei duas vezes antes de acelerar.
Mesmo a casa de Ariana não sendo tão longe, eu não iria me molhar na chuva, - que já estava mais para tempestade. - , pagar um táxi para andar apenas algumas quadras seria loucura.
No caminho já havia bolado mil e uma desculpas caso me descobrissem.
Claro que eu não sou uma motorista nata, - as latas de lixo que eu atropelei que o diga! - , porém consegui chegar na casa de Ariana com zero batidas, o que já é um grande avanço.
Desci do carro em um passe e caminhei rapidamente para a porta da casa dela. Agradeci por ter uma proteção, impedindo os pingos de chuva de chegarem até mim.
Apertei a campainha e aguardei. Meu queixo estava tremendo por conta do frio, já previa o resfriado.
A porta foi aberta atrás de mim e logo me virei, vi a mãe de Ariana. Assim que ela me viu, abriu um sorriso acolhedor.
- Lauren! - Ela exclamou e tentou me abraçar, mas eu me afastei.
- Eu estou totalmente enxarcada, não quero molhar a senhora! - Disse simpática.
- Ah, para com isso! - Mesmo assim ela me abraçou, retribui o carinho. - Ariana? - Ela perguntou e eu assenti. - Está em seu quarto, para variar.
