V - NAYA

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Não conseguia tirar a imagem do Heitor da minha cabeça, sai do quarto dele pra esfriar a cabeça, tomaria um banho e todo esse te... essa coisa passaria. Já venho a uns dias notando a forma que ele me olha. Infelizmente, sou muito fraca e não sou indiferente.

Fechei a porta do meu quarto e respirei fundo, comecei a prestar atenção no meu corpo. Se o João Emanuel estivesse aqui eu transaria com ele pensando no Heitor.

Coloquei as mãos sobre a boca pra impedir besteira maior de sair. O que eu estou pensando? Estou louca.

Mais uma vez pensei em como seria se beijasse aquele homem.

— Heitor.

Imaginei o dono do nome que chamava me penetrando forte.

— Heitor... — chamei o nome mais uma vez.

— Estou aqui. — ele estava parado de frente a mim.

No meio de toda a minha ânsia, talvez loucura pela imaginação, mas tinha desejo e o beijei.

Só o beijei. Não pensei em mais nada. Se fosse loucura não importava.

Quando senti uma mordida nos meus lábios abri os olhos e vi que não era delírio, a realidade estava aqui em forma do meu pesadelo.

Não cai porque estava sentada na minha cama. Queria que o chão se abrisse ali mesmo. Estava assustada por pensar nele e agora vê-lo materializado a minha frente. Era o Heitor e era de verdade.

— Por que você entrou aqui? — o que eu tinha feito?

Como vou olhar pra ele depois disso?

— Passei pelo corredor e ouvi o meu nome.

— Deveria ter batido na porta.

Sorriu.

— Eu bati, mas como você não respondeu...

Porque a minha cabeça estava em você, idiota.

Eu ainda não conseguia olhar pra ele.

— Olha pra mim, Naya.

Levantei o meu rosto.

— Me deixa fazer você chamar o meu nome.

O Heitor se aproximou da cama e segurou o meu rosto. A cadeira o deixou no nível certo.

João Emanuel.

Dane-se!

— Você é linda. — disse baixo. Quando senti o seu beijo o meu coração disparou.

— Vem aqui, Naya.

Levantei ainda com pernas moles e sentei no colo dele. O homem beijava muito bem. Começou a beijar o meu pescoço.

— Penso muito em você ultimamente.

Eu ri e passei os braços pelo pescoço dele.

— Também penso em você.

— Vamos pra cama.

Sai do seu colo e fui para o quarto dele, o Heitor vinha atrás de mim. O ajudei a deitar, ele estava cada vez mais independente depois da fisioterapia intensa, eu via como ele queria melhorar e estava conseguindo.

— Quero você nua. — fiz o que ele pediu e tirei o vestido.

O seu toque era delicado e sendo sincera, não sabia como seriam as coisas entre nós. Senti uma coisa nova, acho que ele estava ficando excitado também. Virei para olhá-lo.

SE ALIANDO AO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora