Não conseguia tirar a imagem do Heitor da minha cabeça, sai do quarto dele pra esfriar a cabeça, tomaria um banho e todo esse te... essa coisa passaria. Já venho a uns dias notando a forma que ele me olha. Infelizmente, sou muito fraca e não sou indiferente.
Fechei a porta do meu quarto e respirei fundo, comecei a prestar atenção no meu corpo. Se o João Emanuel estivesse aqui eu transaria com ele pensando no Heitor.
Coloquei as mãos sobre a boca pra impedir besteira maior de sair. O que eu estou pensando? Estou louca.
Mais uma vez pensei em como seria se beijasse aquele homem.
— Heitor.
Imaginei o dono do nome que chamava me penetrando forte.
— Heitor... — chamei o nome mais uma vez.
— Estou aqui. — ele estava parado de frente a mim.
No meio de toda a minha ânsia, talvez loucura pela imaginação, mas tinha desejo e o beijei.
Só o beijei. Não pensei em mais nada. Se fosse loucura não importava.
Quando senti uma mordida nos meus lábios abri os olhos e vi que não era delírio, a realidade estava aqui em forma do meu pesadelo.
Não cai porque estava sentada na minha cama. Queria que o chão se abrisse ali mesmo. Estava assustada por pensar nele e agora vê-lo materializado a minha frente. Era o Heitor e era de verdade.
— Por que você entrou aqui? — o que eu tinha feito?
Como vou olhar pra ele depois disso?
— Passei pelo corredor e ouvi o meu nome.
— Deveria ter batido na porta.
Sorriu.
— Eu bati, mas como você não respondeu...
Porque a minha cabeça estava em você, idiota.
Eu ainda não conseguia olhar pra ele.
— Olha pra mim, Naya.
Levantei o meu rosto.
— Me deixa fazer você chamar o meu nome.
O Heitor se aproximou da cama e segurou o meu rosto. A cadeira o deixou no nível certo.
João Emanuel.
Dane-se!
— Você é linda. — disse baixo. Quando senti o seu beijo o meu coração disparou.
— Vem aqui, Naya.
Levantei ainda com pernas moles e sentei no colo dele. O homem beijava muito bem. Começou a beijar o meu pescoço.
— Penso muito em você ultimamente.
Eu ri e passei os braços pelo pescoço dele.
— Também penso em você.
— Vamos pra cama.
Sai do seu colo e fui para o quarto dele, o Heitor vinha atrás de mim. O ajudei a deitar, ele estava cada vez mais independente depois da fisioterapia intensa, eu via como ele queria melhorar e estava conseguindo.
— Quero você nua. — fiz o que ele pediu e tirei o vestido.
O seu toque era delicado e sendo sincera, não sabia como seriam as coisas entre nós. Senti uma coisa nova, acho que ele estava ficando excitado também. Virei para olhá-lo.
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SE ALIANDO AO AMOR
RomanceAs vezes o amor é o suficiente... Outras não. Naya e Heitor se conhecem no momento mais difícil da vida dele. Um coração amargurado pela vida pode ser impenetrável para o amor.