Olá, desculpa a demora em postar. Espero que estejam bem. Beijo e boa leitura.
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Tudo era um pesadelo desde que aquele infeliz voltou pra minha vida. Eu morria todo dia um pouquinho, já tinha quase um mês que eu não via a minha filha. Quando falávamos por telefone, eu chorava de um lado e ela do outro. Eu já estava a ponto de ir matar o Heitor pra acabar logo com isso, mas não estragaria a minha vida por causa dele.
Todos os dias alguém da família dele aparecia ou até ele mesmo vinha pra me pedir pra trazer a Lorena de volta, mas me neguei. Todos os dias eu seguia uma rotina indo para o trabalho e voltando pra casa, sabia que tinha alguém me seguindo, mas hoje já acertei tudo pra ir embora e encontrar a minha filha. Amanhã irei para o trabalho normalmente, mas uma colega me ajudará a sair sem ninguém me ver, então, quando derem por falta de mim já estarei longe.
Terminei de jantar e fui lavar o meu prato, a campainha tocou, nem precisava ser adivinha pra saber quem era.
Abri a porta e o Heitor estava lá e o Daren e a Adriana também.
Deixei entrarem na minha sala.
— Vamos cortar a ladainha. A minha resposta continua sendo não.
Falei sem paciência com esse povo. Gente chata.
— Naya, eu não estou passando bem depois de tudo isso. — a Adriana falou.
— Agradeço o carinho que você tem pela Lorena, mas ela é a minha filha e sei o que melhor pra ela.
— Reconsidere, por favor. Todos nós estamos sofrendo, eu acredito que você também.
— O que você sabe, Daren? Me traiu contando pra esse aí da minha filha. Esse inferno só está acontecendo por culpa de vocês.
— O que você quer, Naya? Eu já implorei, já chorei, já te prometi tudo. O que você quer?
Eu brincaria um pouco com o Heitor. Fiz uma cara de tristeza.
— Se ajoelhe e me implore.
Ele me surpreendeu quando se ajoelhou mesmo e tentou pegar a minha mão, o que eu achei desnecessário.
— Não precisa me tocar.
— Naya, me perdoe por tudo e traz a nossa filha de volta.
Olhei pra ele que até parecia que sofria, mas eu não ligava.
— Não, nunca.
Ele me olhou e se levantou, o Heitor segurou os meus braços me sacudindo.
— Fala onde tá a minha filha?
Ele me sacudia muito e gritava. Eu só consegui ri, acho que foi de nervoso.
— Solta ela, Heitor.
O pai dele entrou no meio. O Heitor se afastou e chorava do outro lado da sala.
— Por que todo esse ódio contra a gente, Naya?
— Vão embora da minha casa.
Comecei a empurrá-los para a porta.
— Não vou sair daqui, estou no meu limite.
— Problema seu.
O Heitor se sentou e os outros saíram. Entrei no meu quarto e bati a porta. Meu coração apertou, liguei pra Júlia só pra ouvir a voz da minha filha e saber que ela estava bem.
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SE ALIANDO AO AMOR
RomanceAs vezes o amor é o suficiente... Outras não. Naya e Heitor se conhecem no momento mais difícil da vida dele. Um coração amargurado pela vida pode ser impenetrável para o amor.