VII - HEITOR

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Sai da casa da Naya e me senti bem.

Ela ficaria bem também, ninguém morre por um fora e o melhor de tudo foi ver a cara de corno do João Emanuel, aquele moleque tem que aprender a perder algumas coisas na vida. Ele é um corno e tem uma noiva vagabunda.

Fiquei com pena da Naya, ela é muito idiota. Como uma mulher fica com o João Emanuel? A Naya é muito burra e tapada, o cara transa com todo tipo de mulher e a tonta nunca desconfiou de nada. Mas eu fiz bem a ela, fiz o idiota confessar que a traia e a burra ouvir tudo. Eu não tenho nada contra a Naya, eu odeio o João Emanuel e ela estava com ele e foi junto.

Agora eu entendo porque ele a traia, a Naya é muito fraca na cama, faz umas coisas meia boca e acha que agrada. Eu gosto de sexo intenso, de mulheres que não tem vergonha de nada. Não culpo a coitada, ela foi mal ensinada tendo aquele imbecil como homem, talvez um dia ela chegue ao nível das mulheres que fico, mas só se ela se esforçar muito.

Ela não é sensual e nem muito inteligente, não é boa na cama, resumindo não é interessante. Mas eu tive que me focar pra levar o plano adiante, fingi muito bem que gostava dela. Mas admirei a coragem dela em deixar aquele idiota por mim, no final, ficaria sozinha porque eu não a queria.

— Você foi muito rude com ela. — virei para olhar o Elder que dirigia.

— Não, fui bom com ela. — nisso não tinha dúvidas — Agora me diz, eu não fui genial? Acabei com a marra do João Emanuel, estremeci a relação dele com o Daren e ainda consegui acabar com o noivado dele.

Eu ri, essa era a minha vitória contra todos eles.

— Não vejo graça.

— Você não tem senso de humor. Mas até que você fingiu bem que era um enfermeiro.

— Babaca. A Naya é uma boa mulher e acreditava que você sofria. Você destruiu aquela mulher.

— Qual é, Elder?

Depois de um tempo chegamos a minha casa.

— Vai precisar de mim ainda hoje?

— Não, só pela manhã.

O Elder era o meu segurança há muitos anos, eu precisava de alguém conhecido e de confiança para me ajudar naquela casa. Eu pedi que ele mandasse o currículo para a agência, se passando por enfermeiro, aí eu o selecionaria, foi tudo fácil e ninguém nunca desconfiou de nada.

Abri a porta do carro e andei. Isso também foi outra mentira, nunca sofri um acidente, apenas inventei toda a história e paguei os médicos para que me dessem o pior diagnóstico possível para todos terem pena e me infiltrar na vida deles.

Abri a porta do meu apartamento e a Cíntia esperava na minha sala. Agora sim, eu teria sexo de verdade. Ela é desenrolada e sabe tudo que me deixa duro, não é atoa que é a minha amizade mais longa, mas eu pago caro por essa amiga. Não somos namorados, tenho horror a apego. Eu banco ela e seus luxos. Mas longe disso, a história é outra. Eu pego quem eu quero e ela também é livre, não há cobranças entre nós. A Cíntia cavalgou gostoso e depois caiu na cama.

— Poxa, Heitor. Você demorou de aparecer.

— Não me enche.

Às vezes eu mentia que tinha um exame pra fazer e tinha que dar um jeito da Naya não me acompanhar, porque ela queria sempre me ajudar, essa mania horrorosa de ser boa o tempo todo, então eu vinha pra minha casa e passava horas transando com a Cíntia.

SE ALIANDO AO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora