•Flaca•

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MACARENA

Passaram minutos apenas depois que Zulema saiu do carro, a vejo andar até a oficina do posto, com seus cabelos pretos voando com seu andar confiante.

Eu tinha ficado por ela e vou fazer de tudo para ficar, e se chegar uma hora ela realmente não me querer, aí sim eu desisto.

Eu sei que estamos nos conhecendo e que isso é uma loucura dizer que a amo, mas é isso que eu sinto. Amei essa mulher desde o dia em que a vi na casinha jogada no chão desacordada.

-porra macarena, só se apaixona por gente impossível...

Converso comigo mesma dentro daquele carro. Olho no relógio e o tempo parece que não passa. Eu não sou uma pessoa muito paciente e ficar sozinha não ajuda.

Olho para trás e vejo duas armas, um revólver e uma espingarda.

Uma coisa que meu pai me ensinou foi a aprender a me defender, na época não gostava muito pois treinavamos caçando animais, queria poder agradecer agora.

Peguei a espingarda que estava acostumada a usar, só que era um pouco mais pesada do que conhecia. Sai do carro verificando se não havia ninguém por perto.

Andei até a oficina em passos lentos e arma em mãos, parei atrás de uma prateleira cheia de gasolina quando ouvi a voz do Egípcio.

Ele parecia mais árabe do que mexicano, com certeza era árabe! Zulema estava com as mãos fechadas ao lado do corpo, sinto que está prestes a se descontrolar ao ouvir egípcio negando sua oferta de liberar Saray.

Em segundos, o homem pressionava a Zule contra a mesa e segurei firme na espingarda. Esperei um pouco para ver até onde ia.

- eu falei para não ter surpresas, baby.

Egípcio aponta a arma para o seu rosto e resolvo intervir.

- Solte Zulema hijo de puta!

Digo em voz alta e ambos me olham, o homem da uma risada forçada e agarra mais forte sua mão nos cabelos de Zulema puxando a cabeça para trás, arrancando gemidos de dor da mais velha.

Me aproximo devagar com a arma apontada para o desgraçado.

- eu falei pra soltar ela!

- eu sabia que você ia trazer sua namoradinha.

Ele a puxa e cola em seu corpo com um braço em volta de seu pescoço e arma apontada para a cabeça.

- Maca... - ela diz com dificuldade - abaixa a arma, só vamos conversar

- Não mesmo!

Zulema revira os olhos e passa a língua sobre os lábios sujos de sangue.

- é melhor escutar sua namorada, Macarena Fe-rr-e-i-ro...nome bonito, seria uma pena se ele não existisse mais...

Ele pronuncia meu nome devagar com ar provocativo.

-por favor loira...

Suspiro alto e abaixo a arma lentamente colocando-a no chão.

- arrasta pra cá.

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