ZULEMAEram 9 da noite, faziam algumas horas que deixamos a loira na casa da floresta, mas poderia jurar que eram como anos tivessem se passado.
Ando de um lado para o outro, pensando no que poderia fazer para afastar os pensamentos negativos que insistiam em aparecer.
-joderrr tia, vai fazer buraco no chão desse jeito, lembra que tem apartamento embaixo viu?
Saray diz fazendo carinho no cabelo de Mala que dormia como um neném em seu colo.
Começo a roer as unhas e me machuco com o ato, fazendo meu dedo sangrar.
- argh não dá mais. Preciso ir até lá.
- tinha que ter pensado nisso quando estava despachando a loira.
- NÃO ME LEMBRA DISSO!
Eu grito da cozinha, lavando meu dedo que ardia com o pequeno machucado.
- shiuuu, não grita, meu bebê está dormindo tão linda, olha isso que obra de arte...
Ela observa Mala com muito carinho e logo penso que poderia estar vivendo isso com a rubia.
AGORA ELA JA FOI PRO TEMPO DELA SUA ÁRABE BURRA!- mas se eu fosse você eu ia lá só pra checar, se eu soubesse que você ia deixar a loirinha abandonada lá naquela floresta tinha metido a mão na sua cara...
- o que eu faço Saray?
- acabei de falar, caralho, além de velha tá ficando surda!
Dei um tapa na sua cabeça e sorri, talvez eu tenha tomado essa decisão tarde demais. Mas eu posso tentar, e também se eu não tentar, hoje será mais uma noite que não durmo.
Passei a viagem toda de volta a casa da floresta com um rock para me acalmar, fazia questão de colocar aquele som alto o bastante, para organizar meus pensamentos.
Enquanto isso fico imaginando onde a loira poderia estar...~||~
MACARENA
Assim que desço as escadas, Zulema não estava mais lá, abri a porta e corri para a varanda.
- essa puta me deixou mesmo e ainda por cima sem se despedir!
Voltei para a mesa onde estava o caderno e começo a chorar largada sobre ele, como se não pudesse ter coisa pior do que tomar aquela decisão.
Era nítido o que eu sentia por Zulema, tudo o que vivemos e sentimos, não é possível que só eu tenha sentido algo diferente...
Após tanto tempo chorando acabei adormecendo ali mesmo.
O seu cheiro eu conseguia destinguir em qualquer lugar, sinto o perfume forte misturado com o cigarro, um carinho sobre minha costas desenhando coisas aleatórias, de forma delicada e suave. Os seus beijos em minha nuca, certamente fazia a pele arrepiar. Embora já estava acordada não conseguia abrir os olhos, como se tivesse em um transe, quase um coma.
Ouço a voz rouca da mulher me chamar, que parecia bem longe apesar de senti-la do meu lado.
Em poucos segundos suas mãos agarram meu pescoço e apertam fortemente, finalmente tenho reação e tenho tirar para que o ar pudesse voltar aos meus pulmões.
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Acércate
ФанфикZulema Zahir é uma escritora famosa de Madrid, terror e suspense são seus gêneros favoritos. Ela viaja para uma casa nas montanhas afim de se concentrar em sua nova obra, mal sabe a morena que nessa viajem encontraria alguém que mudaria todos os seu...