Sarah entrou em casa e se deparou com uma pasta em cima da mesma da sala, ela abriu e sentiu um alívio ao ver que se tratava dos papéis do divórcio, Carla havia deixado ali. As crianças subiram as escadas correndo enquanto ela continuou ali parada, ligou para o advogado que já tinha sido informado pelo advogado de Carla, e tomando conhecimento de tudo o que estava escrito ali ela pegou a primeira caneta que encontrou e assinou, guardando de volta.
– Então, é isso? - Sarah virou para encarar Carla.
– É isso.
– Você me odeia?
– Não. Porque odiaria? Você errou, mas eu também errei. E agora você está livre.
– Estamos. Eu já sei que a sua ex está de volta e trabalhando com você. Porque não me contou?
– Agora eu não te devo mais satisfações. Mas sim, ela voltou.
– Bom, eu espero que você seja feliz. Me perdoa mesmo por ter te machucado, eu só tinha medo de perder você.
– E perdeu, mas tudo bem. A gente tem uma filha e eu quero que você seja presente na vida dela.
– Eu serei, prometo.
A conversa com Carla deixou Sarah mais calma, tranquila, ela sentia verdade das palavras da agora ex esposa, sabia que não teria problemas com ela dali em diante e estava livre para recomeçar com Juliette, mesmo sabendo que as coisas não aconteceriam de uma hora para outra, ela também estava disposta a esperar.
Juliette deixou as coisas em cima da cama e notou um papel que caiu do meio delas, cada palavra escrita ali, com a letra de Sarah e um pouco de seu perfume, fez seu coração disparar e um frio na barriga apareceu, pegou o celular e tratou de responder o bilhete com uma mensagem.
'Minha galega, eu nunca deixei de amar você. Mesmo que as coisas fiquem difíceis, mesmo que eu tenha medo de recomeçar, eu não vou desistir de nós. Eu te amo.'
A mensagem foi enviada e logo em seguida Sarah respondeu.
'Eu tenho uma surpresa, mas vou te dizer só amanhã. Vem ficar o dia todo coladinha em mim, vem?'
'É claro que eu vou!'
Sarah ligou e elas ficaram conversando até pegar no sono, ela estava doida para contar a Juliette que estava divorciada, mas queria guardar o segredo e falar pessoalmente. O dia seguinte chegou, pela manhã Marcela e Gizelly chegaram para pegar as crianças e Sarah começou a arrumar as coisas para esperar Juliette, a ansiedade estava forte, mas era um sensação boa.
– Vai sair tão cedo?
– Vou. Tenho umas coisas pra fazer.
– Não quero me contar?
– Só depois que der certo, pai. Então torça pra isso. - Juliette falou sorrindo.
– Tudo bem. Boa sorte então. - Rodolffo retribuiu o sorriso da filha.
Juliette saiu em direção a casa de Sarah, passou em uma floricultura onde comprou um buquê de girassóis, ela sabia que era a flor preferida de Sarah e queria fazer tudo sair perfeito, ela não se considerava uma pessoa romântica mas não se imaginava tratando a galega de outra forma. Estacionou o carro e desceu, respirou fundo e continuou andando até chegar na porta e apertar a campainha, em poucos minutos a porta se abriu.
– Você já acorda linda, como pode?
– Assim você me deixa sem graça, também está linda.
– Pra você. - Juliette falou oferecendo o buquê a Sarah que tinha um sorriso largo nos lábios.
– Você não esquece nada, não é? Eu amei, são lindos.
– Nunca esqueço. Mas tem uma coisa que eu quero lembrar mais, pode me ajudar?
– Ajudo no que você quiser.
– Então me beija.
Sarah fechou a porta e sem pensar duas vezes foi de encontro aos lábios da morena, as mãos de Juliette percorreram o corpo de Sarah em busca de mais contato, ela precisa daquilo como precisava de ar e podia sentir o quanto era recíproco. A busca por fôlego fez o beijo para, e Sarah iniciou uma sequência de selinhos em Juliette que sorria.
– Calma! Eu tenho uma surpresa, lembra?
– Como poderia esquecer? É só por isso que estou aqui.
– Ah, é? Então não tem mais beijos.
– Tem sim, você sabe que tem. - ela piscou um olho e ambas sorriram. – Qual a supresa?
– Eu estou divorciada. Assinei os papéis ontem a noite.
Juliette abriu a boca em um perfeito 'O' as palavras sumiram por um momento, aquela era uma notícia que ela realmente estava esperando mas não achou que aconteceria tão depressa. Ela ficou feliz e ao mesmo tempo confusa, aquilo significava que Sarah estava livre e elas poderiam ficar juntas. A loira conseguiu perceber a confusão que se passava na cabeça de Juliette e tratou de confortá-la.
– Hey, calma ok? Não significa que vamos casar amanhã.
– Não é isso, é que...
– Eu sei, Ju. É complicado. Mas você escreveu na mensagem que não desistiria mesmo se tivesse medo, não é? Eu também não vou desistir da gente. Espero seu tempo.
– Tá bom, vamos com calma então. Mas eu fiquei muito feliz com a notícia, viu? É a melhor que eu poderia ter recebido.
– Fico feliz em te deixar feliz. Já tomou café da manhã?
– Não... Mas eu quero outra coisa agora...
Os olhos da loira escureceram denunciando o desejo, Juliette a atacou como um animal feroz e em segundos elas estavam no sofá. Sarah tirou rapidamente suas roupas e Juliette fez o mesmo, elas já haviam esperado tempo demais, tudo o que queriam era contato e o mais rápido possível. Sarah gemeu ao sentir os lábios quentes de Juliette em seu pescoço e seu corpo arrepiou inteiro quando ela começou a descer, lambendo e depositando beijos em toda a extensão de sua barriga e peitos.
O sutiã de Juliette caiu deixando Sarah maravilhada com a visão, ela costumava conhecer aquele corpo com todos os detalhes, mas o tempo havia deixado tudo ainda melhor. Chupou um dos seios da morena enquanto massageava o outro com a mão. Ela deitou no sofá puxando Juliette até seu rosto, se ela lembrava bem aquela era umas das posições favoritas dela.
Enfiou dois dedos enquanto fazia Juliette delirar com a língua, Sarah fazia aquilo tão bem, sabia exatamente onde tocar, onde chupar, sabia exatamente o jeito que ela gostava. Os gemidos de Juliette ficaram mais altos e seu corpo tremeu, Sarah limpou o rosto com uma peça de roupa que estava perto e Juliette a beijou, ainda podendo sentir seu gosto na boca dela. Os olhares eram intensos, como se uma onda de sentimentos invadisse as duas ao mesmo tempo deixando o momento ainda mais prazeroso.
Juliette deslizou a mão até o meio das pernas de Sarah, ela estava totalmente molhada, seus dedos percorreram com maestria o clitoris de Sarah a fazendo gemer e pedir por mais, com três dedos dentro da loira, Juliette aumentou as estocadas, desceu seu rosto onde a loira implorava para ser chupada. Começou devagar e foi aumentando os movimentos junto com os dedos até sentir Sarah se contorcer embaixo de si. Elas se beijaram por vários minutos, apenas aproveitando o tempo e cada pequena coisa uma da outra.
– Eu te amo. - Sarah tinha os olhos marejados, sempre foi mais sentimental em relação a tudo.
– Eu amo você minha galega chorona. - ela sorriu depositando vários beijos no rosto de Sarah.
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Começar De Novo | Sariette
FanfictionOs caminhos da jovem professora de matemática, Sarah Andrade, 24 anos e a aluna 'problema', Juliette Freire, 18 anos, se cruzam quando a loira começa a trabalhar na escola onde Juliette estuda. Ambas só não esperavam que desse encontro surgiria um a...