Capítulo 13

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Boa tarde, meus amores!

Alguém ansioso para um tal jantar?

Vem comigo!

...


Pedro

No horário combinado eu desci para o hall do hotel e Maria Eduarda chegou logo depois. Estava gostosa demais dentro de um vestido preto justo na altura do joelho, sobretudo, botas e meia-calça. Na boca um batom vermelho e tudo parecia contrastar ainda mais com o seu cabelo loiro.

Ergui a sobrancelha quando a vi passar pela entrada do hotel, caminhando elegante em minha direção, e fui encontrá-la.

— Está linda, linda demais! — Enlacei sua cintura, e descarado, passei o nariz pela pele do seu pescoço, deixando-a arrepiada e beijei o cantinho direito dos seus lábios. Senti seu cheiro inebriante, o qual eu não havia esquecido mesmo meses depois da nossa noite em Belo Horizonte. A soltei e nossos olhares se encontraram. Sua respiração entrecortada fazia seu peito subir e descer, era sutil, mas não me passou despercebido. Ah, como eu queria beijá-la

— Tudo bem? — Ela perguntou, após um leve suspiro. Estava tímida, mas não desviava o olhar firme.

— Agora está tudo ótimo... — Retribuí o seu olhar e a nossa tensão poderia ser quase que tocada, de tão evidente. — Vamos para o restaurante?

Ela assentiu e ofereci meu braço para que encaixasse o dela.

A nossa reserva já estava pronta, a fiz quando cheguei ao hotel à tarde, então fomos encaminhados diretos para a mesa. O clima do bar também era gostoso e mais descontraído, mas foi bom ter ido para a mesa, teríamos mais privacidade.

— Toma um vinho? — A questionei quando nos acomodamos, próximo a nós havia um garçom, pronto para nos atender.

— Acho ótimo! — Pedi ao garçom a carta de vinhos e que nos servisse água, nós dois optamos pela gasosa, enquanto escolheríamos o prato e as bebidas.

— Não sou nenhum especialista como Alexandre... — Ela sorriu e mexeu no cabelo, enfiando os dedos entre os fios e o jogando para o lado. Seus movimentos eram sutis, naturais, mas prendiam toda a minha atenção. Dei uma leve balançada na cabeça, tentando focar nos rótulos dos vinhos. — Tem alguma preferência?

— Confio no seu bom gosto. — Ergui a sobrancelha e ela sustentou meu olhar. Eu estava muito ferrado. Ali, na minha frente, estava a prova do porquê não saiu da minha cabeça aquela noite de meses atrás. Maria Eduarda não era mulher para se esquecer.

Enquanto escolhia o vinho, sugeri que ela olhasse algumas entradinhas para o nosso jantar. Fizemos os pedidos e ficamos livres para conversar.

— Posso estar errado, mas sinto que você está em casa aqui na Alemanha. — Ela assentiu, sorrindo. E o que era Maria Eduarda sorrindo? Ficava ainda mais bonita.

— Digamos que sim. Não era um lugar desconhecido para mim, meu avô é alemão, estou morando na casa da irmã dele. Já vim muitas vezes para cá. Mas... — Ela fez uma pausa e, pensativa, levou a mão ao queixo. — Morar é totalmente diferente de visitar. E ainda tem a saudade de casa.

— Aproveitei bastante todas as oportunidades que tive de morar fora, mas agora que voltei para Belo Horizonte, não me vejo longe mais. Tô curtindo a cidade que eu amo, meu pai, irmã, amigos. — Ela escutava atenta, eu gostava disso.

— Eu também nunca tive problemas em ficar longe de casa, curti muito meus intercâmbios. Mas dessa vez, não sei, alguma coisa está diferente. — Ela crispou os lábios e eu senti uma certa melancolia em suas palavras.

Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora