Capítulo 41

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Pedro

Cheguei ao jardim com o Gustavo no colo. Minha irmã conversava com Arlete e meu pai e meu cunhado falavam com o churrasqueiro, que finalizava a organização da área onde seria preparado o churrasco.

No gramado foram espalhadas mesas e cadeiras brancas de ferro trabalhado, sobre cada mesa havia um arranjo pequeno de flores naturais. O buffet foi montado dentro do pergolado e no lado oposto estava a área do bar.

Cumprimentava minha família quando ouvi o barulho de carro entrando na área gramada, oposta ao jardim. Verifiquei o horário no relógio em meu pulso, ainda faltava cerca de meia hora para o combinado com os demais convidados, e Duda havia avisado que viria junto com o pai.

Entreguei Gustavo para o meu cunhado e saí em direção ao local onde os carros ficavam estacionados, dando de cara com a minha namorada descendo do seu carro, logo atrás o seu segurança caminhava para a guarita.

— O que aconteceu, amor? — perguntei, alarmado. Sua feição era triste e Maria Eduarda era a mulher mais iluminada que eu já conheci, sempre com um sorriso lindo no rosto, até quando estava brava. Mas triste, eu quase nunca a via.

— Oi... — Ela passou os braços ao redor do meu pescoço e me abraçou forte. Enlacei sua cintura e dei seu tempo. — Tive alguns problemas, estou chateada, mas não queria falar disso agora, podemos conversar quando formos para o meu apartamento?

— Preferia poder te ajudar, mas pode ser assim. Vamos dormir coladinhos e aí você me conta tudo. — A apertei mais contra o meu corpo e beijei seu pescoço.

— Senti tanto a sua falta, amor.

— Eu também, muita! — Afrouxei o braço ao redor dela e a afastei para olhar seu rosto.

— Estou bem, Pedro. Discuti com a Manu, mas meu pai ficou lá resolvendo as coisas com ela. Quero aproveitar nosso dia em família e comemorar ao seu lado. — Duda fez um carinho em meu rosto e deixou um beijo em meus lábios.

— Eu também quero, é a primeira vez que vamos unir todos eles. Vai ser interessante!

Ela riu e, de mãos dadas, seguimos para o jardim.

Pouco tempo depois chegaram Alexandre, Bernardo e os pais; na sequência, minha sogra; e, por último, Eduardo, acompanhado da esposa e filhas. Eu estava curioso para saber o que fez minha namorada brigar com a irmã, mas nem cogitei levantar o assunto durante a confraternização, uma vez que as duas estavam nitidamente desconfortáveis na presença da outra.

Em geral, o clima estava bom, todos comendo bem, rindo e ouvindo as histórias mirabolantes dos gêmeos, que sempre conseguiam entreter qualquer turma.

Antes que o almoço fosse servido, meu pai pediu a palavra e fez um bonito discurso, dizendo sobre sua satisfação em receber a família da Maria Eduarda, sem esconder o quanto queria me ver amarrado. Depois, falou também sobre estar orgulhoso da minha condução frente à Casa Salomão e parabenizou Eduardo, Luiz, Alê e Duda pelo trabalho na BTeng. Meu sogro também disse que gostaria de falar algumas coisas e em instantes, depois de várias taças do melhor vinho rosé, estávamos todos trocando declarações.

***

— Tem muito tempo que você não canta nenhuma do Nando Reis, Cássia Eller... — Bernardo disse quando sentei com o violão em um dos sofás do jardim. A tarde caía e a turma pediu música. Então lá estava eu, pronto para tocar e cantar para eles.

— E vou continuar assim. — Apoiei o violão sobre uma perna dobrada e testei a afinação com algumas notas.

— Ah, Pedro, porra! — o gêmeo bom reclamou, me fazendo rir, e a Duda também, que estava sentada ao meu lado.

Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora