Bom dia, meus amores!
Venham conferir mais um capítulo!!
Boa leitura e bom sábado!
...
Maria Eduarda
O elevador subia lentamente, ao menos era a percepção da garota ansiosa para reencontrar a família. De todas as vezes em que estive fora de casa, em viagens longas ou intercâmbios, aquela havia sido a mais dolorida. E talvez a única oportunidade em que mergulhei dentro de mim mesma. Refletir, às vezes, doía.
Papai, o homem ainda mais alto que eu, com o qual eu compartilhava os mesmos olhos, me observava pelo espelho. Sua barba espessa, essa tinha poucos fios grisalhos, mantendo o tom loiro original, o deixava ainda mais sisudo do que realmente era. Fez um carinho em meu ombro e, antes que eu falasse qualquer coisa, o elevador parou no hall da sua cobertura.
— Preparada?
Minha resposta foi um sorriso. Sobre um dos braços carregava uma bolsa e ao meu lado estavam duas malas de mão, a minha e a do papai. As demais malas ficaram no carro e mais tarde seriam descarregadas pelo porteiro.
As portas se abriram e mal havia colocado os pés para fora do elevador quando o corpo pequeno de dona Paula chocou-se contra o meu. Antes que seus braços me apertassem, nossos olhos se encontraram, ficando marejados de imediato.
— Que saudades, filha! — Ela me abraçou forte. Eu deixei a bolsa em cima da mala e retribuí, percebendo ali que havia sentido muito mais falta de todos eles do que imaginava.
— Eu também, mamãe. Senti muito a sua falta — declarei próximo ao seu pescoço.
Quando mamãe finalmente me soltou, tia Bia aproximou e também me abraçou. Era a mulher que tantas vezes me acolheu em minhas inseguranças, desentendimentos com os meus pais e até mesmo quando tive meu coração partido pelo Álvaro. Suspiramos juntas, ela correu os dedos pelos meus cabelos e beijou minha testa.
— Seja bem-vinda de volta, meu amor.
Na sequência fui abraçada pelas minhas irmãs, um abraço triplo, e aí sim as lágrimas desceram fortes. As minhas meninas, melhores amigas e certeza que em toda a falta de linearidade da nossa família, éramos o elo eterno.
— Fizemos aquela massa que você adora, Duda. — Mamãe passou o braço ao redor da minha cintura. Seguíamos meu pai, que também tinha o braço ao redor da cintura da tia Bia, e atrás de nós estavam minhas irmãs.
— Capelleti de queijo com molho de tomate — suspirei. Eu era apaixonada pelo prato e as duas sabiam fazer como ninguém. Era sempre mamãe e tia Bia a preparar, e nenhum de nós sabia ao certo qual era a parte de cada uma.
— E muito manjericão — tia Bia acrescentou e eu assenti.
— Hum! Quanto tempo mesmo para podermos nos servir? — perguntei, rindo. Estava faminta. Durante todo o voo havia tentado comer o lanche que a tripulação preparou, mas não passei de uma mordida no sanduíche e dispensei todas as outras opções oferecidas. Sentia um bolo na garganta.
— Vá lavar as mãos — tia Bia parou diante do lavabo e procurou o meu olhar e do meu pai —, aliás, querem tomar um banho antes do almoço? — Papai e eu nos olhamos e assentimos. Estávamos com fome, mas foram muitas horas de voo, um banho antes cairia bem.
Quando cheguei à sala de estar, de banho tomado e cabelos molhados, mamãe conversava com tia Bia na sacada, as duas falavam baixinho e não perceberam minha aparição. Fiz uma rápida inspeção pelo cômodo e não encontrei minhas irmãs. Meu corpo ansiava por água e virei em direção à ala da cozinha, quando Carol me surpreendeu, chegando bem próxima a mim.
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Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1
Roman d'amour"Em definitivo, eu era fraca demais para o Pedro na versão CEO." Maria Eduarda Klein teve seu coração quebrado ao descobrir que o namorado, com quem praticamente morava junto, era casado e havia engravidado a esposa. Após o término, passou dois anos...