BOM DIA, MEUS AMORES!
Bora ler!!
...
Pedro
Pedi à Carla que chamasse Grazi para a sala de reunião, e em poucos minutos escutamos o tilintar dos saltos sempre altos que ela usava soar no piso do corredor. Ela deu dois toques na porta e adentrou a sala. Olhar altivo e postura segura e sexy, era assim que ela se apresentava todos os dias.
Eu até podia ter várias ressalvas quanto ao comportamento da Grazi, mas seu talento profissional a salvava e era o álibi para que continuasse no cargo de diretora de arte da empresa.
— Bom dia a todos.
— Bom dia, Grazi. — Me coloquei de pé para recebê-la, que fez questão de se aproximar e deixar um beijo em meu rosto. — Eduardo Klein, CEO da BTeng. Maria Eduarda e Alexandre, que fazem parte da equipe dele e estão à frente do contrato com a rede de hotéis. — Fiz as apresentações e ela cumprimentou a todos.
— Que maravilha conhecê-los. Está sendo um prazer desenvolver o trabalho com os hotéis, estamos com muitas ideias. — Grazi colocou uma cadeira próxima à minha, cumprindo bem o papel de tentar mostrar uma enorme intimidade que não tínhamos. Não precisei de muito para perceber o incômodo que tomou Maria Eduarda. E tenho certeza que Grazi também percebeu, visto que a olhava de rabo de olho.
— Posso imaginar. Pedro nos mostrou um pouco do que vocês pensaram para o grupo das pousadas — Eduardo comentou, sucinto, sem ceder ao jeito expansivo dela.
— Ah, sim! Pedro e eu temos nos dedicado bastante para que este projeto dê certo. E muitos outros. Ideias boas não faltam, não é mesmo, Pedro? — A pergunta chegou acompanhada de uma mão sobre a minha perna, que afastei logo, bem como arredei minha cadeira para o lado oposto ao dela. A mulher me olhou, quase estarrecida, mas logo disfarçou. Ela teria que entender que aquela proximidade não era coerente para uma reunião de negócios.
— Não faltam!
Ao meu sinal ela contou um pouco sobre a linha de arte que iria seguir nos hotéis e na sequência o que havia preparado para o resort. Esse segundo projeto ganhou toda a atenção de Maria Eduarda. Eu já sabia o quão envolvida ela esteve quando iniciaram as tratativas do contrato, inclusive, ela havia encabeçado o projeto em relação à construção em Escarpas.
— A criação é de muito bom gosto. Graziela, certo? — Maria Eduarda direcionou-se à diretora de arte da Casa Salomão. A minha funcionária crispou os lábios e endureceu o semblante, demonstrando uma total de falta de receptividade. Esse detalhe não passaria batido, Grazi tinha a obrigação de saber se portar em todo e qualquer compromisso da empresa, mais tarde teria uma conversa com ela. — Mas o achei clássico demais para a proposta do resort, que é rústica e com clima praiano. Embora não tenha uma praia em Escarpas, o local é conhecido como o litoral mineiro. A ideia é seguir esse clima, ao menos é o direcionamento do conjunto arquitetônico e de decoração.
Grazi recebeu a crítica com o cenho franzido, visivelmente contrariada. A questão era que olhando novamente o projeto de arte e sob a perspectiva dada por Duda, eu tive que concordar com ela, estava mesmo clássico demais.
— Não acho que o público alvo do resort procure tal rusticidade. Pelo o que pesquisei são pessoas com alto poder aquisitivo e dispostas a pagarem por todo o luxo possível.
Claro que Grazi iria retrucar, eu via em nosso dia a dia o quanto ela estava acostumada a ter suas vontades realizadas. E me preparei para assistir o embate, embora me desagradasse a sua abordagem. Não apenas por ter sido com Maria Eduarda, mas por se tratar de um parceiro de negócios da minha empresa.
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Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1
Roman d'amour"Em definitivo, eu era fraca demais para o Pedro na versão CEO." Maria Eduarda Klein teve seu coração quebrado ao descobrir que o namorado, com quem praticamente morava junto, era casado e havia engravidado a esposa. Após o término, passou dois anos...