Pedro
Saí da cama antes da Maria Eduarda, para preparar o café da manhã dela. Quando fiz a reserva da casa, conversei com a equipe do proprietário e fui informado que poderia contar com os serviços dos caseiros, então solicitei que fossem abastecer a despensa.
Fiz café para mim e verifiquei as ervas que haviam comprado para os chás da Duda. Montei a mesa na sacada, percebi que era um dos lugares que ela mais gostou na casa, e tinha motivos de sobra. A vista da sacada era perfeita e foi lá que namoramos muito e tivemos boas conversas. Conhecer Maria Eduarda a fundo, em sua intimidade, estava fazendo com que eu a quisesse cada vez mais em minha vida.
Quando já estava tudo pronto, voltei para o quarto, precisava acordá-la. Até poderia deixá-la dormir um pouco mais, afinal, era sábado, mas eu havia alugado um barco para passarmos o dia na represa. Era por um bom motivo que acordaria Maria Eduarda.
Uma Duda sonolenta e incrivelmente linda abriu os olhos verdes e intensos para mim. Não era a primeira vez que a via acordar, mas a visão mais uma vez me abalou. Ela sussurrou um bom dia, com dificuldade de manter os olhos abertos, e se jogou de novo no travesseiro.
— Bom dia, dorminhoca. — Subi na cama e passei o nariz pela pele do seu pescoço, sentindo-a arrepiar, e gostei da brincadeira. — Está na hora de levantar.
Continuei lhe causando arrepios, alternando beijos em seu pescoço e em cada sardinha e pintas espalhadas pela sua pele branquinha, as marcas que me enlouqueciam. De repente, o passeio de barco já nem parecia ser tão interessante.
— Hum, preparou o café... — Maria Eduarda passou os braços ao redor do meu pescoço e deixou sua boca a centímetros da minha, quando finalmente chegamos à sacada. — Sabe que eu amo café da manhã?
— Tenho acertado muitas coisas que você gosta, pelo menos acho.
— É mesmo?
— Não ouvi reclamações quando te acordei, Maria Eduarda.
— Um homem bem completo — ela me puxou e falou algumas besteiras em meu ouvido, me fazendo rir do seu gesto, já que estávamos sozinhos — e ainda faz café da manhã.
— Sortuda, você! — Ela ergueu a sobrancelha para mim, ainda agarrada ao meu pescoço. — E eu também, muito sortudo, Maria Eduarda.
***
Chegamos ao píer de onde sairia o nosso barco. Conversei com o capitão responsável por pilotá-lo e então embarcamos. Maria Eduarda havia levado uma bolsa com os nossos pertences e a deixou em um dos quartos no andar inferior da embarcação. Navegamos por cerca de quarenta minutos, aproveitando o tempo para namorar e curtir a paisagem.
Fomos para a proa do barco, o barulho da embarcação navegando sobre a água, o vento batendo em nossa pele e fazendo o cabelo da Maria Eduarda balançar, a imagens dos canyons ao nosso redor, era uma mistura boa e mágica demais. Abracei seu corpo por trás, apenas nós dois contra toda a magnitude da natureza e a imensidão das águas. O barco navegava e a gente se curtia. Maria Eduarda havia mexido muito dentro de mim, eu senti vontade de superar feridas antigas e fazer algo novo em minha vida. E ao olhar em seus olhos, eu via o mesmo, que ela também queria superar barreiras internas.
O capitão fez a primeira parada no Vale dos Canyons. Depois de tirarmos algumas fotos, eu fui para a cozinha e preparei aperitivos para nós dois. A meu pedido, a empresa onde loquei a embarcação abasteceu a geladeira com champanhe, vinho rosé e branco, frutas e algumas comidinhas. Decidi abrir primeiro o champanhe.
Quando voltei ao convés, Maria Eduarda estava tomando sol deitada sobre uma toalha estendida. Os raios solares refletiam o loiro do cabelo e deixaram sua pele levemente bronzeada. Tive que respirar fundo para me controlar, a imagem era espetacular. Aproximei-me e abaixei ao seu lado, oferecendo um morango em sua boca, na sequência lhe entreguei a taça de champanhe, hipnotizado por cada simples movimento que ela fazia, desde engolir a fruta até bebericar da bebida. Cansado de só observá-la, ainda abaixado ao seu lado, a puxei pelo cabelo e beijei sua boca, gelada pela bebida e com o gosto doce da fruta. Maria Eduarda ia me enlouquecer.
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Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1
Romance"Em definitivo, eu era fraca demais para o Pedro na versão CEO." Maria Eduarda Klein teve seu coração quebrado ao descobrir que o namorado, com quem praticamente morava junto, era casado e havia engravidado a esposa. Após o término, passou dois anos...