Capítulo 15

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Bom  dia, amores! :)

Bora com capítulo?

Boa leitura!

...

Pedro

Enrolei na cama até a fome falar mais alto e me fazer pedir o café-da-manhã pelo serviço de quarto. Havia dormido poucas horas, a noite tinha sido mesmo boa. Não, ela foi incrivelmente boa. Eu estava há anos no esquema de sexo sem compromisso, apenas troca física, e não me lembrava qual havia sido a última vez em que parei para de fato conversar com uma mulher que ia levar para a cama.

O que sempre passou em minha cabeça era: quanto menos informações, menor o envolvimento.

No entanto, a noite anterior fugiu totalmente do meu roteiro bem ensaiado. Não somente a última noite, mas tudo o que envolvia Maria Eduarda. A começar que ficamos juntos mais de uma vez e ela fazia parte do meu círculo social, ao menos o grupo de amigos que estava voltando a frequentar em Belo Horizonte. Passamos à tarde em um encontro inocente dentro de uma casa de chá, ocasião em que pudemos conversar tantas coisas e me mostrou o quanto era bom ouvir e compartilhar histórias com ela. E, surpreendendo a mim mesmo, a convidei para jantar. A melhor atitude que pude tomar. O que ocorreu depois do instante que sentamos à mesa reservada no restaurante do hotel foi o bônus pela companhia incrível dela.

Ainda sonolento, enfiei os dedos entre os fios do meu cabelo e suspirei, depois fui para uma rápida ducha, enquanto o meu café não chegava.

Sob a água, que lavava meu corpo e relaxava os músculos, pensei na mulher que algumas horas atrás estava com a cabeça deitada em meu peito sob o edredom, recuperando o fôlego ao meu lado. Seu cheiro impregnado em minha pele e em toda a cama, se eu fechasse os olhos poderia sentir a maciez da sua tez.

Se não fosse pela insistência de Maria Eduarda em ir embora, provavelmente estaria tomando aquele banho comigo. Encostei na parede azulejada e balancei a cabeça em negação. Maria Eduarda só não acordou ao meu lado porque não quis. Por falta de insistência minha não foi. E eu nunca insisti para uma mulher ficar a noite toda, muito pelo contrário. Tal intimidade eu dispensava.

Foquei no banho e pouco tempo depois entrei na suíte com uma toalha enrolada na cintura. Chequei o celular e havia um áudio do Hanz. Fui até o closet para colocar uma roupa e foi a conta de vestir uma calça de moletom para que o serviço de quarto chegasse.

Deixei que o funcionário do hotel arrumasse a mesa para o café, dei uma gorjeta e depois que ele saiu busquei meu celular e abri a mensagem do Hanz.

No áudio ele me convidava para o seu camarote no autódromo onde acontecia a corrida de Fórmula 1, a sua empresa era uma das patrocinadoras do evento. Após o hiato de alguns anos acontecia o GP da Alemanha e a corrida seria na manhã do domingo.

Como apreciador do automobilismo e fã ferrenho da Fórmula 1, fiquei animado e aceitei o convite. Pensei em todas as vezes que estive em Interlagos e nas corridas que acompanhei de lá. E nas tantas outras ao redor do mundo. Papai também curtia muito o esporte e sempre que havia algum circuito em nossas viagens, ele dava um jeito de irmos assistir.

Tomei meu café enquanto lia as notícias por um boletim on-line, depois de ter checado a movimentação da bolsa de valores e as análises do mercado. Li e respondi e-mails do trabalho e quando me dei conta, estava com o notebook aberto sobre a mesa. A refeição ficou pela metade, pois havia um documento que precisava ser lido com urgência, para que fosse levado a uma reunião na Casa Salomão. Optei por não participar, mas a minha equipe precisava da minha ciência quanto ao relatório que o diretor do setor de exportação havia elaborado e que seria discutido na reunião.

Duda e o CEO - Série Irmãs Klein - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora