Caroço de manga

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O caminho de carro ate o aeroporto era completamente tediante, desde o momento em que o garoto se deitou para tomar sua bebida rosada. Eu já estava na terceira taça daquele vinho, era incrivelmente saboroso, o melhor que tomei.
Jimin logo após terminar sua bebida, me entregou a mamadeira e se sentou próximo a janela.
— Não põe a cabeça pro lado de fora, é perigoso.
O menino olhava atentamente para fora da janela do carro, a brisa agora um pouco mais fria batia sobre seu rosto, jogando seus cabelos loiros para trás, enquanto ele mantinha seus olhos fechados.

— Vamos chegar em breve, não fale com ninguém, não ouse pegar na mão de algum estranho, independente do gênero, não acredite em estranhos independente do gênero, não me desobedeça porque sou mais velho que você, e por ultimo, não quebre nada. — Citei as regras da viagem, enquanto ele apenas concordava, provavelmente sem prestar a mínima atenção do que saia da minha boca.

— Entendi, onde sua irmã mora? — cruzou suas pernas como de costume e me fitou esperançoso, pois Jimin era bem iludido, ele espera demais das minhas palavras.

— Ela é moradora de Tokyo — respondi dessa vez sem minha taça de cristal, apenas abri a porta do carro, saí e esperei o outro sair também para fechar a porta em seguida.

— Uau, eu nunca sai de casa, e agora estou saindo do país, que engraçado. — era extremamente deprimente a historia de vida daquele garoto, eu não costumo chorar, sempre tive essa dificuldade de expressar o que sinto, não expresso nada além de raiva e desgosto, mas naquele dia, quando saiu de sua boca tudo que passou com seu pai, ver seu corpo marcado, inteiramente cheio de hematomas doloridos, foi difícil segurar as lágrimas.

— Você vai ir para muitos lugares ainda — o respondi sem contato visual, agarrei sua mão e fui para dentro do aeroporto, sem muita demora já que nosso vôo sairia em menos de 15 minutos, passei meu passaporte e o que eu havia feito para Jimin desde que soube que ele iria comigo a Tokyo.

Já dentro do avião, na primeira classe lógico, Jimin parecia eufórico, olhava pela janelinha arredondada, seu peito subia e descia sem parar, afivelei seu cinto de segurança e esperei o garoto parar com o nervosismo, parecia um periquito.

Era o momento da decolagem, e como o periquito estava? Amedrontado, foi hilário o susto que o garoto levou quando as turbinas foram acionadas, suas mãos veio de encontro a minha coxa direita e em seguida dando um leve aperto naquela região.

— Esta com medo menininho? — uma garotinha pequena perguntou ao menino, ela aparentava ter uns 3 anos de idade, vestidinho rosa com o bumbum volumoso por conta fralda que a neném ainda usava.

— Jimin, não seja mal educado, responda a garotinha — o citado tombou sua cabeça para o lado parecendo não entender o que eu dizia.

— Mas você disse para não falar com ninguém — passei uma das mãos no rosto em stress, ele levou tudo ao pé da letra mesmo? Resolvi não dizer nada após aquela demonstração de burrice genuína, vai que é doença.

Suas pequenas e delicadas mãos gordinhas ainda estavam por cima da minha coxa coberta pelo tecido jeans da calça preta, agora ele parecia mais tranquilo, sonolento, seus olhinhos pequenos piscavam lentamente, a cada piscada sua cabeça tombava para frente.

Antes que o garoto tenha torcicolo por cada tombada, eu pus sua cabeça por cima do meu ombro e arrumei seus cabelos bagunçados, todo espetado, igual um caroço de manga chupada.

Ele dormia calmamente, como uma criança recém-nascida, era satisfatório ouvir os barulhinhos que saiam por sua boca, como...... sucção? O olhei curioso, tirei meus olhos dele e em cerca de 5 minutos ouvi os barulhinhos novamente, mas dessa vez um pouco mais alto, olhei em direção ao menino e pude ver uma cena estranhamente fofa, Jimin em costado no meu ombro enquanto chupava seu polegar direito, tentei tirar o mesmo de sua boca mas era difícil, seus dente cravavam em sua pele, aquilo parecia machucar, mas como estava adormecido meio que se sentia anestesiado.
Posicionei minha cabeça no meio do meu banco e fechei meus olhos, podendo finalmente descansar meus músculos tensos.

 

Olá gente, perdão pelo capitulo extremamente curto, eu estou tendo problemas com as atividades escolares, então não me sobra muito tempo para escrever para vocês.

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