Eu preciso de você

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A casa da Nabi era enorme, até Jimin comentou isso, que precisava de um mega arsinit pro para se localizar naquele local, arsinit é uma especie de aparelho que usamos para chamar um carro motorizado, já que nos celulares não são mais usados para ligações, tem parelhos específicos para cada função, tem o aparelho de reconhecimento digital, que usamos a mão para destrancar a porta, tem o tablet central, que é para central da casa, basicamente ele me diz o que poderia ficar bonito ou o que precisa ser restaurado na casa, tem os computadores e televisores holográficos, não precisamos gastar espaço com algo relacionado a eletrônicos, por isso que as famílias mais pobres da coreia não precisa se preocupar com segurança nos bairros, pois a cada casa a uma câmera dada pelo governo, então aqui é quase impossível que aja algum crime, só se esses crimes acontecer dentro de casa, assim como ocorreu com Jimin.

— Podem sentar, e Jungkook, se ousar não comer, eu frito suas bolas.— ameaçou com um garfo em mãos

— Bolas? Que bolas?— perguntou confuso, como assim tinha bolas e não as emprestou quando pediu uma semana passada?

— Bolas, sabe? Você abre sua calça e você vai ver uma varetinha e duas bolinhas e....

— Nabi, para, estamos comendo, não é nada elegante dizer esses tipo de coisa na mesa. — a repreendi, enquanto Jimin olhava em suas calças, atrás da varetinha que ela havia descrito, se encontrou frustrado por não achá-la.

— Parece aqueles velhos chatos sabe, horroroso — provocou Nabi, que já estava sentada segurando meu sobrinho com um dos braços, enquanto comia uma salada de alface com a outra.

[...]

Após comer, fui, junto a Jimin, dá uma volta no jardim de cerejeira da mansão enorme de Nabi, jardim é coisa de velho, mas é tão lindo.

Jimin se encantou por uma arvorezinha seca e feia que tinha ali, estava toda florida, um pezinho de jacaranda-mimoso, é uma arvore de flores nativa da Argentina, Bolívia e Sul do Brasil.

— Jungkookie, deixa eu ficar com essa?— o olhei pasmado com tais palavras, com tanta arvore bonita.

— São tantas arvores bonitas, porque diabos você quer essa coisa seca — por mas bonito que seja as flores, ele não estava desenvolvido, jacarandá são plantas de frio, a planta estava desnutrida, seu galhos secos e suas flores murchas.

— Ela esta murchinha, eu sei, mas ela só precisa de amor, carinho e atenção, igual eu, eu estava murchinho igual ela, ai, eu encontrei você e a Cida, que melhoraram minha vida, me regaram igual eu vou fazer com essa plantinha. — por essa eu não esperava, a cada momento que ele abria a boca para falar como ele se sentia em relação a vida dele eu fico chocado, eu penso mil vezes na vida, e mais mil para acabar.

— Quando irmos de volta para Busan, pegaremos essa desnutrida. — o respondo agarrando sua mão, o jardim era grande, ele é lesado e poderia se perder, nada além disso.

— Eu lhe levaria para tomar sorvete, mas esta frio, o que acha de um Yakissoba? — queria o fazer conhecer cada lugar, cada pequeno detalhe, ele não teve uma vida legal, praticamente nunca havia saído de casa, eu tinha que fazer isso, era o mínimo que eu poderia fazer por ele agora.

— Quero. Uau, por um momento eu esqueci que estávamos em Tokyo. — ele disse sorrindo, ele olhava atento as flores que caiam dos pés de cerejeira, enquanto eu, eu o olhava, admirava a felicidade genuína de alguém qual sofreu tanto. É assim que vemos como cada pessoa é diferente da outra.

— Mas temos que tomar banho primeiro, vamos. Aquela merendinha não encheu o buraco negro que existe no lugar do seu estomago. — rimos.

Nabi andava por toda sala, Shin estava agoniado, chorando horrores, chorando tanto que eu e Jimin, quando estávamos subindo para os banheiros, escutamos.

— O que você fez com meu sobrinho, sua monstrenga. — perguntei, pegando o corpinhop frágil do bebe, seu rosto estava vermelho, boca aberta, babando tudo. O segurei com jeito e comecei uma melodia qualquer.

— If this street, if this street were mine i asked, i had ir tiled with stones, with diamond stones for mine, for my love to pass. On this street, on this street there’s a forest called, it’s called solitude, inside it, inside it lives na angel who stole, stole my heart. — a criança se calou, olhei para sua face e se encontrava sonolenta, com seus olhos tombando, era lindo, o barulho de sua respiração, sua barriguinha branquela subindo e descendo.

— Eu te amo, você é o morcego mais lindo do mundo. — disse minha irmã, pegando Shin dos meus braços, monstrenga insuportável.

— Vou tomar banho com Jimin, iremos dá uma volta e comer alguma coisa mais tarde. — anunciei e seu rosto vira para mim quase de imediato.

— Vão tomar banho juntos? — perguntou baixinho, quase que sussurrando por conta do novo integrante da família Jeon.

— Não, tá louca? É um modo de dizer garota, se toca. — era mágico a maneira de como Nabi conseguia tirar meu carrinho da estrada.

Eu e Jimin subimos, entramos no meu quarto e por preguiça mandei ele tomar logo o dele, que eu tomaria e um dos quartos reservas da casa.

— Mas você vai voltar aqui, não é? — indagou somente com sua cabeleira preta para fora.

— Claro que vou, ué, que pergunta.— digo, e saio com a toalha pendurada no ombro esquerdo.

Banho tomado, estava livre de outro pela noite, já que estava frio, eu não tomaria.

— Já esta pronto Jimin? — o gritei do lado de fora do quarto, o vejo abrir a porta, uau, ele trajava um vestido de tule branco gelo, em seus pés estava um tênis All Star preto do cano alto.

— Você esta lindo, Park. — elogio o garoto, que teve suas bochechas coloridas de vergonha.

Como de costume, peguei em sua mão e pedi emprestado, um dos carros de Nabi, e pedi para Jimin escolher, tinha carro de todos os países, ele escolheu um carro brasileiro, ele me parece gostar muito de lá.
Ele escolheu um Fiat toro 2021 da cor vinho, era impecável, Jimin tinha bons olhos.

Ajudei Jimin a entrar no veiculo, já que ele não estava com seguindo, não sei o motivo ao certo, o carro não era tão alto ao ponto de não conseguir subir.

— Os brilhantes aqui são mais bonitas. — Jimin chamava as luzes distantes dos prédios de “brilhantes”, era fofo.

— São mais bonitas mesmo. — concordei.

— Obrigado Kookie — agradeceu sem motivo

— Porque esta me agradecendo?— o olhei confuso.

— Por ter me salvado, eu não estaria vivendo isso se não fosse por você, obrigado.— e foi ai que eu notei uma coisa: ele precisa de mim, mas eu preciso muito mais dele.









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