Eu estava confuso, mesmo que ele tenha dito tudo que disse, não adiantou muita coisa.
— Olha, eu sou da polícia, Sarang não sabe disso ainda, e eu só vim porque sei do que ela é capaz. O Jungkook já sofreu com a ida relâmpago do antigo namorado, ele não pode perder outro pra morte. — Queria poder dizer a ele que eu não o namoro, mas decide deixar que ele continuasse, gostei de ter esse posto.
— Mas você... Você não gosta mais dele? Não quer tê-lo de volta?
— Não, não — ele riu da minha expressão de apavoro — eu arranjei o homem da minha vida no meu emprego, um policial militar chamado Min Yoongi, vai ser ele que vai nos tirar daqui se caso eu não conseguir sinal. Mas isso é história para outro encontro, precisamos dormir um pouco. — E foi assim que passamos os próximos 7 dias.
7 (sétimo) dia de cativeiro – ultimo dia.
Fazem exatos 7 dias que estão procurando pelo Jimin, a polícia está quase desistindo do caso porque não a nenhum tipo de pista sobre o que aconteceu com ele ou pra onde o levaram, e eu estava desamparado. Eu estava triste, com o coração para fora do peito de tamanha tristeza, eu só queria meu garotinho em meus braços de novo, sentir o cheiro de shampoo do seu cabelo recém lavado, de brigar com ele por estar querendo comer o sabonete durante o banho, eu estava em completo desespero.
Até que recebo uma ligação, era um número confidencial, atendi.
— Alô, senhor Jeon? Aqui é Min Yoongi, chefe da polícia militar de Busan.
— Senhor, o que aconteceu?
— Eu preciso que mantenha a calma e abra a sua porta de casa, sou eu atrás dela, apenas vou conversar com você, é sobre o senhor Park. — Sem esperar nem míseros dois segundos, eu corri ate a porta e a abri com brutalidade.
— Bom dia
— O que houve com o Jimin, ele está bem?
— Calma, de acordo com meu recruta, ele está bem e com ele em cativeiro, o meu recruta tem rastreador no celular. Estava meio confuso saber onde exatamente eles estão, mas descobri e quero que seja forte para me compreender. — Ele dizia pausadamente, mas também ofegante, parecia nervoso.
— Só me diz onde meu garoto está — supliquei em um choramingo sofrido
— Eles estão em um bunker, o seu bunker— meu bunker? Eu não tenho um bunk--- o bunker, o maldito bunker.
— Eu sei qual, vamos salvar o meu namorado — disse pulando para garagem o mais rápido que minhas pernas permitem, e o homem vinha atrás de mim.
— Vamos a pé? — ri, e no mesmo momento meu siber chega.
— Entra — ordenei, sim, ordenei um comandante militar porque eu estava sem cabeça — Darla, meu destino final é o bunker Jeon's compane, corra o mais rápido que puder — gritei para máquina de inteligência artificial na qual eu apelidei de Darla.
Darla consegue ser tão veloz que o comandante Min teve que fechar as janelas porque o vento estava impossibilitando ele abrir os olhos.
Eu estava em pura adrenalina. Aguenta firme meu garoto, eu estou indo salvar você.
Passaram-se 7 dias, foram os 7 dias mais tenebrosos que passei, conseguia ser quase pior que meu pai, e olha que sofri muito com ele.
Estávamos a 5 dias sem comer, pálidos e magros, essa falta de comida nos fez perde peso drasticamente de um modo surreal e assustador, minha cabeça estava um caos, meu psicológico acabado, entrando no little space a cada momento, era destruidor não ter o meu colinho, ter a minha pepe e o meu dada para cuidar de mim.
Estávamos deitados quando ouvimos a porta de concreto ser aberta, era ela, mais mal do que todos os vilões do mundo, senhora Sarang.
— MAS QUE MERDA, NÃO CONSEGUE FAZER UM MISERO TRABALHO, SEU VEADINHO DE MERDA. — gritou ela enquanto segurava fortemente os cabelos loiros de Tae, ele não revidava, estava fraco demais para isso.
Ela olhou para mim e largou os cabelos do homem. Ainda com os fios loiros que acabou arrancando de Kim, ela agarrou meu rosto esmagando minha bochecha formando um bico forçando, e eu estava sem forças para revidar, ou tentar no mínimo me tirar daquele problema.
— Meu filho é uma vergonha, além de manchar o nome da família junto com o irmão, trás uma aberração como você para dentro de casa. Mas vai mudar, você vai para um lugarzinho especial.
— Ele vai sim senhora, pra casa e você para cadeia. Mãos para cima, ou eu atiro — um homem fardado grita, apontando uma arma para a velha.
— Yoongi!— Tae diz falho, mas ainda com um sorriso. Atrás dele eu pude ver, era meu Jungkook.
— Se atirar em mim, eu atiro nele — em questão de segundo sou puxado pelos cabelos e colocado de joelhos, com a ponta gelada da arma vermelha e terrivelmente feia em minha bochecha.
De uma maneira rápida, Jungkook toma a arma das mãos de Yoongi e aponta para Sarang, mas diferente do Yoongi, Jeon estava se aproximando.
— Você não vai atirar, seu molenga, eu sei que não consegue.
— Você realmente tem que conhecer melhor as pessoas que você dá à luz.
— Eu posso não ter te criado, mas eu te conheço, só de ver, é um veadinho de merda que só sabe chorar por não me ter, JÁ SE PERGUNTOU O PORQUE? OLHA O QUE ESTÁ ME FAZENDO FAZER COM UM POBRE GAROTINHO, ACHA QUE EU QUERO ISSO? SE ELE ESTÁ SOFRENDO AGORA, A CULPA É INTEIRAMENTE SUA. — Eu conhecia isso, Cida havia me ensinado o que significa, se chama abuso psicológico, igual meu pai fazia, quando dizia que eu tinha matado minha mãe e que agora ele vivia em um inferno por minha causa.
— Eu te conheço ainda mais, seus olhos dizem quando mente — um tiro foi escutado, fechei meus olhos e senti a arma cair no chão, abri meus olhos e estava ali, Taehyung com uma arma em mãos.
Pude sentir meu corpo ser apertado pelos braços mais fortes que conheci, eu conhecia aquele cheiro, o cheiro do meu coelhinho.
— E fim — sorri olhando para as crianças.
— Então foi assim que vocês viraram um casal, papais? — Yoo-he pergunta— Sim, foi assim que viramos um casal, foi assim que conheci seu padrinho também. —Ditei com um sorriso no rosto
— Exatamente. Olha o que eu te trouxe meu amor — escutei Jeon falar, olhei para trás e pude ver do que ele falava, era a na minha de coelhinho que Cida tinha me dado quando visitamos o Jungkook no hospital.
— Aí amor, onde você encontrou? — perguntei com os olhos transbordando em lagrimas, é literalmente a única lembrança que eu tinha dela e eu achei que tinha perdido.
— As filhas da Cida encontraram no quartinho dela, e pediram para te devolver. — Cida havia falecido a alguns meses, aguentou muitas coisas, ela se foi com seus 94 anos de idade, pode acompanhar o projeto de adoção dos meus filhos, e pode segura-los no colo antes de partir. Cida faleceu de causas naturais enquanto dormia, agora ela está com a minha mãezinha lá no céu.
A vida é feita de autos e baixos, vai e volta, e um terrível sobe desce. Mas sabe do que eu sei? Que eu encontrei meu lugar, pude me descobrir e pude estar ao lado do amor da minha vida.
Oii aqui é o Jungkook, só vim dar um recado a vocês: Seja quem você quiser, sem ter vergonha, não se prive, nunca entre dentro do armário sem intenção de um dia sair. Eu espero que um dia encontre o anjo de vocês, por que hoje eu sou casado com o meu little angel.
FIM
•Obrigado por acompanharem essa historia até o final, obrigado por tudo, vocês são incríveis.
Eu não consigo expressar a minha alegria por ter minha primeira fanfic finalizada, chorei horrores escrevendo, mas valeu cada lagrima derramada por essa historia um pouco turbulenta.
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My little angel
FanfictionJimin, um garoto de 17 anos que tem uma personalidade peculiar. Jimin era um little. Sua mãe foi a óbito 1 horas após seu nascimento, então teve que ficar com seu pai louco. Jimin sofria nas mãos do Senhor Park, que o odiava e o culpava todos os di...