Me Desculpe

20.

Tínhamos acabo de chegar no apartamento de Zhongli, depois de um dia doloroso e traumático para o povo de Liyue. Tentei animá-lo com uma partida de xadrez, não me recusou porém estava consciente que ele não jogaria concentrado era apenas para estarmos a fazer algo enquanto conversávamos pacificamente. Eu não estava muito melhor que ele, mas tranquilizei-me um pouco mais quando vi o meu irmão esta tarde. Estava tão assustado como todos os outros, teria que o deixar aqui com a sua mãe, não poderia arriscar levá-lo sendo que ficaria sozinho em casa se fosse para Sneznhaya. Questionava-me por quanto tempo eu não iria ver os meus únicos amores. Espero que não demore para voltar tudo ao normal.

- Childe, você quer beber algo? - foi em direção á cozinha, mas conseguia escuta-lo.

- Você tem vinho? - olhou para a geladeira e afirmou com a cabeça. - Então traga para a mesa. - tirou dois copos do armário e fomos até á sua típica mesa, estendendo o tabuleiro.

- Quer jogar de brancas ou pretas? - olhou-me enquanto servia o vinho.

- Pode ser de brancas. - tirou o seu casaco, ficando apenas com a sua camisa cinzenta e organizou as peças. Não foi propositado mas foi extremamente atraente. Comecei por jogar o meu pião central em frente. Felizmente já havíamos tomado banho depois do conflito, estava mais confortável.

- Childe? - jogou o cavalo em frente, bebi um golo.

- Uhm?

- Eu tenho algo para você. - olhei surpreso. Levantou-se, andando e desaparecendo pelo corredor. Enquanto esperava o pouco de tempo, desfrutava daquele vinho maravilhoso. Até hoje não entendo como o senhor Diluc pode fazer algo tão diferente dos outros. Tão viciante e saboroso, combinação maravilhosa. Zhongli deu sinal de vida do além e se aproximou, até andando era gostoso. - Primeiro, você vai parar de olhar para mim com essa cara. - honestamente não sabia que cara estava fazendo mas virei minha atenção para sua face. - Que bom que entendeu rápido.

- Estava apreciando só. - sorri coçando os meus cabelos.

- Eu quero lhe dar isso. Não é nada de especial mas eu já tinha feito á algum tempo e queria lhe entregar. - estendeu o saco um pouco inseguro. Ao mesmo tempo que abria via suas bochechas corarem fortemente. Me surpreendi ao ver que era uma coberta bem fofa, vermelha, levei até ao meu nariz e senti o seu cheiro, sorri largamente para si que pereceu estar confuso e envergonhado.

- Eu realmente não canso de amar você. - levantei-me ficando no canto da mesa em sua frente.

- Você realmente gostou de algo tão básico?

- Mas é claro. - roubei um beijo de seus lábios.

- Bem eu não sei quando vou voltar a ver você então acho que foi uma boa altura. Lá em Sneznhaya é bem mais frio que aqui então eu pensei em dar algo quente para você. - sorriu levemente. Finalmente ele estava sorrindo.

- Você fala como se nunca mais o fosse ver. - Zhongli deixou o xadrez e se estendeu no sofá.

- Sou realista apenas. - fui em direção ao seu corpo e deitei minha cabeça em seu colo.

- Sabe, Zhongli não é que você seja realista, mal começou e você parece que já está saindo derrotado.

- Na verdade eu só não quero que ninguém morra. Não quero perder ninguém. - sorri bobo.

- Mas você não vai perder ninguém!

- Como você vai saber?

- Positividade e confiança, não custa Mora. - sorriu e beijou a minha testa.