10.

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  Um domingo tranquilo estava prestes a começar. Abri os meus olhos dourados e senti uma de suas mãos por cima de meu braço. Ele ainda estava dormindo, parei um pouco para observar o seu rosto bem de perto. Tão angelical mas que alma tão rebelde ao mesmo tempo. Sentia a sua respiração quente contra a minha face, foi quando algo dentro de mim disse que era aquela a visão que queria acordar para o resto da minha vida.
Um sorriso fofo se fez na minha cara quando logo em seguida abriu sua boca para morder o meu nariz. Assustei-me de início.

  - Eu sabia que você estava acordado. - desviei a sua cara e logo começou a rir bobo.

  - Estava esperando o momento certo para resultar. Pelos vistos consegui! - desta vez deixou um beijo na minha bochecha.

  - Sua animação ao começar o dia me faz confusão. - me virei para o lado contrário fechando os olhos apenas por preguiça sentindo em seguida um travesseiro contra minha cara. - CHILDE PARA QUIETO! - me levantei repentinamente sentindo uma grande dor nas costas e nas pernas. - Droga...- arfei e o outro riu sentando-se com o travesseiro no colo.

  - Opa acho que alguém vai ficar sem andar. - me provocou fazendo cócegas por minha barriga e logo em seguida taquei a travesseiro em sua cara.

  - Você não para um segundo e fica me provocando dessa forma. - taquei de novo e ele só parecia achar piada.

  - Vamos fazer disso uma REAL BATALHA! - pegou noutros travesseiros que tinha guardados no guarda-roupa e começou a atira-los na minha direção. Tentei defender o máximo que podia mesmo mal conseguindo mexer as pernas. - VOCÊ NÃO PRESTA NISSO!

  - PARE DE GRITAR! - puxei-o ficando em cima dele e tacando o travesseiro espalmado na sua cara.

- Caralho você tem força demais! Saí, assim não vou conseguir!! - ria mais ainda. Apertou as minhas coxas sabendo que me doíam e parei por uns segundos. Aproveitou-se da situação para pegar dois travesseiros e enterrar a minha cara neles roubando um selinho.

  - Se aproveitando. - olhei de lado. - Isso é tudo culpa sua acho que você deveria assumir a responsabilidade. - falei sério no entanto apenas se jogou em cima de mim.

- Você ficou lindo demais com esta camisa. - era uma camisa de dormir branca com umas listras azuis escuras que ia até aos meus joelhos.

- Eu falei que minhas pernas estavam doendo e você se joga em cima de mim. - havia deitado a sua cabeça no meu peito e estava agora fazendo um cafuné em seus cabelos macios e ruivos.

- Você não quer vir comigo? Viagem sabe? - sorri e se atreveu a olhar para a minha cara.

- Eu não posso ir. Tenho trabalho aqui se fosse ficaria com mais trabalho acumulado do que já está. - coloquei o braço sobre os meus olhos.

  - Deixa para lá... Vou ligar todos os dias então vai ser bom se você atender.- apertou mais o abraço.

  - Calma não vai ser assim tanto tempo relaxe. - tentei tranquilizar apesar de estar preocupado com esses fenómenos esquisitos que estavam acontecendo por aí, mas acredito que ele ficará bem.

  - Eu amo você velho, chato, pedregulho, filósofo sla o que você seja. - ri com aqueles adjetivos que sinceramente não poderia afirmar se eram elogios?! No entanto meu coração aqueceu ao pensar que as mesmas palavras repetidas ontem não foram ditas pelo clima.

  - Eu também te amo. - corei e falei um pouco constrangido por esta frase que poderia ser perigosa.

  - Bem o que quer fazer hoje?

  - Eu estou com fome. E bem eu estava planejando voltar para casa... - fez uma careta.

  - Ahh vá, eu vou embora amanhã não poderia deixar esses negócios para a semana? - fez um beicinho. - Jogar um just dance ou sla ir num parque comer um gelado? Pelo menos da parte da manhã? De tarde tenho que organizar coisas também.

Me Desculpe Onde histórias criam vida. Descubra agora