CAPÍTULO 05

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PARTE 1 - A Princesa e o CavaleiroCAPÍTULO 5

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PARTE 1 - A Princesa e o Cavaleiro
CAPÍTULO 5

Ethan decidiu ficar na tenda até ter certeza de que ela tinha adormecido. Não estava em seus planos se preocupar com uma garota teimosa como aquela, mas não pôde evitar achar estranho a forma como reagiu à simples menção à capital. Ele se certificaria de entender a situação antes de partirem.

Mas havia algo nela que o intrigava ainda mais. Após observar com clareza o rosto da jovem, tinha um forte palpite da sua identidade, embora fosse pouco provável. Porém, precisaria buscar algumas provas que pudessem confirmar suas suspeitas, e para tanto seria necessário verificar a montaria dela.

Sem se preocupar com a persistente chuva, Ethan saiu de sua tenda em direção às baias montadas para alocar os cavalos e procurou pela égua que atendia pelo nome de Corine. Logo a encontrou e, antes de qualquer coisa, examinou a pata machucada. O animal relinchou no início, incomodado com o movimento do membro ferido, mas logo se acalmou. Depois de uma breve inspeção no corpo da égua, o comandante sorriu ao comprovar que sua hipótese estava correta.

Aproveitando que estava fora da tenda, decidiu patrulhar o perímetro para colocar os pensamentos em ordem após os recentes acontecimentos e descobertas. Montou em seu corcel negro e se embrenhou na floresta escura, cavalgando até a estrada que o levaria, em breve, ao seu destino. Em seguida, deu voltas ao redor do acampamento para garantir que não havia perigo.

Quando retornou, o sol já estava nascendo e os soldados estavam todos de pé e na ativa, mesmo sob a chuva. Ethan começou a dar ordens sobre os afazeres do dia, como era de praxe todas as manhãs, só então foi em direção a sua tenda. Assim que entrou, encontrou a jovem convalescente sentada na cama, com o olhar curioso analisando tudo ao redor.

Ela havia trocado de roupa, estava usando um vestido de cor verde bastante simples, cedido por uma das empregadas. Seus cabelos estavam presos, deixando o rosto delgado em evidência.

— Já está desperta, senhorita? Como se sente? — indagou, chamando a atenção dela.

Amber sobressaltou-se ao ouvir aquela voz grave. Olhou na direção da entrada da tenda e encontrou o cavaleiro retirando o casaco encharcado e colocando-o de lado. Depois do vergonhoso episódio da noite anterior, ela temia não ser capaz de encará-lo, mas precisava interagir melhor com ele, a fim de convencê-lo a deixá-la ir.

— Sinto dores em alguns lugares — respondeu com sinceridade, levando sua mão ao ombro esquerdo —, mas é suportável. Creio não haver grandes consequências da queda.

Após responder à pergunta, Amber evitou fazer contato visual e se manteve calada. Um frio silêncio se instalou entre eles.

Ethan gostou da voz doce e baixa que ela tinha, apesar do leve tom de nervosismo. Dessa vez, para não causar incômodo à dama por estar sozinha com um homem desconhecido, ele achou melhor permanecer onde estava e manter-se à distância. Vendo que ela não falaria nada, tomou a iniciativa:

O Desabrochar da FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora