CARTA AO LEITOR

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CARTA AO LEITOR

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CARTA AO LEITOR

Antes da narrativa escrita, havia a narrativa oral. As histórias em contadas utilizando-se apenas a oralidade, como os meus avós costumavam contar histórias para entreter uma roda de netos, ou como meus pais, que contavam para mim e meus irmãos as histórias que ouviram dos seus pais; assim como Sherazade narrou contos maravilhosos ao rei a fim de sobreviver; e como os antigos gregos narravam seus mitos para as gerações mais jovens.

Comigo não foi diferente. Muito antes de começar a contar minhas histórias por escrito, eu as contava oralmente para meus irmãos e primos mais novos. Em geral, eram os contos de fadas que eu reproduzia. Sou apaixonada por contos de fadas! Foram as primeiras narrativas com as quais tive contato, ainda na primeira infância, iniciando a minha vida de leitora e são, ainda hoje, uma grande fonte de inspiração para mim como escritora. Princesas presas em torres, cavaleiros corajosos, príncipes apaixonados, o amor verdadeiro... Tudo isso me fazia sonhar e imaginar mundos e universos novos, com acontecimentos diferentes daqueles que estavam escritos nos livros e dando vida a personagens que não estavam naquelas páginas ilustradas que eu tanto amava ler.

Hoje, já adulta, sempre que leio um conto de fadas — sim, eu ainda os leio — um caloroso sentimento de nostalgia me domina, trazendo consigo não só doces memórias da minha infância, como também lembranças das lições que eu tirava desses contos infantis: a existência das adversidades da vida, mas que são superáveis; a certeza de uma final feliz, apesar dos obstáculos encontrados no caminho; a esperança de encontrar um amor puro e forte, mesmo tendo vivido uma vida de sofrimento.

Foi com o mesmo entusiasmo de menina, de quando inventava histórias para meus primos, que decidi escrever O Desabrochar da Flor, uma história singela, sem grandes pretensões de deixar uma marca na existência de quem a lê, porém, com o desejo de aflorar outra vez aqueles sentimentos simples de outrora e, quem sabe, renovar as forças e esperanças que possam, por algum motivo, ter se perdido pelo caminho.

Que seja uma leitura proveitosa!
Clys Oliveira

O Desabrochar da FlorOnde histórias criam vida. Descubra agora