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- SINOPSE -
Um título que de nada lhe servia, um pai que não a reconhecia e um futuro casamento político. Assim era a vida de Amber antes de decidir fugir. Não conseguiu chegar muito longe, mas a pessoa...
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PARTE 2: Nova Vida CAPÍTULO 20
Dahlia, a maior e mais importante cidade do território de Forshire, era onde estava localizada a residência ducal, portanto era o centro político e administrativo do ducado. Todos os anos, no outono, um festival é celebrado em comemoração de mais um ano de bons plantios e boas colheitas, indicando que não seria tão difícil passar pelo inverno.
Nesse momento de festividade, as pessoas poderiam descansar e se divertir após muitos meses de árduo trabalho no campo, então cantavam e dançavam felizes pela farta produção e pela finalização das colheitas. E todas essas emoções tornavam o ambiente acolhedor e animado, contagiando qualquer um que estivesse próximo.
À medida que adentravam mais na cidade, Ethan explicava diversas coisas a Amber, saciando sua curiosidade por tudo e todas as coisas que via no caminho. Cada vez mais cidadãos eram vistos pelas ruas com seus semblantes sorridentes.
Ainda não tinha anoitecido, mas as tochas presas aos muros das casas já estavam acesas, com o intuito de manter a área aquecida. Algumas fogueiras também foram colocadas ocasionalmente ao longo das ruas com o mesmo objetivo. Apesar disso, Ethan colocou uma estola sobre os ombros de Amber para que não sentisse frio. Ela se sentiu aquecida de imediato, mas não sabia se era devido ao material do qual foi feito o adorno ou se pelo cuidado da parte do cavaleiro.
Aquele fim de tarde estava de fato mais frio do que os dias anteriores, todas as pessoas estavam vestidas de maneira a se protegerem da baixa temperatura. As mulheres usavam vestidos de mangas longas e pesados xales, e os homens também vestiam túnicas com mangas longas. As roupas dos cidadãos eram sóbrias, contrastando com as cores vivas das decorações espalhadas nas fachadas das casas e nas copas das árvores.
Na praça central, havia várias barracas expondo legumes frescos e de excelente qualidade, cereais recém-colhidos, pães quentinhos emanando aromas que abriam o apetite e sementes selecionadas organizadas com esmero. Algumas barracas tinham recortes de lã enquanto outras tinham couro.
— Qual a finalidade desta exposição, Sir Ethan? — Amber estava encantada com a variedade de produtos.
— Cada família produz apenas um ou dois tipos de alimentos e cria só uma espécie de animal — o cavaleiro começou a explicar —, então, para suprir aquilo que lhes falta, trocam seus produtos excedentes com outras famílias.
— O que seriam produtos excedentes? — ela perguntou, interessada no assunto.
Ethan pensou um pouco na melhor maneira de responder ao questionamento da princesa, tendo em vista que ela conhecia pouco dos processos produtivos do reino.
— No final da colheita, parte do que foi produzido deve ser entregue ao senhor responsável pelas terras, e o restante permanece com as famílias para subsistência. — Ele fez uma pausa e olhou para Amber, que assentiu, indicando estar acompanhando a explicação. — Dessa quantidade, cada família reserva uma parcela suficiente para ser utilizada no cotidiano, enquanto outra parcela é destinada a trocas por produtos que também serão essenciais para sua sobrevivência.
