A Mudança

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Alguns dias havia se passado, Estêvão juntamente com Maria montaram o lindo quartinho da Luísa. Um lindo quartinho branco, rosa e cinza havia sido preparado, Estêvão havia montado um closet para a bebê mesmo a Maria dizendo que era um exagero visto que os bebês perdiam as roupinhas tão rapidamente, o enxoval e as malas maternidade também já haviam sido compradas e preparadas, o quartinho estava exatamente como Maria havia sonhado.
A alegria desses dois pais, era evidente para todos que apenas os viam, certamente todos os que os olhavam achavam que eles eram casados ou no mínimo namorados mas a amizade deles era tão única que havia evoluído para amor, mesmo que um não soubesse do amor que nutriam pelo outro.
Maria estava arrumando suas malas e separando suas coisas mais importantes para levar para casa de Estêvão, já que agora morariam juntos, a alegria que ela sentia em seu coração era tão grande com a chegada de sua bebê que seria em alguns meses e agora que moraria com o homem que amava mesmo sem ser da maneira como ela sempre imaginou mas logo contaría para ele o amor que ela sentia por ele, seu melhor amigo.
- Maria, está pronta? - perguntou Sebastián, seu pai - Estêvão chegou para te buscar. - continuou.
- Estou papai - respondeu enquanto fechada a última mala - Papai, eu te amo, obrigada por ter ficado do meu lado o tempo todo mesmo quando todos me viraram as costas. Eu prometo que virei te visitar sempre - O abraçou emocionada.
- Eu também te amo, minha filha. - seu pai correspondeu seu abraço, se despedindo da filha, afinal agora ela construía uma vida e ele sabia que ela estava tomando a decisão correta.
- Minha Maria? - chamou Estêvão na porta, logo Maria correu até ele pulando em colo lhe abraçando.
- Estêvão - disse alegre, enquanto continuava lhe abraçando, Estêvão sorriu com seu gesto, amava o jeitinho de Maria, a sua essência tão única que ela exalava.
- Vamos? - disse dessa vez a olhando, ela permanecia em seu colo.
Seu pai se retirou do quarto sem que eles percebessem, eles se olhavam alternando o olhar entre a boca e os olhos de ambos, até que Maria lhe deu um demorado selinho. Assim que se separam, eles sorriram.
- Vamos. - disse feliz, ela desceu de seu colo e logo os dois pegaram as malas.
Se despediram mais uma vez do pai de Maria e assim caminharam para o carro de Estêvão, colocando todas as malas de Maria, ele abriu a porta para ela entrar e instantes depois também entrou, começando a dirigir até sua casa. Ao chegar, Estêvão pediu que ajudassem com as malas levando-as até o quarto duplo onde seria o quarto de Maria e da pequena Luísa, sendo o seu quarto em frente.
Maria desceu do carro com a ajuda de Estêvão, após ele trancar o carro, caminharam com as mãos entrelaçadas entrando em sua casa, enquanto Maria acariciava sua pequena barriga e conversavam sobre a filha que eles teriam.
- Obrigada por ter me permitido ser o pai de Luísa, Maria - disse enquanto caminhava a levando até seu quarto.
- Não precisa agradecer, Estêvão. - disse alegre.
Ao chegar no quarto, Maria se emocionou vendo tudo pronto para chegada de sua bebê e o seu quarto perfeitamente decorado como ele sabia que ela amava. Ela se virou para ele lhe abraçando novamente como mais cedo, pulando em seu colo, ela era assim carinhosa e amorosa com quem amava principalmente com o pai de sua bebê e o homem a quem amava com todas as forças de sua alma.
- Obrigada, Estêvão, o quarto ficou tão lindo - disse alegre.
- Não precisa agradecer, meu bem - sorriu sentindo a imensa alegria de tê-la em seus braços tão perto de si - Redobrei os seguranças da casa, para que você estivesse sempre em segurança quando eu for trabalhar e a Nice a governanta cuidará de você. - disse contando sobre tudo que havia feito para ela, ele queria que ela estivesse bem e em segurança, ela e Luísa eram as pessoas mais importantes de sua vida e cuidará delas eternamente.
- Obrigada por cuidar de mim e da Lulu - disse alegre o olhando e dessa vez quem lhe deu selinho foi ele, amo ele amava seus lábios junto aos dele.
- Posso te beijar assim, sempre? - perguntou ao finalizar o rápido selinho - Digo lhe dar selinhos. - continuou, não queria ser invasivo.
- Pode - disse com a cabeça em seus ombros - O que disse aos seus empregados sobre nós? - perguntou curiosa.
- Disse que a mulher que amava viria morar em minha casa, a mulher que me daria uma filha, a mulher que é a luz de todos os meus dias - ele a respondeu a olhando apaixonado. - Vem comigo? - ele perguntou e ela afirmou.
Ele a levou para seu quarto, sentou com ela ainda em seu colo porém a colocando sentada em apenas um de suas pernas assim ele poderia acariciar sua barriga.
- Tá vendo essa foto, Maria? - ele mostrou a ela que ao lado de sua cama ficava uma linda foto dos dois, ela acenou - Nesse dia eu tive a certeza que lhe amava, tinha apenas a confirmação do sentimento que eu sinto por você, eu te amo Maria e sei que tem medo de relacionar novamente com alguém pelo que já viveu mas quero lhe mostrar que quero te fazer feliz, quero que todos os teus dias sejam de imensa alegria, quero uma vida com você, dar todo amor que você e Luísa merecem, ter filhos com você e acordar todos os dias do seu lado. Você não sabe quanto tempo, esperei para que tudo isso pudesse estar acontecendo, você é a luz dos meus dias e eu daria minha vida por você e pela nossa filha sem pensar duas vezes. - ele abriu seu coração a ela colocando uma de suas mãos na barriga de Maria acariciando a pequena Luísa que mexia naquele momento.
- Eu...eu também te amo Estêvão - ela lhe disse com uma das mãos em seu rosto para que ele a olhasse - Eu sempre sonhei com esse momento, o momento que eu teria a minha família, que eu estaria com o pai dos meus filhos mas que principalmente que o pai dos meus filhos fosse quem eu amasse e quem correspondesse esse amor, quando tudo conheceu eu pensei que todos esses sonhos estavam perdidos, pensei que seria apenas eu e minha filha, eu perdi amigos, perdi minha família restando apenas meu pai quem me ajudou a superar tudo isso até você chegar na minha vida, você mudou tudo Estêvão, mudou minha vida com todo carinho e amor que você me fazia sentir, curou minhas feridas sendo o bálsamo de cada uma delas. Você dormiu inúmeras noites em uma ligação comigo apenas para que eu me sentisse em segurança pelo medo que eu tinha, você correu na minha casa as três horas da manhã diversas vezes apenas para acalmar minhas crises de choro, você apenas não percebeu que era você o meu Porto Seguro e o homem que eu amo desde que conheci você. - ela disse emocionada colocando sua mão em cima da mão de Estêvão a qual estava em sua barriga.
Ambos estavam emocionados, abriram seu coração um para o outro, contando do amor que há muito nutriam.
- Maria, me permite te mostrar que eu te amo, me dá uma oportunidade de ser o motivo de todos os teus sorrisos e de lhe oferecer uma vida ao meu lado. - ele disse sorrindo vendo ela sorrir.
- Claro que sim - ela disse feliz lhe abraçando - Mas promete que iremos com calma? Ainda há barreiras que preciso quebrar, inseguranças que precisam ser vencidas e dores que ainda necessitam do teu bálsamo. - continuou.
- Claro que sim, meu amor, iremos com calma e como lhe disse quando te convidei para viver comigo, te respeitarei sempre. - ele disse acariciando seu rosto - Iremos sempre seguir seu ritmo, conforme a sua vontade e venceremos todos os obstáculos que estiver em nosso caminho - disse com amor, colocando uma mecha do seu cabelo atrás da orelha, sentia uma imensa vontade de beija-la mas se conteve.
- Estêvão, me beija? Me beija de verdade? Eu nunca fui beijada com amor, Luciano apenas me dava selinhos ou beijos na bochecha - disse o olhando.
- Nunca beijou, Maria? - perguntou, ela afirmou - Claro que a beijo, sempre que você quiser pode me beijar não será necessário que me peça hum? - continuou.
- Posso te beijar sempre que quiser? - perguntou sorrindo envergonhada.
- Sim, amor - disse aproximando seus rostos estavam a milímetros de se beijarem quando Maria se afastou um pouco ao perceber que batiam na porta.
Estêvão não deixou que ela levantasse de seu colo, apenas permitiu que entrasse.
- Senhor Estêvão, devo organizar as coisas de sua convidada no quarto de hóspedes? - perguntou uma jovem empregada, chamava-se Carla.
- Ela não é minha convidada, Carla, é minha namorada e mãe de minha filha e ficará no quarto em frente, organize tudo perfeitamente por favor - disse a repreendendo mesmo que educadamente, não gostava de ser rude mesmo quando faziam algo como aquilo. - Que isso não se repita. - continuou assim que Carla afirmou.
- Quem é ela? - perguntou Maria enciumada.
- É uma das empregadas - respondeu.
- Não gostei dela - disse emburrada, Estêvão sorriu, ela conseguia ficar linda até brava.
- Não ligue para ela, amor, mas íamos fazer algo mais interessante não acha? - disse colocando uma das mãos no meio de seus cabelos, Maria suspirou.
- Você ia me ensinar a beijar - ela disse colocando suas mãos em volta do pescoço de Estêvão.

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