Na fazenda: Contratempos

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No dia seguinte - Por Maria

Aproveitando que estávamos apenas nós dois em nosso quarto, e Nice estava cuidando das crianças, decidi acordar meu marido como ele gostava. Beijei seu rosto, em todos os cantos, logo lhe dei incontáveis selinhos ficando sobre ele. Senti sua mão em minhas coxas as apertando.
- Bom dia, meu amor - disse apaixonada.
- Bom dia, amor - sorriu ainda com sono.
- Dormiu bem, querido? - disse me deitando sobre seu corpo.
- Sim, amor e você? - perguntou enquanto avariava meus cabelos.
- Muito bem, amor, a Nice foi maravilhosa ficando com o Gustavo para gente descansar. - respondi lhe olhando.
- Realmente, meu amor. - ele disse subindo suas mãos para dentro de minha camisola.
- O que quer, amor? - disse suspirando - Sabe que infelizmente não podemos...- não consegui terminar a frase sentindo ele apertar meu quadril.
- Apenas te namorar, querida - disse sussurrando em meu ouvido - Infelizmente não posso te fazer minha agora mas prometo te recompensar após o resguardo.
- Vou aguardar, ansiosamente - disse suspirando pelos beijos distribuídos em meu pescoço.
Olhei para ele, sorri e logo o beijei, o beijei intensamente e apaixonadamente, aproveitando o nosso momento juntos, já que não era sempre que tínhamos esse momento. Senti uma de suas mãos soltar meu quadril e ir até meus cabelos adentrando-os enquanto trocávamos um maravilhoso beijo. Nossas bocas se encaixavam perfeitamente, nossas cabeças giravam conforme a intensidade do beijo. Estêvão se sentou na cama e desceu seus beijos para meu pescoço, como eu precisava daquele carinho, daquelas carícias sobre meu corpo, arranhei seu peitoral e ombros até sermos interrompidos.
- Mamãe, papai, abre a porta - disse a Luísa do lado de fora do quarto - Abre papai - disse batendo na porta
- Não vai rolar, amor - sussurrei em seu ouvido desapontada - Ela quer atenção hoje - continuei
- Já vamos, filha - Estêvão falou para ela ouvir e logo sussurrou em meu ouvido - Mais tarde, a gente namora mais hum - sussurrou antes de depositar um beijo em meu pescoço.
Estêvão entrou pro banho e eu fui abrir a porta para nossa menina, ela entrou toda eufórica no quarto.
- Bom dia, meu amor - disse a abraçando em meu colo.
- Bom dia, mamãe - disse alegre - Vamos na piscina, se arruma
- Já vamos, filha. - ri de sua euforia.

                                   •••

Horas depois

Estêvão estava na churrasqueira, Helena estava com Luísa na piscina, Gustavo estava com Nice sentada na mesa perto do balcão.
Vesti um biquíni vermelho, deixando meu decote a mostra, mas não me importei afinal estava em casa e meu marido estava comigo.
Caminhei até Estêvão lhe abraçando por trás, ele sorriu me puxando dando-me um beijo leve nos lábios.
- Minha mulher é a mulher mais bela de todas - sorriu orgulhoso.
- E meu marido, o mais lindo. - disse o abraçando.
Começou a tocar uma de nossas músicas favoritas e Estêvão me puxou para dançar, fazendo todos nos observar. Passaram-se anos desde que iniciamos um namoro e logo um casamento mas ainda eram feliz um com o outro, ainda éramos completamente apaixonados.
O dia passou, foi muito agradável passar esse sábado ao lado das pessoas tão importantes para nós mas principalmente perto de nossas crianças, conseguimos aproveitar a piscina com a Luísa e também passamos um longo tempo com Gustavo, Helena passou o dia conosco tornando tudo ainda mais especial.

                                   •••

Na fazenda

Luísa insistiu para que fôssemos a fazenda, fazia anos que não íamos devido aos mal-entendidos com Carla, a mulher que dava encima de meu marido quando éramos namorados. Por muito tempo evitamos vir, mas hoje eu decidi abrir mão disso e trazer meus filhos para ter esse contato com a natureza afinal não deveria privá-los disso e nem meu marido sabendo que ele amava este lugar.
Ao chegar na fazenda, pedimos que organizássemos tudo da melhor maneira possível, colocando Gustavo e Luísa em um mesmo quarto, onde Nice também dormiria para cuidar de Gustavo durante a noite. Ele ainda era um bebê e necessitava de muitos cuidados, não gostávamos de deixá-lo dormir sozinho, então assim como foi com Luísa, Nice dormia todas as noites com ele para cuidar de nosso bebê.
Estava descendo para ir à cozinha, avisar o que Estêvão e eu gostaríamos para o almoço quando dei de cara com Carla bastante próxima de meu marido.
- O que pretende, Carla? Ainda não entendeu que não te quero perto de meu esposo? - disse completamente irritada terminando de descer as escadas.
- Não fiz nada, senhora - disse em deboche, Estêvão a segurava para que ela não o tocasse, ela a soltou e caminhou até mais perto de onde eu estava certamente esperando para ver o que aconteceria.
- Vou te dizer só mais uma vez, pois na próxima será demitida - suspirei irritada - Não te quero perto do meu marido e nem de meus filhos, escutou bem? Se eu ver que chegou novamente tão perto de meu marido eu arranco isso que você chama de cabelo. Está avisada - conclui minha fala.
- Sim senhora. - disse piscando pro meu esposo.
- Então saia daqui imediatamente. - disse brava - Porque ela insiste em me irritar? Que ódio dessa mulher.
- Calma, amor, tá tudo bem, já resolveu seu problema com ela. - disse Estêvão tentando me acalmar.
- Como ficar calma? Ela ainda está aqui, Estêvão! - disse impaciente - Se ela chegar perto de você novamente, eu a tiro de perto pelos cabelos, me ouviu? Não quero que ela chegue perto de você.
- Não chegará, meu amor - disse tentando me abraçar.
- Porque não a demitiu antes? - questionei
- Porque ela não havia mais tentado nada, querida, faz anos que nem víamos aqui. - me respondeu.
Me retirei da sala indo para cozinha, fazendo o que eu iria fazer antes dos contratempos e fui para o jardim vendo minha filha correr enquanto brincava. Sorri, era tão maravilhoso ver que ela crescia em um lar abençoado como o nosso. Embora estivéssemos nossos contratempos, nos amávamos, éramos tão felizes juntos que não valia a pena deixar que Carla estragasse tudo.

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